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19/01/2010 - 10h10

França elogia "papel essencial" dos EUA no Haiti e minimiza tensão

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da Folha Online

O presidente francês, Nicolas Sarkozy, elogiou nesta terça-feira o "papel essencial" dos Estados Unidos na ajuda às vítimas do terremoto de magnitude 7 que devastou o Haiti há uma semana. A declaração, feita em comunicado, minimiza o clima de tensão depois do ministro francês de Cooperação reclamar do que considerou uma postura excessivamente controladora dos EUA no Haiti.

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Os EUA controlam o congestionado aeroporto de Porto Príncipe, e consequentemente a chegada dos aviões de várias partes do mundo com suprimentos, hospitais de campanha e equipes. Na semana passada, os americanos proibiram a aterrissagem de oito voos brasileiros e de um avião francês com um hospital de campanha.

Tatyana Makeyeva/Reuters
Pessoas se amontoam para receber ajuda em Porto Príncipe; França minimiza tensão por controle dos EUA
Pessoas se amontoam para receber ajuda em Porto Príncipe; França minimiza tensão por controle dos EUA

Nesta segunda-feira, o ministro de Cooperação Alain Joyandet pediu à ONU (Organização das Nações Unidas) que esclarecesse o papel dos americanos na ajuda ao país caribenho. "Isto é sobre ajudar o HAiti e não ocupar o Haiti".

O comunicado presidencial diz que as autoridades "cumprimentam a excepcional mobilização" dos EUA no Haiti e o "papel essencial que tem em terra".

O documento diz ainda que a cooperação entre França e EUA está indo bem. "As autoridades francesas estão [...] muito satisfeitas com a cooperação entre os dois países e além disso com a cooperação entre os centros de crise do Ministério de Relações Exteriores e o Departamento de Estado dos EUA".

Com o principal porto do Haiti fora de operação, a ajuda maciça que chega de mais de 30 países tem que usar o aeroporto de Porto Príncipe. Com o fluxo intenso, a única pista do aeroporto não é capaz de receber tantas aeronaves e muitas cargas com ajuda médica e suprimentos de necessidade urgente tiveram que ser atrasadas.

Os militares americanos dizem estar fazendo o melhor para conseguir um maior número de pousos em Porto Príncipe.

Tragédia

O terremoto aconteceu às 16h53 do último dia 12 (19h53 no horário de Brasília) e teve epicentro a 15 quilômetros de Porto Príncipe, a capital do país, que ficou virtualmente devastada. O Palácio Nacional e a maioria dos prédios oficiais desabaram. O mesmo aconteceu na sede da missão de paz da ONU no país, a Minustah, liderada militarmente pelo Brasil.

Ainda não há um dado preciso do total de mortos. A Organização Pan-Americana de Saúde, ligada à ONU, afirma que podem ter morrido cerca de 100 mil pessoas. Já a Cruz Vermelha estima o número de mortos entre 45 mil e 50 mil.

O governo do Haiti já chegou a estimar em 200 mil o número de mortos. Cerca de 70 mil corpos já foram enterrados em valas comuns desde o terremoto, disse neste domingo o secretário de Alfabetização local, Carol Joseph.

Segundo o governo brasileiro, 19 brasileiros morreram no país --17 militares e dois civis, a médica Zilda Arns e o chefe-adjunto civil da missão da ONU no Haiti, Luiz Carlos da Costa. O corpo de Costa foi encontrado neste sábado (16).

O ministro da Defesa, Nelson Jobim,diz que há ainda um terceiro civil não identificado. O governo não confirma a informação.

Com Reuters e Associated Press

Comentários dos leitores
Ze Vitrola (72) 02/02/2010 20h53
Ze Vitrola (72) 02/02/2010 20h53
Gandin, escreveu:
" ... imagino que uma pessoa fale tanto mal do presidente, não deva nem jogar lixo na lixeira e, sim, em via pública da janela do importado dele. (risos).
~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~
Vc é um daqueles que nem sabe o que fala ou escreve, então a gente precisa desenhar. Se vc nunca me viu, não sabe se sou mais magro ou mais gordo, como pode inventar uma asneira dessa para ter o que escrever? Isso é ser leviano, infantil.
sem opinião
avalie fechar
marcos cesar fernandes (232) 02/02/2010 19h10
marcos cesar fernandes (232) 02/02/2010 19h10
Sr. Jose R. N. Filho. Gostei muito de seu testemunho e isso prova que há pessoas que sabem aproveitar os limões que a vida lhe oferecem e transforma-los em limonada. No caso das crianças haitianas houve muito desrespeito, pois o país, apesar de viver uma situação caótica, ainda tem suas leis e leis devem ser respeitadas.
No Brasil existem as leis que pegam e as que não pegam. Dentre as que pegaram está a Lei de Gerson, infeliz propaganda de cigarro feita por quem pela lógica deveria ser totalmente contra, por tratar-se de um atleta. Não podemos esquecer que o tabagismo, assim como o alcoolismo, são agentes causais da pressão alta. Como essa lei vale para todas as camadas socias, possivelmente existem milhares de mães pelo Brasil afora que se sentem orgulhosas quanto seus filhos fazem uso dela e se tornam cidadãos expressivos na sociedade, não por seus feitos positivos, mas por obterem prestígio e admiração justamente por serem espertos e aproveitadores.
Vejo como um fator positivo para o Haiti a sua proximidade com os EUA e seu grande mercado. Se se aproveitar o clima tropical para produzir frutas como o abacaxi e o mamão papaya que praticamente só é produzido no Hawai, o Haiti terá um importador garantido, e nestas duas culturas nós brasileiros somos experts. Pode-se aproveitar o clima da ilha para produzir cacau, abacate, seringais, uvas etc.
Cabe a agora aos paises com bom know-how agrícola se disporem a ajudar o Haiti, e só assim sairão desse estágio de atrazo.
sem opinião
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Regina Martins (141) 02/02/2010 09h27
Regina Martins (141) 02/02/2010 09h27
Para onde estão sendo levadas as crianças haitianas?
Para uma vida melhor, uma adoção justa?
Ou serão escravos de pessoas ditas boazinhas?
Acho q a UNICEF tem a obrigação de apurar.
7 opiniões
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