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Obama adia viagem para ir à cerimônia por vítimas de ataque em base
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da Efe, em Tóquio (Japão)
Os Estados Unidos pediram ao Japão que o início da visita do presidente Barack Obama ao país, previsto para a próxima quinta-feira (12), seja adiado em um dia, para que ele possa assistir a uma cerimônia pelas vítimas do ataque a tiros na base de Fort Hood, no Texas. Treze pessoas morreram e trinta ficaram feridas quando o psiquiatra militar Nidal Malik Hassan, de origem palestina, abriu fogo contra outros militares nesta quinta-feira (5).
Segundo fontes do Ministério de Relações Exteriores do Japão, citadas pela agência de notícias local Kyodo, o pedido americano está sendo analisado pelas autoridades japonesas. Por ora, está previsto que Obama visitará o Japão nos dias 12 e 13 de novembro.
Segundo a imprensa japonesa, a Casa Branca pediu que o cronograma inicial da visita seja alterado para que Obama possa assistir a uma cerimônia em honra às vítimas de Fort Hood, a maior base militar dos Estados Unidos. Ainda não foi definida uma data para o funeral, mas será determinado de acordo com o que for melhor para as famílias e não para o presidente, disse o porta-voz da Casa Branca, Robert Gibbs.
As mesmas fontes disseram que a reunião entre o primeiro-ministro japonês, Yukio Hatoyama, e Obama, inicialmente marcada para a próxima sexta-feira (13), não sofrerá nenhuma alteração.
Hatoyama admitiu neste sábado à imprensa que o adiamento da chegada de Obama é "provavelmente inevitável". Porém, destacou que ambos os países farão de tudo para que os encontros bilaterais sejam afetados o menos possível, segundo a Kyodo.
Ataque
O ataque começou às 13h30 desta quinta-feira (17h30 no horário de Brasília) no Centro Soldier Readiness, onde os soldados que estão prestes a serem enviados para o campo de batalha ou que estão voltando da guerra passam por exames médicos. Perto de lá, alguns soldados lideravam uma cerimônia de graduação em um teatro com cerca de 600 pessoas, entre tropas e familiares.
Segundo relatos não confirmados de soldados presentes na base, Hassan gritou a expressão árabe "Allahu Akbar", que significa "Deus é grande", antes de abrir fogo contra os colegas.
Segundo as agências de notícias, Hassan começou a atirar com duas armas --uma delas semiautomática. Os soldados que estavam no local reagiram e atiraram de volta, atingindo Hassan. Há suspeita de algumas das vítimas foram atingidas por fogo amigo em meio ao tiroteio.
Segundo Bob Cone, porta-voz da base, não há indicação de que as armas eram do Exército ou de que este foi um ataque com motivações terroristas. Ele afirmou ainda que o FBI (polícia federal americana) e os especialistas forenses do Exército estão investigando o crime.
Hassan, 39, tratava soldados feridos em guerra ou que se preparavam para ir ao fronte de batalha. Muçulmano nascido nos Estados Unidos e filho de imigrantes palestinos, ele cresceu na Virgínia. Serviu como psiquiatra no Centro Médico Militar Walter Reed em Washington, capital, que trata principalmente militares feridos gravemente.
Um primo de Hassan, Nader, afirmou à rede Fox News que ele se opunha às guerras no Iraque e no Afeganistão e estava preocupado com a notícia de que seria enviado em breve para o fronte de batalha. "Nós sabemos há cinco anos que este era provavelmente seu pior pesadelo", afirmou, em referência à sua transferência para o fronte de batalha.
Segundo Nader, o primo foi transferido para a base de Fort Hood há meses e estava muito relutante com a notícia de que seria transferido.
Já a senadora Kay Bailey Hutchison afirmou que os generais de Fort Hood lhe disseram que Hassan seria enviado ao Afeganistão. Segundo o coronel aposentado Terry Lee, que disse ter trabalhado com Hassan, ele aguardava que o presidente Barack Obama anunciasse a retirada das tropas e frequentemente brigava com os colegas de base que apoiavam as guerras.
Segundo Bob Cone, porta-voz da base, Hassan atuou sozinho e está hospitalizado em estado estável. A informação contraria a versão inicial do Pentágono de que três militares estavam envolvidos no tiroteio. Os outros dois soldados detidos como suspeitos de envolvimento foram interrogados e liberados.
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