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27/05/2009 - 08h56

Mianmar reforça segurança por aniversário das eleições de 1990

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da Folha Online

A junta birmanesa reforçou nesta quarta-feira as medidas de segurança por ocasião do 19º aniversário das eleições de 27 de maio de 1990, que deram a vitória à Liga Nacional pela Democracia (LND) da líder opositora Aung San Suu Kyi, fato nunca reconhecido pelos militares. A celebração deste ano deve ganhar força com o fim da prisão domiciliar de Suu Kyi, após uma semana de julgamento por violar os termos da pena ao receber a visita de um americano.

Na manhã desta quarta-feira, a sede da LND era um dos edifícios vigiados pelas forças de segurança em Yangun, ao mesmo tempo que viaturas policiais patrulhavam a cidade. Nas eleições de 1990, a LND obteve 392 das 485 cadeiras em disputa, mas o Exército não aceitou os resultados.

Suu Kyi, 63, Prêmio Nobel da Paz, está sendo julgada na penitenciária de Insein, norte de Yangun, acusada de ter violado as restrições da prisão domiciliar por ter recebido um americano em casa. Ela pode ser condenada a cinco anos de prisão.

Ela foi presa no último dia 14, junto com as duas empregadas, após receber a visita por dois dias do americano John William Yettaw secretamente na sua casa. Suu Kyi foi detida há 13 anos por defender a democracia em um país governado por militares.

O governo de Mianmar alega que a líder desrespeitou os termos da prisão domiciliar --que proíbe que estrangeiros durmam na casa de birmaneses. Não há informações sobre os motivos da visita. No entanto, a imprensa da Tailândia divulgou no último dia 15 especulações que Yettaw queria fazer um artigo para contar as experiências da líder na prisão.

Suu Kyi afirmou no tribunal que o americano, que chegou a nado a sua casa, só conseguiu fazer isto pelas falhas na segurança do regime militar, segundo um comunicado divulgado pelo próprio tribunal.

"A razão básica deste caso é a falha da segurança ou o fracasso da segurança. Nenhuma medida foi tomada a respeito e acusaram a mim", declarou Suu Kyi.

Na terça-feira, o presidente americano Barack Obama pediu a libertação imediata e incondicional de Suu Kyi.

 

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