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Um dia após violento ataque, duas bombas matam quatro no Paquistão
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da Folha Online
Ao menos quatro pessoas morreram e outras dezenas ficaram feridas em duas explosões em um mercado da cidade de Peshawar, no nordeste do Paquistão, informou a polícia local. Os ataques acontecem horas depois que o grupo islâmico radical Taleban assumiu a autoria de um grande atentado com carro-bomba nesta terça-feira, que deixou ao menos 23 mortos e cerca de 300 feridos, e alertou para mais violência.
Saiba mais sobre a ofensiva
Entenda a origem dos talebans do Paquistão
O atentado ocorreu em Quissa Khwani, área populosa do país. Segundo a polícia, agentes atiraram em supostos militantes na parte velha de Peshawar.
A violência associada aos militante aumentou no Paquistão desde meados de 2007, com numerosos ataques contra as forças de segurança, do governo e tropas internacionais.
"Houve duas explosões. Há vítimas. Um prédio pegou fogo", disse o policial Mohammad Anis.
Zulfiqar Ahmed, funcionário do Centro de Resgate Ehdi, afirmou que o centro recuperou cinco corpos e levou cerca de 30 pessoas feridas a hospitais próximos.
Taleban
Ninguém assumiu a autoria das explosões que aconteceram horas depois de um alerta do Taleban para mais violência.
O Movimento dos Talebans do Paquistão (TTP), grupo vinculado à rede terrorista Al Qaeda, assumiu nesta quinta-feira o atentado suicida desta quarta-feira contra a polícia em Lahore, leste do país, que matou 24 pessoas.
"Reivindicamos o ataque suicida de Lahore, em represália à ofensiva do Exército contra os talebans no vale de Swat", declarou Hakimullah Mehsud, um dos comandantes do TTP e porta-voz do líder do movimento, Baitullah Mehsud.
As autoridades, contudo, já acusavam o Taleban pelo ataque, que seria uma retaliação pela ofensiva do Exército no vale de Swat, que deixou centenas de militantes mortos.
A explosão aconteceu após alertas feitos pelos militantes em resposta aos ataques militares em Swat, no nordeste, um dos redutos do Taleban. O ataque também acontece após o general David Petraeus, chefe do Comando Central dos Estados Unidos, ter visitado Islamabad na terça-feira para reuniões com líderes militares e do governo.
Ofensiva
Com apoio do governo americano, o Exército paquistanês lançou uma grande ofensiva militar no último dia 26 de abril para reagir aos talebans paquistaneses que tentaram tomar controle do distrito de Baixo Dir e do vizinho Buner, ambos nos arredores do vale do Swat. Segundo o governo paquistanês, a ofensiva deixou centenas de militantes mortos e os afugentou da região.
Arte/Folha Online |
Os talebans invadiram há cerca de dois anos o vale do Swat, um antigo ponto turístico do país transformado em reduto para os militantes que planejam os ataques às forças de segurança no país e no vizinho Afeganistão.
Em meados de fevereiro, Islamabad assinou um acordo de paz para tentar conter o avanço terrorista. O acordo propunha cessar-fogo em troca da instauração, em Swat e em outros seis distritos, de tribunais islâmicos da sharia.
Em vez de entregar as armas, os radicais islâmicos aproveitaram a oportunidade para tomar o controle os distritos de Buner e Baixo Dir, ficando a cerca de cem km da capital Islamabad. O governo, sob a intensa pressão de Washington, encerrou o acordo e iniciou ofensivas em Swat, e nos distritos vizinhos de Dir e Buner.
Com o acirramento dos confrontos, o governo decidiu suspender um toque de recolher, para facilitar a fuga dos civis. Há relatos de que as estradas de Mingora, principal cidade do Swat, estão engarrafadas com ônibus e caminhões lotados de pessoas.
O governo diz que talebans estão cortando suas barbas (um símbolo de identificação dos insurgentes) para escapar em meio aos civis. Nenhum porta-voz dos talebans comentou as declarações do Exército.
Segundo o primeiro-ministro paquistanês, Yusuf Raza Gilani, a ofensiva só terminará com a rendição dos insurgentes.
Com agências internacionais
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O EUA tem vários interesses no Afeganistão, todos bem longe de pensar na dignidade do povo Afegão e é por isso que eles vão continuar tampando o sol com a peneira. Além disso, Obama não conseguiu liderar um acordo em Copenhaguem (e nem quis) sem falar da rodada Doha e do protecionismo - criticado por todos - feito à economia dos EUA na reforma pós crise econômica. Ainda prefiro Obama a John Maccain, mas ele está MUITO aquém das expectativas. Não tenho dúvidas de que Zilda Arns merecia este prêmio muito mais do que Obama, mas talvez a simplicidade dela não caiba no jogo de interesses deste prêmio.
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