Publicidade
Publicidade
Presidente tcheco assina Tratado de Lisboa e desbloqueia reforma da UE
Publicidade
da Folha Online
O presidente tcheco, Vaclav Klaus, anunciou nesta terça-feira em Praga que assinou o Tratado de Lisboa, o documento que propõe a reforma da União Europeia (UE), encerrando assim o longo processo de aprovação do texto pelos 27 países do bloco.
Com a ratificação do "eurocético" Klaus, fica superado o último obstáculo para a entrada em vigor do tratado, já que a República Tcheca era o único país entre os 27 membros da União Europeia (UE) que ainda não tinha aprovado o texto.
O tratado pretende facilitar a tomada de decisões com adoção do voto por maioria qualificada (em vez de unanimidade) e cria o cargo de presidente da UE, eleito por cinco anos para chefiar os conselhos europeus e representar o bloco no exterior.
Horas antes, o Tribunal Constitucional tcheco afirmou que o Tratado era conforme à lei fundamental do país, destravando o último obstáculo legal à aprovação.
"Anuncio que assinei o Tratado de Lisboa hoje, às 15 h [12h no horário de Brasília]. Contava com esta decisão da Corte Constitucional e a respeito, apesar de desaprová-la fundamentalmente. Com a entrada em vigor do Tratado de Lisboa, a República Tcheca deixa de ser um Estado soberano", afirmou Klaus, lamentando que o Tribunal Constitucional não tenha sido "neutro, mas parcial", ao considerar que o documento está de acordo com a Carta Magna.
Para Klaus, "o veredicto não é uma análise neutra, mas uma apologia política ao Tratado de Lisboa".
Klaus era o único dirigente dos 27 países da UE que ainda não havia assinado o Tratado, cujo objetivo é melhorar o funcionamento das instituições do bloco. Eurocético, ele questiona o tratado como uma tentativa de criar um super-Estado europeu que, segundo ele, vai roubar a soberania das nações.
Ele chegou a surpreender o bloco neste mês, quando exigiu uma cláusula para proteger a República Tcheca de pedidos de propriedade de alemães étnicos expulsos do país após a Segunda Guerra (1939-1945). O novo obstáculo levantou preocupações de que fossem necessárias novas negociações e ratificação por todos os membros da UE, o que ameaçava destruir os anos de trabalho delicado entre os diplomatas que resultaram na aprovação do tratado por parte dos outros 26 Estados-membros.
Mas a Corte Constitucional da República Tcheca validou nesta terça-feira o Tratado, condição necessária para a ratificação completa do texto e a eleição do futuro presidente da UE.
"O Tratado de Lisboa, em seu conjunto, não está em contradição com a ordem constitucional tcheca" declarou o presidente da Corte Constitucional, Pavel Rychetsky.
Com agências internacionais
Leia mais notícias sobre o Tratado de Lisboa
- Pena que falhou em assinatura do Tratado de Lisboa é leiloada na Polônia
- Tribunal tcheco derruba última barreira legal para o Tratado de Lisboa
- Presidente tcheco apoia acordo sobre Tratado de Lisboa
Leia mais notícias internacionais
- Merkel agradece apoio dos "amigos americanos" contra o Muro de Berlim
- "Ladrão do século" quer ver jogo do Arsenal antes de morrer
- Obama busca apoio popular para guerra no Afeganistão
Especial
Livraria
Publicidade
As Últimas que Você não Leu
Publicidade
+ LidasÍndice
- Alvo de piadas, Barron Trump se adapta à vida de filho do presidente
- Facções terroristas recrutam jovens em campos de refugiados
- Trabalhadores impulsionam oposição do setor de tecnologia a Donald Trump
- Atentado contra Suprema Corte do Afeganistão mata 19 e fere 41
- Regime sírio enforcou até 13 mil oponentes em prisão, diz ONG
+ Comentadas
- Parlamento de Israel regulariza assentamentos ilegais na Cisjordânia
- Após difamação por foto com Merkel, refugiado sírio processa Facebook
+ EnviadasÍndice