Saltar para o conteúdo principal

Publicidade

Publicidade

 
 
  Siga a Folha de S.Paulo no Twitter
14/07/2009 - 09h29

Após ameaça da Al Qaeda, China promete proteção a expatriados

Publicidade

da France Presse, em Urumqi

A China anunciou nesta terça-feira que adotará as medidas necessárias para proteger seus trabalhadores no exterior, respondendo assim às ameaças do braço magrebino da rede terrorista Al Qaeda contra os expatriados chineses para vingar a morte de membros da minoria étnica uigur em Urumqi, Província de Xinjiang. Segundo dados oficiais, 184 pessoas morreram nos confrontos étnicos, 75% deles membros da etnia majoritária han.

"O governo chinês se opõe a qualquer forma de terrorismo", anunciou o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores, Qin Gang. "Estaremos alertas aos acontecimentos e trabalharemos com outros países para adotar todas as medidas necessárias para garantir a segurança das instituições e dos trabalhadores chineses no exterior."

Saiba mais Rebiya Kadeer, principal voz da etnia no mundo
Leia cronologia dos conflitos com uigures no oeste da China
Saiba mais sobre os conflitos com muçulmanos na China

O braço magrebino da rede terrorista Al Qaeda ameaçou atacar trabalhadores chineses no norte da África para vingar as vítimas da minoria muçulmana uigur que morreram durante os confrontos étnicos de Xinjiang (noroeste da China), informa um jornal de Hong Kong.

Segundo o "South China Morning Post", que cita um relatório da empresa de análise de riscos Stirling Assynt, com sede em Londres, a Al Qaeda do Magreb Islâmico (AQMI), implantada na Argélia, convocou represálias contra a China.

Esta é a primeira vez que a rede de Osama Bin Laden ameaça diretamente a China ou seus interesses, destaca o informe da Stirling Assynt.

Centenas de milhares de chineses trabalham no Oriente Médio e na região norte da África. Apenas na Argélia o número chegaria a 50 mil.

A violência étnica entre hans, etnia majoritária na China, e uigures, principal minoria de Xinjinag, desde 5 de julho em Urumqi, capital da região, deixou 184 mortos e 1.680 feridos, segundo um balanço oficial.

No entanto, a dissidência uigur no exílio afirma que mais de mil pessoas morreram e denuncia que os distúrbios escalaram depois da brutal repressão da polícia a um protesto pacífico dos uigures.

Vigilância

Policiais da unidade antimotim ocupavam as ruas do bairro muçulmano de Urumqi nesta terça-feira, depois dos incidentes da véspera, especialmente a morte de dois uigures por disparos da polícia.

A região de maioria uigur da capital de Xinjiang tinha o tráfego restrito e a maioria das lojas fechadas, assim como a mesquita.

Urumqi teve uma segunda-feira tensa, depois que a polícia abriu fogo contra uigures suspeitos de de violar a lei e matou dois deles.

Segundo a agência oficial Xinhua (Nova China) informou que três uigures entraram na segunda-feira na mesquita de Urumqi e incitaram os 150 muçulmanos presentes à jihad (guerra santa). Quando foram expulsos do templo pelo imame (ministro da religião muçulmana), dois deles tentaram atacar os seguranças da mesquita com facas e policiais que estavam nas proximidades abriram fogo contra eles, ainda de acordo com a agência.

Com agências internacionais

 

Publicidade

Publicidade

Publicidade


Voltar ao topo da página