Guerrilha pretende cometer ataques durante eleições na Colômbia, diz polícia

A guerrilha colombiana das Farc (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia) pretende cometer ataques em ao menos sete dos 32 Departamentos (Estados) do país para sabotar as eleições presidenciais do dia 30 de maio, afirmou nesta segunda-feira a polícia, que também anunciou um reforço na vigilância.

Os rebeldes querem prejudicar as eleições nos Departamentos de Antioquia (noroeste), Arauca (nordeste), Cauca (sudoeste), Caquetá, Huila (sul), Meta (sudeste) e Putumayo (sul, fronteira com Equador e Peru), disse o chefe da Segurança Cidadã da polícia, o general Orlando Páez.

"Após realizar os estudos de inteligência, temos preocupação com esses Departamentos, mesmo que tenhamos tomado as medidas adequadas para garantir eleições pacíficas", afirmou Páez.

Outras fontes da polícia disseram que guerrilheiros das Farc pretendem se passar por membros dos organismos de segurança do Estado para se infiltrar entre a população e cometer ataques com dinamites nas eleições para a escolha do sucessor do presidente Álvaro Uribe.

O candidato Rafael Pardo, do opositor Partido Liberal, denunciou nesta segunda-feira que os rebeldes ocuparam no domingo uma estrada de Cauca, interceptaram e obrigaram a descer de um ônibus os seguidores do político e sequestraram durante umas horas o motorista, em uma ação de "clara intimidação população civil", segundo informou.

Pardo acrescentou que ignora se um explosivo encontrado e desativado no domingo pela polícia em outra estrada de Cauca estava dirigido contra sua caravana, que se mobilizava desde a cidade de Popayán, a capital provincial, até a localidade de Santander de Quilichao.

O candidato finalmente falou com seus seguidores em Santander de Quilichao, de onde saíram as pessoas interceptadas no domingo pelos guerrilheiros.