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Sri Lanka prende 9.000 rebeldes tâmeis após fim da guerra civil
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da Folha Online
O governo do Sri Lanka anunciou nesta terça-feira que, uma semana após declarar vitória na guerra civil contra o movimento separatista Tigres Pela Libertação da Pátria Tâmil, mais de 9.000 supostos rebeldes foram presos. A maioria, ainda segundo o governo, estava em "centros de reabilitação".
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O ministro de Informação, Mahindo Yapa Abeywardena, afirmou que 9.100 militantes dos tigres tâmeis foram presos. Destes, 1.600 estão sendo interrogados sobre sua participação na guerrilha separatista e em ataques terroristas ao longo dos 25 anos de guerra civil.
"Os outros 7.500 que se renderam foram enviados a centros de reabilitação e de formação profissional", afirmou o ministro, sem revelar mais detalhes sobre estes centros.
Abeywardena afirmou ainda que, mesmo com a vitória anunciada pelo Exército, o governo cingalês não vai derrubar a drástica legislação antiterrorista que permite prender indefinidamente um suspeito sem acusação formal.
O Exército do Sri Lanka e o presidente, Mahinda Rajapakse, proclamaram na semana passada a vitória militar sobre os guerrilheiros rebeldes depois da retomada do controle sobre o reduto tâmil e a morte de seu líder, Velupillai Prabhakaran.
O governo do Sri Lanka divulgou pela primeira vez dados oficiais sobre as vítimas da última fase da ofensiva militar das tropas cingalesas contra os guerrilheiros separatistas tâmeis. A ofensiva, iniciada em julho de 2006 e encerrada esta semana com a vitória do Exército, deixou cerca de 6.200 soldados e 22 mil rebeldes mortos.
Durante a última fase do conflito contra os Tigres de Libertação da Pátria Tâmil, que durou mais de 25 anos anos, outros 30 mil militares ficaram feridos. A informação foi divulgada pelo porta-voz do Exército, Udaya Nanayakkara.
A ofensiva deixou cerca de 280 mil pessoas deslocadas e causou uma grave crise humanitária no país, segundo as agências de ajuda humanitária. A maioria destas pessoas continua inacessível para os voluntários e amontoadas em acampamentos sem recursos suficientes.
Os rebeldes, listados como terroristas pelos EUA e a União Europeia, dizem lutar por uma terra para a minoria hindu tâmil depois de décadas de marginalização nas mãos de um governo dominado pela maioria cingalesa. Os tâmeis são cerca de 20% dos 20 milhões de pessoas do país. Outros 75% são cingaleses.
Os tigres tâmeis chegaram a ocupar uma área de 15 mil km² no país, mas nas últimas semanas estavam encurralados em uma pequena faixa litorânea de 5 km².
Com France Presse
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