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24/04/2010 - 13h07

Clérigo anti-EUA oferece ajuda ao governo iraquiano após explosões

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da Reuters, em Bagdá (Iraque)
da Reportagem Local

O clérigo xiita anti-americano Moqtada Al Sadr ofereceu ajudar o governo iraquiano a manter a segurança no país depois que uma série de ataques com bombas contra xiitas mataram ao menos 58 pessoas em Bagdá, incluindo um ataque ao escritório do clérigo.

Os ataques foram vistos pelas autoridades como resposta dos insurgentes ao recente assassinato de três líderes da rede terrorista Al Qaeda em operações das tropas iraquianas e americanas.

"Eu ofereço minha disposição de ter centenas de crentes prontos.... a serem brigadas formais do exército iraquiano ou da polícia para proteger templos, mesquitas, mercados, casas e cidades", disse Sadr num comunicado.

O porta-voz do governo iraquiano, Ali al-Dabbagh, recusou-se a comentar o comunicado de Sadr.

Ao menos treze explosões atingiram diferentes áreas de Bagdá, no horário das orações muçulmanas de sexta-feira e próximas a mesquitas xiitas e um mercado, disse o Ministério do Interior.

Três bombas foram detonadas do lado de fora do escritório de Al Sadr, em uma região populosa de Sadr City. O alvo eram fiéis xiitas, segundo autoridades locais.

Estas explosões deixaram ao menos 25 mortos e 56 feridos e causaram protestos dos moradores contra as forças de segurança locais.

Tensão

A oferta de Sadr de utilizar seu exército paramilitar Mehdi foi feita num momento sensível para o Iraque, depois das eleições iraquianas que não produziram um vencedor claro e deixaram um vazio no poder que pode ser explorado por insurgentes.

Negociações difíceis sobre como formar um governo em 2006 deixaram o Iraque na iminência de uma guerra civil entre as seitas. O exército Mehdi xiita foi um dos principais responsáveis pela violência contra os sunitas durante o conflito.

Sadr mandou que seus soldados deixassem as armas e voltassem seus esforços a trabalhos sociais. Mas se o exército Mehdi for reativado, ele poderia aumentar a tensão quando a segurança no Iraque ainda é frágil. Além disso, as tropas americanas saem do país a partir de 2011.

Os conflitos que se seguiram à invasão americana em 2003 reduziram-se, mas a tensão aumentou desde a eleição do mês passado.

A aliança Iraqiya, que tem sunitas e xiitas e é liderada pelo ex-primeiro ministro Iyad Allawi --que tem o apoio da minoria sunita-- ganhou o maior número de vagas no parlamento. Eles terminaram pouco à frente da coalizão Estado da Lei Xiita, liderada pelo primeiro-ministro Nouri Al Maliki.

Os sunitas dominaram o Iraque durante a ditadura de Saddam Hussein.

 

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