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Gloria Estefan defende imigrantes em protestos nos Estados Unidos
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colaboração para Folha
da Efe, em Los Angeles
A cantora Gloria Estefan e seu marido, o produtor musical Emilio Estefan, ambos cubanos, defenderam os direitos dos imigrantes nos Estados Unidos durante um protesto realizado neste sábado em Los Angeles contra a lei de imigração aprovada no Estado do Arizona.
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Sobre um trio elétrico, o casal mostrou sua rejeição contra a legislação polêmica e reivindicou uma reforma migratória nos EUA.
"Viemos refugiados para este país que nos deu muitas oportunidades", disse Gloria Estefan
"Nos unimos a vocês hoje para que saibam que os imigrantes são honestos, trabalhadores, sempre respeitando as leis. Se todos olharem para trás, todos são imigrantes neste país", acrescentou a cantora.
Para a estrela latina, não é aceitável que as palavras "imigrante" e "criminoso" estejam associadas.
Emilio Estefan afirmou que a lei que criminaliza a imigração ilegal no Arizona "apertou um botão que vai trazer mais do que nunca a união dos hispânicos".
Jason Redmond/AP | ||
Milhares protestaram contra a lei de imigração do Arizona neste sábado em Los Angeles, nos Estados Unidos |
Também presente ao ato, o arcebispo de Los Angeles, Roger Mahony, assegurou que o sistema atual "manda as pessoas para as mãos dos coiotes e da morte".
A reforma migratória que permite uma regularização dos imigrantes e suas famílias residentes nos EUA protagonizou a manifestação, onde houve muitas menções ao endurecimento da legislação no Arizona.
Cartazes como "Acabe com o Apartheid do Arizona" ou "Detenha a (lei) SB1070 no Arizona" foram erguidos junto a outros que reivindicavam um tratamento justo à comunidade migrante.
"Não sou um terrorista, trabalho para sustentar a minha família", dizia um dos cartazes em Los Angeles.
"A lei do Arizona que foi aprovada é uma motivação a mais para pressionar o governo, porque demonstra que os extremistas tomam controle do que deve ser uma solução humana e razoável", declarou a secretária-geral da Federação de Sindicatos de Los Angeles, María Elena Durazo.
Protestos
A lei promulgada na semana passada pela governadora republicana do Arizona Jan Brewer provocou uma onda de indignação entre a comunidade hispânica nos Estados Unidos, a principal minoria no país com 44 milhões de habitantes, e também em países da América Latina.
Na quinta-feira (29), três grupos de defesa dos direitos civis nos Estados Unidos anunciaram que apresentarão uma ação federal contra a lei que criminaliza os imigrantes sem documentos, permite à polícia interrogar sobre o estatuto migratório e pune qualquer pessoa que contrate ou que transporte as pessoas "sem documentos".
Uma pesquisa da empresa Angus Reid publicada na quinta-feira (29) revelou que 76% dos americanos apoiam que seja convertido em crime o transporte de pessoas sem documentos, e uma esmagadora maioria respalda regulamentações similares à promulgada no Arizona.
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