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19/10/2009 - 09h34

Campanha do presidente afegão critica investigação da ONU sobre fraude

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da Reuters, em Cabul (Afeganistão)
da Folha Online

Em um sinal de que a crise política no Afeganistão ainda está longe do fim, a campanha do presidente Hamid Karzai criticou nesta segunda-feira a fórmula utilizada pela equipe de investigação liderada pela ONU (Organização das Nações Unidas) para avaliar os votos suspeitos de fraude na eleição presidencial de 20 de agosto.

O resultado da investigação da Comissão de Queixas Eleitorais deve ser divulgada na manhã desta segunda-feira e pode reduzir a margem de mais de 50% de Karzai e levá-lo a uma disputa em segundo turno com o ex-ministro de Relações Exteriores Abdullah Abdullah.

"O escritório da campanha de Hamid Karzai critica a fórmula [utilizada pelo comitê] para lidar com os votos suspeitos", disse Mohammad Moin Marastyal, um dos principais membros da equipe de Karzai e membro do Parlamento.

"Este procedimento não é correto e diminui a vitória de Karzai. São esforços que visam diminuir os votos de Karzai para menos de 50%. Estamos em uma encruzilhada", disse.

Karzai venceu as eleições afegãs com 54,6% dos votos contra 27,8% de seu principal rival, Abdullah. O pleito, contudo, recebeu centenas de denúncias de fraude. Monitores da União Europeia no país disseram que cerca de 1,5 milhão de votos --25% do total-- podem ter sido fraudados.

A investigação da CQE foi marcada por polêmicas, com a renúncia do juiz afegão que participava da comissão de investigação, lamentando que o organismo esteja sob controle dos membros estrangeiros nomeados pela ONU. A comissão rejeitou as acusações.

Maulavi Mustafa Barakzai, juiz do Supremo Tribunal do Afeganistão, era um dos dois membros afegãos da CQE na qual trabalham cinco pessoas --entre elas um canadense, um americano e um holandês.

A ONU demitiu ainda no fim de setembro o chefe adjunto de sua missão no Afeganistão, o americano Peter Galbraith, após um desentendimento com seu chefe, o norueguês Kai Eide, sobre a maneira como administrou as acusações de fraude.

Galbraith, ex-embaixador dos Estados Unidos na Croácia e aliado de Richard Holbrooke, um dos principais nomes dos EUA para o Afeganistão e Paquistão, acusou Eide de acobertar as evidências de irregularidades para favorecer a reeleição de Karzai.

Comentários dos leitores
ROBERTO WILLIAM BANGOIM (80) 01/02/2010 22h08
ROBERTO WILLIAM BANGOIM (80) 01/02/2010 22h08
Nao irá demorar , como alguns já disseram, o povo afegao irá perceber a ameaça....os interesses dos EUA E ALIADOS nao passa de interesses economicos num pais governado por corrupto e 'súdito dos BUSH. Obama demonstrou no seu nobel da paz a sua preferencia pela guerra. ORWEL estaria dando risadas pela contradicao que estamos assistindo no mundo. O premio da paz, faz e defende a guerra. E com certeza teremos insurgencias dos soldados afegaos para o combate contra o invansor. O episódio nao foi um incidente... foi um revide. Em breve teremos um reviravolta do povo afegao. Teremos muitas insurgencias das tropas para defender o pais do invasores... é só esperar para ver...está saindo do controle.... sem opinião
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Vitor Hugo Medeiros De Luca (2) 01/02/2010 10h17
Vitor Hugo Medeiros De Luca (2) 01/02/2010 10h17
Gostaria de aproveitar esta notícia para parabenizar o tão respeitado prêmio Nobel, por conceder um prêmio Nobel da Paz a uma pessoa que um mês depois de receber o prêmio envia mais 30.000 soldados ao Afeganistão e agora quer mais US$ 163 bilhoes (R$308 bilhoes) para fazer guerra.
O EUA tem vários interesses no Afeganistão, todos bem longe de pensar na dignidade do povo Afegão e é por isso que eles vão continuar tampando o sol com a peneira. Além disso, Obama não conseguiu liderar um acordo em Copenhaguem (e nem quis) sem falar da rodada Doha e do protecionismo - criticado por todos - feito à economia dos EUA na reforma pós crise econômica. Ainda prefiro Obama a John Maccain, mas ele está MUITO aquém das expectativas. Não tenho dúvidas de que Zilda Arns merecia este prêmio muito mais do que Obama, mas talvez a simplicidade dela não caiba no jogo de interesses deste prêmio.
26 opiniões
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Marcello Sokal (107) 01/02/2010 09h00
Marcello Sokal (107) 01/02/2010 09h00
E viva a alta tecnologia!.Será que os pretensos "donos do mundo" ,que se dizem tão evoluídos.não conseguem identificar quem é quem no campo de batalha?. O "fogo amigo" não é raro em áreas que os U.S.A atuam,bastar acompanhar os noticiários,estão longe de ser o que apresentam nos filmes, para iludir os tolos de cabeça fraca. Vão perder essa guerra,a do iraque e terão de botar o rabo entre as pernas e cuidar de seus próprios assuntos.Essa de "xerife do mundo" não é mais viável, essas guerras e intervenções a tempos vêm exaurindo o país - e seus contribuintes (manipulados pelo governo mentiroso) - a derrocada é inevitável.Até o próximo século as coisas serão bem diferentes,espero para melhor. Os U.S.A quiseram ser uma nova Roma,mas não conseguiram e nunca conseguirão seu intento. Falando em Roma,esse império governou por 1.000 anos e os U.S.A?. 55 opiniões
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