Publicidade
Publicidade
Um mês após eleição, Iraque invalida 52 candidaturas e ameaça novo governo
Publicidade
da Reportagem Local
Um painel de revisão do Iraque decidiu invalidar nesta segunda-feira 52 candidaturas às eleições realizadas em 7 de março passado, ameaçando a pequena margem da aliança sunita e lançando mais dúvidas sobre o novo governo do país.
Não se sabe até o momento quantos dos candidatos barrados por supostos laços com o partido Baas, do ditador morto Saddam Hussein, efetivamente ganharam cadeiras nas eleições parlamentares. A agência de notícias Associated Press afirma que são ao menos dois.
Caso o resultado da eleição seja alterado, pode causar uma onda de reação entre os sunitas, pouco tempo depois da frágil redução da violência sectária no país, com a ajuda das forças internacionais.
As eleições legislativas deram 91 cadeiras à coalizão laica Iyad Allawi; 89 à coalizão xiita do atual primeiro-ministro, Nouri al Maliki; 70 à Aliança Nacional Iraquiana, que reagrupa duas formações xiitas conservadoras; e 43 à Aliança Curda.
Al Maliki criticou os resultados e pediu a recontagem manual em cinco Províncias, mas só conseguiu na capital.
"A decisão do painel é motivada politicamente e pode ser negativa para o processo democrático no Iraque", disse Mustafa Al Hiti, membro da aliança que apostou no forte apoio sunita e ganhou uma vantagem de dois assentos no Parlamento.
Hiti afirmou que a Iraqiya, liderada pelo ex-primeiro-ministro Iyad Allawi, não espera perder nenhuma das suas 91 cadeiras no Parlamento (que tem um total de 325).
A coalizão Estado da Lei, do atual premiê, ficou em segundo lugar na disputa e poderia se beneficiar de uma mudança. O advogado da coalizão, Tariq Harp, disse acreditar que dois ou três eleitos podem ser afetados pela invalidação.
A decisão do painel vem antes da esperada recontagem em Bagdá, que também pode mudar o cenário do Parlamento iraquiano em um momento delicado para o país --com as tropas americanas saindo do país, o novo governo enfrentará o desafio de manter a segurança dos iraquianos e combater as insurgências.
Um novo resultado que favoreça os xiitas pode ainda alimentar o ressentimento dos sunitas com sua queda do poder --o que causou, em 2003, com a derrubada de Hussein, uma guerra sectária e uma insurgência violenta.
Uma disputa pelos candidatos invalidados pode ainda prejudicar as negociações entre sunitas, xiitas e curdos, que será essencial para formar uma coalizão com poder suficiente no Parlamento para efetivamente governar, além, claro, de escolher o novo premiê.
Os iraquianos esperam ainda que a eleição possa ajudar o país a ganhar estabilidade política necessária para fortalecer a democracia recém-conquistada.
Com agências internacionais
Leia mais sobre o Iraque
- Londres recebe primeiro voo comercial iraquiano em 20 anos
- Clérigo anti-EUA oferece ajuda ao governo iraquiano após explosões
- Atentados a bomba matam pelo menos 58 no Iraque; veja vídeo
Outras notícias internacionais em Mundo
- Na França, ultradireitista Le Pen minimiza perseguição a judeus
- Chávez anuncia aumento de 40% para militares
- Iêmen acusa Al Qaeda por atentado contra embaixador britânico
Especial
Livraria
Publicidade
As Últimas que Você não Leu
Publicidade
+ LidasÍndice
- Alvo de piadas, Barron Trump se adapta à vida de filho do presidente
- Facções terroristas recrutam jovens em campos de refugiados
- Trabalhadores impulsionam oposição do setor de tecnologia a Donald Trump
- Atentado contra Suprema Corte do Afeganistão mata 19 e fere 41
- Regime sírio enforcou até 13 mil oponentes em prisão, diz ONG
+ Comentadas
- Parlamento de Israel regulariza assentamentos ilegais na Cisjordânia
- Após difamação por foto com Merkel, refugiado sírio processa Facebook
+ EnviadasÍndice