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Bill Clinton volta ao Haiti para coordenar distribuição de ajuda
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da Folha Online
da France Presse, em Nova York
O ex-presidente dos Estados Unidos Bill Clinton (1993-2001) anunciou que vai viajar pro Haiti amanhã (5) para coordenar esforços de ajuda àquele país e para se reunir com dirigentes do país caribenho, devastado por um terremoto no mês passado. "Mais de três semanas depois do tremor, os esforços de assistência no Haiti estão conseguindo responder às necessidades, mas o longo caminho para a recuperação mal começa", disse.
Ontem (3), o secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, pediu a Clinton que lidere os esforços para reconstruir o país. Em 2009, o americano foi nomeado enviado especial da ONU para aquele país. Clinton "está envolvido com o Haiti e pode não só mobilizar os líderes políticos e empresariais do mundo, como coordenar os esforços de recuperação e reconstrução", disse ontem o porta-voz da ONU, Martin Nesirky.
"Farei o melhor possível", disse ontem Clinton, ao fim da reunião com Ban, em que ressaltou o desafio que representa a reconstrução da infraestrutura.
O ex-presidente, que é marido da secretária de Estado Hillary Clinton, tem estado ativamente envolvido nos esforços de ajuda ao Haiti desde que o país foi atingido por um forte terremoto e já visitou a nação para testemunhar a destruição. O ex-presidente visitou Porto Príncipe no dia 18 de janeiro, seis dias depois do terremoto que matou ao menos 200 mil pessoas.
Segundo a Fundação Clinton, de Nova York, o ex-presidente entregará "água, alimentos, medicamentos, lanterna à energia solar, rádios portáteis e geradores".
Brasil
Na liderança militar da missão de paz da ONU no Haiti, a Minustah, o Brasil prepara grande pacote com projetos para reestruturar o Haiti, disse ontem o general Jorge Armando Félix, ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI).
Caberá ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva anunciar as medidas --algumas já em andamento antes mesmo do terremoto-- durante a viagem que fará ao país no fim de fevereiro, provavelmente dia 25.
Entre os projetos há um de coleta e reciclagem de lixo realizado já antes do terremoto que deverá contar com um aporte de recursos para atender cerca de 150 mil pessoas, afirmou o embaixador Antônio Simões. Também estão em análise projetos de estruturação nos setores como agricultura e construção de casas populares de baixo custo, que possam ser erguidas o mais rápido possível.
Outra iniciativa deverá ocorrer na área de formação de mão de obra, em uma parceria governamental com o Senai (Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial).
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