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28/10/2009 - 13h46

Missão dos EUA chega hoje a Honduras para tentar destravar diálogo

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da Folha Online

Os Estados Unidos encabeçam nesta quarta-feira um novo esforço para tentar destravar o diálogo por uma saída à crise política em Honduras, bloqueado pela oposição do governo interino em aceitar a restituição do presidente deposto, Manuel Zelaya.

A delegação, chefiada pelo subsecretário de Estado para assuntos latino-americanos dos Estados Unidos, Thomas Shannon, chega sob especulações de que Washington vai contrariar a posição da comunidade internacional e aceitará o resultado das eleições de 29 de novembro, mesmo sem a volta de Zelaya ao poder.

Shannon estará acompanhado pelo vice-secretário de Estado, Craig Kelly, e pelo assessor da Casa Branca para a América Latina, Dan Restrepo.

Os EUA, principal parceiro comercial de Honduras e considerado peça fundamental na mediação internacional contra a crise no país, declararam oficialmente que não aceitariam as eleições nas condições atuais --com Zelaya refugiado na Embaixada do Brasil em Honduras e o diálogo travado pelo impasse sobre sua restituição.
Parte da diplomacia americana defende que os EUA reconheçam o resultado das eleições presidenciais hondurenhas com ou sem a volta de Zelaya ao poder já que, com a suspensão do decreto antiliberdades civis, pode-se criar condições para que o pleito ocorra com um mínimo de transparência.

Parte continua defendendo que, sem a recondução de Zelaya ao poder, não há condições de se aceitar os resultados do pleito. Essa é também a posição do governo brasileiro e da maioria dos países da região.

O presidente interino, Roberto Micheletti, disse em entrevista a jornalistas nesta terça-feira que não haverá saída para a crise política no país antes das eleições de 29 de novembro próximo e que o diálogo com os representantes de Zelaya deve ser adiado para depois do pleito.

"Não vamos resolver absolutamente nada, nem o diálogo nem nada, se não for posterior às eleições", afirmou Micheletti. "Tudo deve ir daqui em diante [vinculado com] o tema das eleições", acrescentou Micheletti, que reiterou nesta terça-feira que não aceitará a restituição de Zelaya ao poder --único ponto em que ainda não houve consenso entre os representantes das duas partes.

Micheletti espera que a escolha de um terceiro nome para assumir a Presidência nas eleições de 29 de novembro amenizem a pressão internacional sobre o governo interino e pela restituição de Zelaya ao poder.

Pesquisa

A ideia da eleição como solução a crise deve ganhar força no país com uma pesquisa da CID-Gallup divulgada nesta terça-feira mostra que a maioria dos hondurenhos (73%) aposta nas eleições como uma solução à crise política.

A enquete mostra ainda que 42% dos 1.420 entrevistados acham que Zelaya é o presidente legítimo, enquanto 36% citam Micheletti. Outros 18% dizem que nenhum dos dois é o presidente legítimo do país e 3% não declararem opinião.

Zelaya tem ainda maior popularidade --52% dos entrevistados dizem ter uma impressão favorável do presidente deposto contra 41% do interino Micheletti.

A pesquisa Gallup tem margem de erro de três pontos percentuais para mais ou para menos.

Comentários dos leitores
Luciano Filgueiras (94) 02/02/2010 17h52
Luciano Filgueiras (94) 02/02/2010 17h52
Sobre o comentário do nosso estimado Diplomata, dizendo ele, que o nosso país inspira o desarmamento mundial; apenas brinco: "Nosso Amorim é um gozador!... sem opinião
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sebastião chaves (9) 02/02/2010 15h19
sebastião chaves (9) 02/02/2010 15h19
como tem pirado escrevendo e enviando os seus comentários. os textos chegam ser manifestações de humorismo involuntário.
Peço àqueles que discordam das bobagens escritas, sejam condescentes com os pirados da silva.
Pai, perdoi, eles não sabem o que escrevem. Descansem em paz, pirados.
sem opinião
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John Reed (41) 02/02/2010 03h21
John Reed (41) 02/02/2010 03h21
A realidade é inexorável.
Ideologias fajutas não passam de blá-blá-blá porque são míopes para enxergar qualquer coisa. Mas certamente não querem ver nada porque acham que já pensaram em tudo. Aí quando a realidade contraria a 'verdade' ideológica as coisas começam a ficar violentas.
Já viu uma criança contrariada? Pois é. Parece que o brinquedo favorito do Coronel Presidente Hugo Chávez se recusa a funcionar como ele deseja. E isso acaba refletindo em alguns nesse fórum, que contrariados produzem textos violentos tanto no estilo quanto no conteúdo.
Uma política carioca, médica, disse (isso ninguém me contou), no ocaso dos países comunista pós Muro, que o ideal e modelo de país a ser seguido eram os da Albânia. Caramba! Isso tem 20 anos.
É pra dar medo: o que a crença em ideologias ou dogmas pode fazer com uma pessoa culta e inteligente. Como já disse, a realidade é desagradavelmente real para alguns.
2 opiniões
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