Confronto entre Exército e Al Qaeda deixa 20 mortos em Mali

Ao menos 12 membros da organização terrorista Al Qaeda para o Magrebe Islâmico (AQMI) e oito militares malineses morreram nesta terça-feira em um ataque do Exército a uma base terrorista perto da fronteira de Mali com a Argélia, informaram fontes do governo em Bamaco.

Esta é a primeira vez em que militares de Mali atacam uma base da Al Qaeda no norte do país, onde, no início do mês, a organização terrorista matou o turista britânico Edwin Dyer, sequestrado no Níger em janeiro.

Após o assassinato de Dyer, o presidente do Mali, Amadou Touré, anunciou uma "luta sem quartel" contra as bases desta ramificação da Al Qaeda no norte do país.

O grupo ainda mantém em seu poder o turista suíço Werner Greiner, sequestrado junto a Dyer e outras duas turistas ocidentais.

Uma cidadã suíça e outra alemã foram libertadas em abril passado. No mesmo dia, o grupo libertou o enviado da ONU (Organização das Nações Unidas) no Níger, o canadense Robert Fowler, e seu ajudante Louis Guay, sequestrados no Níger em dezembro.

Até o assassinato de Dyer, praticamente todos os sequestros de estrangeiros nos países do norte da África tinham chegado ao fim com a libertação dos capturados.

A região desértica do norte do Mali, que conta com pouco policiamento e pouco povoamento, é usada cada vez com mais frequência como campo de recrutamento e treinamento de novos membros dos grupos militantes islâmicos radicais.

O AQIM adotou este nome quando os rebeldes do Grupo Salafista de Reza e Combate da Argélia (GSPC, na sigla em inglês), se afiliaram à rede Al Qaeda. O GSPC faz uma grande campanha de terror, com ataques a bomba e tiroteios, ao longo da costa da Argélia, mas o aumento das forças de segurança no local forçou seus integrantes a buscar refúgio no vizinho Mali.

Mali, Niger e Mauritânia são pressionados pelos Estados Unidos e Europa a atacar as militâncias terroristas e reduzir sua influência no norte do continente africano.

Com Efe e Reuters