Al Qaeda liberta espanhola e italiana sequestradas em Mali

A organização terrorista Al Qaeda no Magreb Islâmico (AQMI) libertou nesta quarta-feira uma espanhola e uma italiana mantidas como reféns no norte de Mali. As duas viajam rumo à vizinha Burkina Fasso, onde devem ser recebidas por autoridades de seus países.

"É Burkina que se ocupa do assunto. De fato, as notícias são boas. No momento as duas mulheres estão a caminho de Burkina", afirmou um negociador malinês, que pediu anonimato.

A espanhola Alicia Gámez, 35, foi sequestrada em 29 de novembro passado com outros dois membros --Roque Pascual e Albert Vilalta-- da ONG Barcelona Acción Solidaria, quando viajavam em um comboio com material humanitário com destino ao Senegal. Ele foram raptados na Mauritânia e levados para o norte do Mali, onde os outros dois permanecem.

A AQMI, braço da rede terrorista Al Qaeda no norte da África, chegou a exigir a soltura de muçulmanos presos na Mauritânia em troca da libertação dos três voluntários espanhóis.

O jornal espanhol "El Mundo" afirmou recentemente que a Espanha decidiu pagar US$ 5 milhões à Al Qaeda para a libertação dos três espanhóis. A informação não foi confirmada pelo governo espanhol, que ainda não revelou detalhes sobre a libertação de Gámez.

A AQMI também libertou nesta quarta-feira a burquinense-italiana Philomene Kabouré, 39, mulher do italiano Sergio Cicala, 65. O casal foi sequestrado na Mauritânia, em 17 de dezembro passado. Ambos também foram levados ao norte de Mali.

Segundo fontes ligadas à negociação, Kaboureh havia se negado inicialmente a ser liberada para permanecer com o marido.

Em 23 de fevereiro passado, o refém francês Pierre Camatte foi libertado em troca de quatro prisioneiros.

Com agências internacionais