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Farc dão coordenadas para entrega de reféns na Colômbia
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LUIS JAIME ACOSTA
da Reuters, em Bogotá (Colômbia)
As Farc (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia) entregaram as coordenadas dos locais onde libertarão dois militares sequestrados e devolverão os restos de um policial morto em cativeiro, anunciou nesta quinta-feira a senadora Piedad Córdoba, que participa da missão humanitária com participação brasileira.
A senadora disse que as Farc lhe deram as coordenadas e que o processo, que classificou como irreversível, poderá ser realizado dez dias depois das eleições legislativas do próximo domingo.
"Já temos em nosso poder as coordenadas, ou seja, o local onde já estão localizadas as pessoas que serão entregues de maneira unilateral pelas Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia", disse Córdoba, do Partido Liberal.
"O importante são as liberações, que acabam com um suplício", disse a política, que concorre à reeleição.
Maior guerrilha de esquerda da Colômbia, as Farc anunciaram em abril de 2009 a liberação do suboficial Pablo Emilio Moncayo, do soldado Josué Daniel Calvo e a entrega dos restos do policial Julián Ernesto Guevara, morto em cativeiro.
Facilitadores
As Farc admitiram a participação do Brasil, do Comitê Internacional da Cruz Vermelha e da Igreja Católica no processo de libertação dos reféns.
A guerrilha exige que o governo retire o Exército da região onde será a libertação, assim como a suspensão dos voos de aeronaves militares.
Inicialmente, o presidente colombiano, Álvaro Uribe, exigiu que as Farc liberassem simultaneamente os 24 membros das Forças Armadas mantidos reféns nas florestas do país, e disse que os guerrilheiros buscam ganhar exposição internacional e limpar sua imagem com as entregas graduais.
Posteriormente, o presidente concordou com as libertações graduais e autorizou Córdoba, junto à Igreja Católica e à Cruz Vermelha, a constituir uma missão humanitária que participe do processo.
O Brasil, que em 2009 participou do processo de entrega de outros seis reféns, emprestará helicópteros e tripulação para que a missão humanitária receba os militares.
Funcionários do governo brasileiro já chegaram à Colômbia para desenhar a logística da operação.
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