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Chegam ao Haiti a primeira equipe de resgate e primeiro barco dos EUA
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da Efe, em Washington
A primeira equipe de resgate e a primeira embarcação da guarda-costeira dos Estados Unidos chegaram hoje ao Haiti para prestar socorro à população após o terremoto da terça-feira, segundo informou o Governo.
A equipe conta com 72 especialistas em busca de sobreviventes após desastres e tinha partido do estado da Virgínia. Os EUA anunciaram que outras três unidades chegarão ao Haiti entre hoje e amanhã.
Equipes da França e Reino Unido também estão a caminho, segundo autoridades americanas.
O navio americano em águas haitianas é o guarda-costeira Forward, "relativamente pequeno, mas era o que estava mais próximo", disse em entrevista coletiva a subsecretária adjunta para Assuntos Latino-americanos, Roberta Jacobson.
Arte/Folha Online | ||
Outros três navios similares estão a caminho ao Haiti. Contam com helicópteros e uma pequena reserva de ajuda humanitária, segundo explicou em outra entrevista coletiva o general Douglas Fraser, comandante do Comando Sul do Pentágono.
Além disso, o Governo dos Estados Unidos enviou uma equipe de especialistas que embarcou em San José (Costa Rica) para fazer uma avaliação da situação no terreno e organizar uma resposta ao desastre.
Jacobson disse que os EUA decidiram mandar também o USS Comfort, uma embarcação hospital que em 2007 já tratou quase 100.000 pessoas no Caribe e América Latina.
"Partirá de Baltimore (estado de Maryland) para o Haiti assim que seja possível. Demorará uma semana para chegar", disse.
A frota será completada com o porta-aviões USS Carl Vinson, com 6.000 marinheiros, e um navio anfíbio com aproximadamente 2.000 militares.
Jacobson disse que a situação está calma atualmente, e não há informação de violência ou saques.
A funcionária assinalou que os EUA poderiam garantir as operações do aeroporto e do porto com um destacamento de soldados, mas por enquanto não ordenou que seus militares realizem trabalhos policiais em Porto Príncipe.
"Capacetes azuis" brasileiros, chilenos e argentinos que fazem parte da força da ONU no Haiti foram destacados imediatamente após o sismo para manter a segurança em Porto Príncipe, disse a funcionária americana.
O Brasil lidera a força da ONU no Haiti, que conta com cerca de 6.700 militares, dos quais 1.266 são brasileiros.
O terremoto aconteceu às 19h53 (Brasília) na terça-feira e teve epicentro a 15 quilômetros de Porto Príncipe, capital do Haiti. O primeiro-ministro do país, Jean Max Bellerive, estimou hoje em "centenas de milhares" o número de mortos.
O Exército brasileiro confirmou que pelo menos 11 militares do país que participam da Missão de Estabilização das Nações Unidas no Haiti (Minustah) morreram em consequência do terremoto.
Zilda Arns, fundadora e coordenadora da Pastoral da Criança, ligada à Igreja Católica, também morreu no tremor.
Devastação
O terremoto de sete graus de magnitude atingiu o Haiti às 16h53 desta terça-feira (19h53 no horário de Brasília), a cerca de 16 km da capital haitiana, sendo considerado o mais forte no país em 200 anos.
As comunicações foram em grande parte interrompidas, tornando impossível obter um quadro completo sobre os danos, enquanto vários tremores que se seguiram ao grande sismo continuaram a assustar a população do país, onde muitas construções são precárias.
Segundo o secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, os prédios e a infraestrutura de Porto Príncipe, cidade mais atingida pelo tremor, sofreram danos extensos. Já os serviços básicos, incluindo água e eletricidade, estão a beira do colapso.
Em um país de construções precárias, mesmo prédios importantes como o palácio presidencial e a sede da missão da ONU não resistiram e sofreram sérios danos. Há relatos de casas que caíram de barrancos e de que 200 ficaram soterrados sob o hotel Cristopher. Repórteres e testemunhas relatam grande destruição e cenas sangrentas na capital, Porto Príncipe.
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