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Blair tentou evitar invasão do Iraque até o fim, diz ex-conselheiro
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da France Presse, em Londres
O ex-conselheiro em comunicação de Tony Blair, Alastair Campbell, afirmou nesta terça-feira diante da comissão de investigação sobre a participação britânica da guerra no Iraque que o ex-primeiro-ministro defendeu a diplomacia até o fim.
"Tony Blair pensou, até o voto sobre a participação do Reino Unido em uma ação militar na Câmara dos Comuns, que o conflito poderia ser resolvido pacificamente", afirmou Campbell. Os deputados britânicos votaram em favor da ação militar no dia 18 de março de 2003, e a operação militar foi lançada no dia 20.
Campbell é a primeira personalidade de peso a ser ouvida pela comissão liderada pelo ex-alto funcionário John Chilcot sobre as condições da entrada em guerra do Reino Unido. Tony Blair deverá ser ouvido no fim deste mês ou no início do próximo.
Campbell insistiu no fato de que Blair queria obter, através da ONU, o desmantelamento das armas de destruição em massa (ADM) que o Iraque era acusado de ter. "O primeiro-ministro disse claramente ao longo do processo que o desarmamento de Saddam Hussein deveria ser feito através das Nações Unidas", afirmou.
"No entanto, quando os franceses se retiraram [da iniciativa anglo-americana na ONU], a ação militar se tornou a única opção", destacou Campbell.
O ex-conselheiro negou que Blair tenha se comprometido com o então presidente dos Estados Unidos, George W. Bush (2001-2009), a contribuir para uma intervenção militar, no encontro entre os dois em Crawford, Texas, em abril de 2002, ao contrário do que afirmaram muitas pessoas que depuseram diante da comissão.
"A ideia de Tony Blair era que deveríamos estar ao lado dos americanos, mas isso não significa que tenha elaborado sua política para corresponder à deles", disse Campbell. "Não concordo com a análise de que houve uma modificação fundamental da posição política do primeiro-ministro em Crawford", afirmou, lembrando que Bush não falou em intervenção militar naquela reunião.
"Estou tentando explicar para vocês que Bush não disse a Blair: 'vem, Tony, vamos guerrear'. Não aconteceu desta forma", insistiu.
Com o tempo, porém, Blair passou a considerar que se Saddam Hussein (1979-2003) se recusasse a destruir suas armas de destruição em massa, o conflito seria inevitável. "Ele não agiu segundo os desejos de George Bush. Ele estava convicto da necessidade de enfrentar o Iraque devido a atitude constantemente desafiadora do país com relação às Nações Unidas."
Campbell apresentou sua renúncia em agosto de 2003 depois de uma forte polêmica com a BBC, que o acusou de exagerar a ameaça iraquiana para justificar a entrada em guerra das tropas britânicas. "Nunca pedi a John Scarlett [o ex-chefe do MI6, os serviços de inteligência externa] reforçar, ir além das conclusões às quais tinha chegado", afirmou Campbell.
"Nunca ninguém do governo pediu aos serviços de inteligência modificarem tal ou tal elemento para corresponder a tal ou tal posição. Isso nunca ocorreu", garantiu o ex-conselheiro.
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Para qual novo ataque elas serão encaminhada? Haiti? Venezuela? Ou até mesmo a costa norte do Brasil?
Um país que tem seu orçamento de 1 trilhão de dolares, num único ano, voltado ao segmento militar, não conduz para casa seus investimentos.
Fica fácil de saber quem será a próxima vítima, basta acompanhar o "atraque" dos navios, XEQUE!!!
Iêmem e Somália sao postos avançados que garantem o domínio do estreito e o controle dos navios petroleiros.
Como disse, ficará fácil de saber quem será...
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Agora que eu quero ver, a comissão de Haia, solicitar busca e captura dos principais responsáveis pelo genocídio Iraquiano na invasão a quasi 10 anos. Pois Haia, sempre esteve a frente dos direitos humanos, casando & julgando ditadores, etc.
Agora que vão mexer com a Super Potência EUA, quero ver se tem COJONES??????
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