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21/05/2010 - 14h38

Grupos muçulmanos da África do Sul tentam impedir publicação de charge de Maomé

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Colaboração para a Folha
da Efe

Grupos muçulmanos da África do Sul tentaram impedir, na noite de quinta-feira, que o jornal semanal "Mail&Guardian" divulgasse uma charge do profeta Maomé, na qual ele aparece deitado no divã de um psiquiatra reclamando da falta de senso de humor de seus seguidores. A charge foi feita por Jonathan Shapiro "Zapiro", um renomado cartunista sul-africano.

A maioria dos muçulmanos considera ofensiva qualquer representação gráfica de Maomé. No entanto, o Tribunal Superior de Joanesburgo negou o pedido. Editores e jornalistas sul-africanos apoiaram a decisão.

O grupo alegou que a charge é "ofensiva para o mundo muçulmano e "pode gerar violência" na África do Sul, há três semanas do início da Copa do Mundo, que ocorre em nove cidades do país.

Em declarações publicadas no site IOL, Zapiro disse que não teve intenção de ofender o Islã e que "toda religião pode ser objeto de tratamento satírico e alguns grupos religiosos não deveriam pensar que estão acima da sociedade". Zapiro classificou os seguidores do Islã como "fanáticos e sensíveis".

Censura no Paquistão

Também hoje, o governo do Paquistão reconheceu o "sofrimento" causado pela proibição dos sites Facebook e YouTube, mas disse que só vai considerar voltar atrás na decisão se forem removidas páginas consideradas ofensivas ao Islã, informou nesta sexta-feira o Ministério de Tecnologia.

Malik disse que o governo não teve outra opção se não fechar o Facebook na quarta-feira após uma ordem judicial. "Nós sabemos que algumas pessoas estão sofrendo por causa do bloqueio, mas temos que obedecer a ordem judicial", disse Malik.

O governo pediu que ambos os sites bloqueiem as páginas ofensivas e esperava uma resposta rápida, disse Najibullah Malik, do Ministério. A rede social Facebook disse que pode haver uma solução, mas não especificou se o site --ou o governo do Paquistão-- deveria restringir o acesso ao conteúdo.

Outros sites foram atingidos no país quando autoridades tentaram bloquear conteúdos ligados a uma página do Facebook chamada "Dia de todos desenharem Maomé!", que encoraja os usuários a publicarem imagens do profeta Maomé, supostamente em apoio à liberdade de expressão. A maioria dos muçulmanos considera ofensiva qualquer representação gráfica de Maomé.

Na quinta-feira, a desenhista americana Molly Norris, cujo trabalhou inspirou o concurso, pediu o fim da iniciativa e pediu "desculpas" aos muçulmanos.

O site de língua inglesa Wikipedia e o site de compartilhamento de fotos Flickr também ficaram indisponíveis em alguns momentos nesta sexta-feira.

Não foi a primeira vez que representações de Maomé enfureceram os muçulmanos. Por causa de uma caricatura feita em 2005 pelo dinamarquês Kurt Westergaard, que trazia Maomé com um turbante em forma de bomba, muçulmanos de todo o mundo realizaram protestos que deixaram pelo menos 50 mortos no Oriente Médio, na África e na Ásia.

 

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