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07/08/2009 - 18h12

Não teremos base na Colômbia, diz Obama em defesa de polêmico acordo

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da Folha Online
da Efe, em Washington

O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, saiu em defesa do polêmico plano do país de aumentar sua presença militar em bases da Colômbia durante entrevista concedida nesta sexta-feira. O plano gerou tensão na região; questionamentos quanto aos objetivos dos EUA; e até ameaças de guerra da vizinha Venezuela, do presidente Hugo Chávez.

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Jim Young /Reuters
Barack Obama realiza discurso no jardim da Casa Branca, em Washington, nesta sexta; ele defendeu acordo com a Colômbia
Barack Obama realiza discurso no jardim da Casa Branca, em Washington, nesta sexta; ele defendeu acordo com a Colômbia

"Acho que é um bom momento para encerrar o mito de que estamos estabelecendo bases militares americanas na Colômbia. Essa declaração não se apoia em fatos, então, sejamos absolutamente claros. Temos um acordo de segurança com a Colômbia há muitos anos e o atualizamos", disse Obama.

Na entrevista concedida a jornalistas de meios de comunicação espanhóis, Obama insistiu em dizer que os EUA não estão instalando bases na Colômbia e de que a mudança é apenas uma extensão do Plano Colômbia, o plano militar americano de combate ao narcotráfico e às Farc (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia).

"Não temos nenhuma intenção de estabelecer uma base militar americana na Colômbia. [...] Não autorizei uma base militar americana na Colômbia, não me pediram", disse. "Esta é uma continuação da assistência que provemos [ao país]. Não temos intenção de enviar um grande número de tropas adicionais à Colômbia", disse.

Sem citar nomes, Obama disse ainda que "alguns na região estão tentando desempenhar um papel utilizando a tradicional retórica anti-ianque".

Mal-estar

O acordo que Colômbia e EUA deverão assinar ainda neste mês permitirá aos EUA manter 1.400 pessoas, entre militares e civis, em bases na Colômbia, pelos próximos dez anos. Os EUA defendem que as bases continuarão sob o controle da Colômbia.

O acordo começou a ser negociado logo após a saída dos americanos da base de Manta, no Equador, e gerou especial desconfiança, no Brasil, após vir à tona o dado de que documento da Força Aérea dos EUA em abril passado informava que os aviões previstos para a base de Palanquero, no centro da Colômbia, têm um raio de ação muito superior ao necessário para o combate ao narcotráfico.

Sergio Lima/Folha Imagem
Lula cumprimenta o presidente colombiano, Álvaro Uribe, que foi a Brasília defender aumento da presença militar dos EUA na Colômbia
Lula cumprimenta o presidente colombiano, Álvaro Uribe, que foi a Brasília defender aumento da presença militar dos EUA na Colômbia

Nesta quarta-feira (5), o assessor de Segurança Nacional da Casa Branca, general Jim Jones, afirmou que os aviões precisam ser capaz de realizar voos de longas distâncias somente por causa da distância entre os EUA e a Colômbia. "Não há mágica, não há segredos sob a mesa", disse.

Nesta quinta-feira (6), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva se encontrou com o seu colega colombiano, Álvaro Uribe, e manifestou uma vez mais a preocupação de que o novo acordo extrapole o território colombiano. Também pediu garantias a Uribe de que as operações se limitem ao território colombiano.

Reunido por pouco mais de duas horas com Lula, Uribe ouviu cobranças e explicou objetivos do acordo, mas não acatou o pedido para participar da reunião da Unasul (União de Nações Sul-Americanas), no Equador, na segunda-feira (10), e dar informações sobre as bases aos 12 países do grupo.

"Nós voltamos a reiterar que o acordo com os EUA [...] seja especifico e delimitado ao território colombiano. [Essa] é uma matéria naturalmente da soberania colombiana, sempre quando os dados gerais de que se dispõem sejam compatíveis com essa delimitação das ações ao território colombiano. [...] A questão de garantias foi mencionada. Eu creio que isso será objeto de reflexão. Há uma sugestão de uma transparência maior. Nós temos que ver exatamente se essa transparência satisfaz as nossas duvidas ou não", disse o chanceler Celso Amorim à imprensa, após o encontro entre Lula e Uribe.

Com Lula, Uribe encerrou um "tour" por sete países da América do Sul com o objetivo de esclarecer pontos do acordo.

Comentários dos leitores
J. R. (1267) 02/02/2010 13h52
J. R. (1267) 02/02/2010 13h52
Obrigado pela dica! Um bom documentario sobre o poder dos bancos. sem opinião
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Mauricio Valente (7) 01/02/2010 19h40
Mauricio Valente (7) 01/02/2010 19h40
Para J.R.:
Interessante seu conhecimento de política internacional, mas falta um esclarescimento:
Assista ao documentário de Charlie Sheen "a verdade liberta voce" no youtube. Vai gostar de ligar os pontinhos...
sem opinião
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Marcelo Moreto (248) 01/02/2010 18h12
Marcelo Moreto (248) 01/02/2010 18h12
Bom, vamos esperar que parte desses BILHÕES sejam destinados à retirada de tropas dos países que eles invadiram. E esperar que este valor não seja atrelado à dívida externa dos mesmos... 4 opiniões
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