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12/05/2010 - 13h58

Médico diz que criança que sobreviveu a queda de avião está na UTI, mas estável

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da Reportagem Local

Um dos médicos que cuida da criança holandesa que sobreviveu à queda do avião da Afriqiyah Airways, na Líbia, afirmou que ela está internada na Unidade de Tratamento Intensivo, mas seu estado de saúde é estável. A criança, que ainda não foi identificada, foi a única sobrevivente dentre os 93 passageiros e 11 tripulantes do avião, que caiu ao tentar pousar no Aeroporto Internacional de Trípoli.

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"A criança teve várias fraturas em ambas as pernas e está sob cuidado intensivo, mas estável", disse o médico, em vídeo exibido pela TV da Líbia. "Toda a equipe médica está fazendo seu melhor para ajudar diante desta tragédia".

AP
Criança holandesa não identificada foi a única sobrevivente da queda de um avião com 104 a bordo
Criança holandesa não identificada foi a única sobrevivente da queda de um avião com 104 a bordo na Líbia

No vídeo, a criança aparece com bandagens na cabeça, respirando com uma máscara de oxigênio e tem uma intravenosa em seu braço. Ela parece estar consciente e estava sendo atendida por uma enfermeira e um médico.

Um funcionário da Embaixada da Holanda em Trípoli deve visitar a criança ainda nesta quarta-feira, segundo a porta-voz do Ministério de Relações Exteriores Ozlem Canel. Ela disse que os funcionários ainda tentam identificar a criança.

Outro porta-voz, Ad Meijer, confirmou mais cedo que a criança foi a única sobrevivente. Meijer afirmou que os ferimentos incluem fratura de vários ossos.

Mais cedo, o ministro de Transporte da Líbia, Mohamed Zidan, disse que a criança sobrevivente tem dez anos e um passaporte holandês. Segundo Zidan, ela está no hospital e não corre risco de morte. Alguns jornais afirmam que a criança tem oito anos.

Reuters
Equipes examinam um dos maiores pedaços da fuselagem do avião da Afriqiyah Airways, que caiu ao pousar
Equipes examinam um dos maiores pedaços da fuselagem do avião da Afriqiyah Airways, que caiu ao pousar

O Comitê de Turismo da Holanda afirmou, em sua página na internet, que 61 das vítimas do avião da Afriqiyah Airways, que levava 93 passageiros e 11 tripulantes, eram holandeses.

O governo holandês organizou uma equipe de gerenciamento de crise para lidar com o acidente e ajudar os familiares das vítimas.

Em entrevista a jornalistas, autoridades líbias informaram que 82 dos passageiros fariam conexão em Trípoli para outros destinos --Londres (Reino Unido), Paris (França), Bruxelas (Bélgica) e Dusseldorf (Alemanha).

O Ministério de Relações Exteriores da Bélgica afirmou que nenhum cidadão do país estava a bordo, apesar de 32 dos passageiros terem como destino final Bruxelas.

O ministro Zidan afirmou que, até o momento, 96 corpos foram retirados dos escombros da aeronave. Imagens da TV local mostram equipes de resgate e policiais procurando pelos demais passageiros sob o metal retorcido, além de muitos destroços.

Acidente

Arte/Folha

O Airbus 330/200 da companhia caiu aproximadamente às 6h10 desta quarta-feira (1h10 em Brasília), quando se preparava para aterrissar no Aeroporto Internacional de Trípoli, na Líbia. O avião havia decolado de Johannesburgo, na África do Sul.

A principal pista do aeroporto tem 3.600 metros. Segundo guias de aeroportos internacionais, ela não está equipada com o Sistema de Aterrissagem Instrumental, que guia os aviões em decolagem pela pista, sob qualquer condição meteorológica.

O aeroporto conta, contudo, com dois outros sistemas que muitos aeroportos usam em todo o mundo, um rádio ominidirecional de alta frequência que os pilotos usam para navegar as aeronaves e um farol não direcional que também ajuda a guiar os aviões pelo aeroporto.

As condições do tempo perto de Trípoli estavam boas nesta quarta-feira, com visibilidade de 4,8 quilômetros e poucas nuvens em uma altitude de 10 mil pés. Os ventos eram de apenas três milhas por hora.

Segurança

Daniel Hoeltgen, porta-voz da Agência Europeia de Segurança em Aviação disse que a Afriqiyah passou por dez recentes inspeções de segurança nos aeroportos europeus, sem grandes problemas encontrados. Ele disse ainda que uma equipe de investigadores franceses já foi deslocado para Trípoli, para investigação.

"Nós estamos atualmente falando com a Airbus e com a agência de investigação de acidentes aéreos BEA, que estará envolvida no processo", disse Hoeltgen. "Nós daremos nosso apoio se for pedido pelas autoridades no comando".

A Afriqiyah Airways não estava na lista de companhias aéreas vetadas pela União Europeia. Esta lista tem cerca de 300 empresas proibidas de voar sobre o continente por não manter padrões internacionais de segurança.

A companhia opera apenas aviões da Airbus. Ela foi fundada em abril de 2001 e é de posse do governo líbio.

A Airbus afirmou que vai ajudar as autoridades a investigar as causas do acidente. A polícia ainda não tem pistas do que poderia ter causado a queda do voo 8u 771.

"Airbus providenciará total assistência técnica às autoridades responsáveis pela investigação do acidente", disse.

Zidan, contudo, já descartou a hipótese de um atentado terrorista. 'Nós descartamos de forma definitiva a hipótese de que o acidente seja o resultado de um ato terrorista', declarou, em uma entrevista coletiva no aeroporto.

Com agências internacionais

 

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