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Compromisso dos EUA com Afeganistão é de longo prazo, diz Hillary
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da Efe, em Washington
Em visita aos EUA, o presidente afegão, Hamid Karzai, recebeu confirmações da secretária de Estado americana, Hillary Clinton, de que há um compromisso duradouro entre os dois países, mesmo após a retirada das tropas do Oriente Médio no início do próximo ano.
Clinton apareceu hoje com Karzai, na sala de Benjamin Franklin do Departamento de Estado, durante o primeiro diálogo formal que os dois países manterão durante a visita do líder afegão a Washington.
Mike Theiler/Efe | ||
Aliança entre EUA e Afeganistão é "de longo prazo", assegurou a secretária de Estado americana Hillary Clinton |
Após recentes tensões nas relações entre os dois países, sobretudo depois de controvérsias envolvendo acusações de fraudes nas eleições afegãs, Hillary fez questão de reforçar as intenções americanas de cooperação.
"Eu vou deixar claro: na medida em que buscamos uma transição responsável e ordenada após a missão de combate internacional no Afeganistão, não vai abandonar os afegãos", comentou Clinton, referindo-se à estratégia do presidente americano Barack Obama para iniciar a retirada das tropas em junho do próximo ano.
"Nosso compromisso em matéria civil vai continuar no futuro", acrescentou.
Para Karzai, a existência da aliança duradoura não impede que existam diferenças ao longo do caminho, mas estas não devem se rum obstáculo para a cooperação entre os dois países.
Para ele a relação entre os EUA e o Afeganistão "reflete um nível de confiança que é essencial para qualquer diálogo significativo e uma duradoura relação estratégica".
O líder também falou dos compromissos da sua parte e de seu país. "O Afeganistão vai continuar a reforçar as suas instituições para preservar os progressos realizados e caminhar para o futuro com passos firmes e fortes", afirmou.
Em seu discurso, o presidente solicitou ao secretário de auxílios estatais para promover a "grande causa" do Afeganistão: a reconstrução e o desenvolvimento em busca de estabilidade econômica, institucional e de segurança.
O líder afegão também pediu o apoio de Washington em três grandes desafios enfrentados pelo país em breve: a Jirga "ou montagem de paz, uma reunião deve servir para trazer os rebeldes à mesa das negociações, a conferência internacional sobre o Afeganistão em 20 de julho de Cabul e as eleições parlamentares marcadas para setembro.
O processo de reconciliação e reintegração dos rebeldes talebans será uma das questões que as delegações dos dois países abordarão a partir de hoje.
Outros temas serão segurança, agricultura, formação da polícia e do Exército, o Estado de direito, uma governança responsável, entre outros. Do lado americano das conversas bilaterais, os secretários de Defesa, Robert Gates, de Agricultura, Tom Vilsack, o diretor da CIA, Leon Panetta, o diretor do FBI, Robert Mueller, e o chefe do Estado-Maior Conjunto, Mike Mullen.
Também participaram o representante especial para o Afeganistão e o Paquistão, Richard Holbrooke, o administrador da agência americana para o desenvolvimento internacional (Usaid), Rajiv Shah, o embaixador americano em Cabul, Karl Eikenberry, e o general Stanley McChrystal, chefe da Força Internacional de Segurança no Afeganistão (Isaf).
Karzai, por sua vez, viajou para Washington com os ministros dos Negócios Estrangeiros e funcionários das pastas do Interior, da Segurança Nacional, Assuntos Sociais e do Trabalho, Saúde, Educação, Agricultura, Finanças, Defesa e corrupção, entre outros membros de seu governo.
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