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Carta do papa a fiéis irlandeses deve ser divulgada neste sábado
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colaboração para a Folha Online
O papa Bento 16 publicará no próximo sábado (20) a já anunciada carta pastoral aos católicos irlandeses sobre os casos de pedofilia que envolvem religiosos do país, anunciou nesta quinta-feira o Vaticano. O texto deverá conter não somente direções e considerações religiosas, mas "indicações práticas" precisas sobre como identificar e sanar o problema, eliminando-o do futuro da Igreja Católica, segundo comunicado do Vaticano.
O texto, em inglês e italiano, será entregue à imprensa pela manhã, para publicação a partir das 12h locais (8h no horário de Brasília).
Bento 16 tinha anunciado na última quarta-feira (18) a intenção de enviar a carta aos irlandeses. "Peço a todos que a leiam com um coração aberto e com o espírito de fé", disse o papa diante das milhares de pessoas que foram à Praça de São Pedro para a audiência pública das quartas-feiras.
O pontífice havia declarado que a carta já estava pronta e seria assinada por ele na sexta-feira (19), dia de São José, guardião da Sagrada Família e patrono da Igreja universal.
Crise na Europa
A Igreja Católica da Irlanda foi criticada por ocultar os abusos sexuais cometidos por padres da região de Dublin envolvendo centenas de crianças durante várias décadas, segundo relatório de uma investigação oficial publicado em novembro passado.
O documento, de mais de 700 páginas, fala sobre a atitude da hierarquia católica no arcebispado de Dublin entre os anos 1975 a 2004. Acusa, principalmente, quatro arcebispos por não terem denunciado à polícia que sabiam dos abusos sexuais, cometidos a partir dos anos 60.
Na época, ao tomar conhecimento da denúncia, o papa se disse "chocado e angustiado" e condenou qualquer tipo de abuso contra crianças. Depois disso, diversos bispos apontados pelo relatório renunciaram a seus cargos.
Na última quarta-feira, o chefe da Igreja Católica irlandesa, cardeal Sean Brady, pediu desculpas por não ter denunciado o comportamento de um sacerdote acusado de cometer pedofilia em meados dos anos 1970. Recentemente, Brady assumiu publicamente que encobriu o reverendo Brendan Smyth, mas descartou renunciar a seu cargo por conta disso.
Esperada inicialmente para o início da Quaresma, em meados de fevereiro, a carta do papa chega em um momento em que as denúncias de abuso sexual se estendem também à Igreja Católica da Holanda, Áustria, Suíça e principalmente Alemanha, terra natal de Bento 16.
Com France Presse e Ansa
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