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Mianmar encerra pena de prisão domiciliar de Nobel da Paz
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da Folha Online
O regime militar birmanês encerrou oficialmente nesta terça-feira quase seis anos de pena de prisão domiciliar da Prêmio Nobel da Paz e líder da oposição, Aung San Suu Kyi. Contudo, a "Dama de Yangun" permanecerá detida até que o julgamento pela invasão de um americano a sua residência durante a vigência de sua prisão domiciliar seja encerrado.
Nyan Win, porta-voz da Liga Nacional para a Democracia (LND), partido de Suu Kyi, informou que um comandante da polícia entregou durante a manhã uma carta de notificação do fim das restrições vinculadas à prisão domiciliar, que cumpria desde 2003 e que chegaria ao fim nesta quarta-feira (27).
AP |
Imagem de encontro entre diplomatas e Suu Kyi (de rosa) exibida pela TV estatal de Mianmar |
"O general de polícia Myint Thein veio à penitenciária e leu uma ordem que anulava a prisão domiciliar, com data de hoje", afirmou Win à imprensa, antes de acrescentar que Suu Kyi recebeu uma cópia do texto.
Suu Kyi, 63, foi presa no último dia 14, junto com as duas empregadas, após receber a visita por dois dias do americano John William Yettaw secretamente na sua casa. Suu Kyi foi detida há 13 anos por defender a democracia em um país governado por militares.
O governo de Mianmar alega que a líder desrespeitou os termos da prisão domiciliar --que proíbe que estrangeiros durmam na casa de birmaneses. Não há informações sobre os motivos da visita. No entanto, a imprensa da Tailândia divulgou no último dia 15 especulações que Yettaw queria fazer um artigo para contar as experiências da líder na prisão.
Suu Kyi está sendo julgada desde 18 de maio na penitenciária Insein, norte de Yangun, e pode ser condenada a cinco anos de prisão. Mais cedo, a líder opositora birmanesa negou em um tribunal ter violado as regras da prisão domiciliar.
"Não o fiz", respondeu Suu Kyi, ao ser questionada por um juiz na audiência desta terça-feira se admitia ter violado as restrições.
O regime militar de Mianmar alegou ainda nesta terça-feira que teria o direito de prolongar por seis meses a prisão domiciliar de Suu Kyi, que expirava em 27 de maio, e tentou convencer a comunidade internacional que pretendia liberá-la até o incidente com Yettaw.
A posição da junta foi divulgada em um comunicado distribuído aos diplomatas e jornalistas que foram autorizados a acompanhar a audiência desta terça-feira. Suu Kyi é filha do general Aung San, herói da independência birmanesa assassinado em 1947.
Com Efe e Reuters
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