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29/06/2009 - 12h08

Leia a repercussão da derrota do kirchnerismo nos jornais argentinos

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da Folha Online

O governo de Cristina Kirchner na Argentina sofreu uma dura derrota nas eleições legislativas realizadas neste domingo. Com mais de 96% das urnas apuradas, o partido governista, que é presidido pelo marido de Cristina, o ex-presidente e candidato a deputado Néstor Kirchner, perdeu nos cinco maiores distritos do país.

Kirchner perdeu inclusive na Província de Buenos Aires, a mais importante do país, para o candidato Fernando De Narváez, da União-Pro. Os analistas classificam a derrota como um alerta para a queda da popularidade de Cristina e para o fortalecimento da oposição como favorita para ganhar a Presidência do país em 2011.

Leia como os principais jornais argentinos noticiaram a derrota:

Reprodução

"El Clarín"

Na manchete de sua versão digital, o jornal "El Clarín" afirma que Néstor Kirchner foi "muito golpeado" nas eleições e destaca a declaração do ex-presidente sobre o governo ter ganho "em muitíssimas Províncias" quando obteve apenas 30% dos votos, em nível nacional.

Em análise assinada por Eduardo van der Kooy, o diário diz haver uma "lista de inúmeros erros" que levaram os Kirchner à derrota. No texto, Kooy diz que as mudanças pelas quais passará o Congresso tornaram a nação, do ponto de vista político, "muito mais complexa". "Muito diferente da que sempre conheceram e desfrutaram os Kirchner".

"La Nación"

Reprodução

O diário ressalta, em sua página na internet, a entrevista feita com Francisco De Narváez, o "algoz" de Kirchner na Província de Buenos Aires. Na entrevista, ele define o seu país como "convulsionado" e afirma acreditar que é preciso agir "com muita prudência". "Espero que a presidente leia bem o resultado da eleição. De nós, terá o mais absoluto desejo de colaborar."

Na entrevista, Narváez diz esperar que o rival Kirchner "se retire prontamente e deixe que a sua senhora seja a presidente da nação e que se constitua novamente um gabinete, com um ministro da Economia". "É preciso dar racionalidade ao governo. É preciso retomar o senso comum que Néstor Kirchner, claramente, tinha feito o governo perder."

"La Razón"

Reprodução

Em sua manchete, o jornal destaca a vitória de Narváez, da União Pro, em Buenos Aires e o fato de, em discurso de vitória, ele ter colocado seu colega Mauricio Macri como responsável por construir a força nacional necessária para as eleições de 2011. "Diversas vezes, durante a campanha, disse que um dia íamos mudar a história, e esse dia é hoje", disse Narváez em discurso durante o qual seus partidários gritavam "dá para sentir, Macri presidente".

Macri, que é prefeito de Buenos Aires, afirmou em comunicado que o voto do povo foi "claro", mas não mencionou sua eventual candidatura à Presidência em 2011. "Queremos a Argentina com um Estado potente, com educação e saúde pública para todos. Queremos que esse país viva novamente uma grande oportunidade, e queremos transformar essa oportunidade em uma realidade", afirmou.

Reprodução

"La Prensa"

O jornal argentino ressalta que a vitória de Narváez sobre Kirchner dá ao primeiro credencial para tentar alcançar cargos mais altos em breve, como o de prefeito de Buenos Aires. O texto também destacava o clima no "quartel" do kirchnerismo, onde houve "ajuste de contas" entre os dirigentes do partido. "Nos centros de operações dos outros partidos, no entanto, há euforia e festa pelos resultados obtidos."

O "La Prensa" também deu destaque ao terceiro lugar do partido Acordo Cívico e Social, que emplacou oito deputados ao invés de cinco.

"El Independiente"

Reprodução

O jornal "El Independiente" destaca o pedido de Narváez para que haja mudanças no governo argentino. "Ganhamos de uma forma errada de fazer política. Ganhou a forma que exige que os políticos discutam seriamente e resolvam problemas." Narváez ainda afirmou acreditar que o novo Congresso, do qual fará parte, deverá debater as estatizações.

O "Independiente" ainda afirma que o deputado eleito Fernando Pino Solanas, do Projeto Sul, já fez críticas à gestão de Macri à frente de Buenos Aires e se colocou como adversário dele na eleição presidencial de 2011.

Comentários dos leitores
José Vitor (44) 14/10/2009 10h09
José Vitor (44) 14/10/2009 10h09
*** Presidente afegão admite ocorrência de fraude em pleito ***
É, os americanos estão fazendo um ótimo trabalho no Afganistão e Paquistão: fraude generalizada nas eleições, bomaberdeios diários contra os "terroristas", produção de ópio nas alturas...é isso aí Obama, vai em frente com seu "Nobel da Paz".
sem opinião
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Joel Saraiva (110) 29/06/2009 23h14
Joel Saraiva (110) 29/06/2009 23h14
A familia Kirchnner, o ex-presidente Néstor, e a atual mandatária da Argentina, presidenta Cristina, estão se vendo em maus lençóis, no comando do país vizinho. Com a derrota nas eleições, perdem a maioria de seus aliados, no poder legislativo, Câmara e Senado, levando desta forma, desvantagem nas votações que virão. Isso significa que o Congresso argentino, trará enormes empecilhos, para Cristina governar. Parece que o povo argentino, não está nada contente com o atual governo da familia Kirchnner. Está certo que, vivemos num mundo em crise, com desemprêgo para todos os lados, porém na Argentina, não conseguem passar por esta crise, sem rigidez no contrôle de gastos públicos e, um desempenho melhor da sua econima. Lá como cá, os problemas são enormes, em que pese, as condições econômicas de cada país. A presidenta Cristina, como dizem "los ermanos", junto com seu marido, têm se mostrado autoritários em suas decisões, não admitindo participação nas soluções impostas. Assim, não dá para governar em paz. O povo reclama, manifesta, e se não houver cumplicidade na governança, pode ir às ruas, o que geraria conflitos. Ruim para a Argentina, mal para todos no Conitinente Sulamerica. Joel Carlos de Almeida Saraiva, Investigador de Polícia, Jaraguá, São Paulo. sem opinião
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