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22/05/2010 - 10h05

Após violência, oposição tenta derrubar governo tailandês com moção de censura

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da Reportagem Local

O partido opositor tailandês Puea Thai aprovou neste sábado a apresentação de uma moção de censura no Parlamento, na próxima segunda-feira (24), para tentar derrubar o primeiro-ministro, Abhisit Vejjajiva, e vários membros de seu gabinete. A medida vem depois de dois meses de intensos protestos dos manifestantes da oposição, conhecidos como camisas vermelhas, que acabaram com confrontos, violência e a morte de ao menos 83 pessoas.

A moção inclui o primeiro-ministro e os ministros de Relações Exteriores, Kasit Piromya; de Finanças, Korn Chatikavanij; do Interior, Chavarat Charnvirakul; e o de Transporte, Sohpon Zarum.

Fundado há dois anos por aliados do ex-primeiro-ministro Thaksin Shinawatra, apoiado pelos camisas vermelhas, o partido Puea Thai conta com 233 das 480 cadeiras da Câmara Baixa do Legislativo.

Se a moção de censura for admitida, o debate sobre a derrubada do governo poderá ocorrer em sessões extraordinárias a partir de 24 de maio, para negociar os orçamentos de 2011.

Ordem e caos

Bancoc e 23 províncias da Tailândia estão sob toque de recolher desde quarta-feira, quando o Exército acabou a ocupação dos camisas vermelhas no coração financeiro da capital.

A intervenção militar deixou 15 mortos e dezenas de feridos. As autoridades conseguiram encerrar os protestos e retomar o controle de Bancoc.

Sakchai Lalit/AP
Soldado tailandês em frente ao maior shopping center do país, o Central World, que foi alvo de incêndio
Soldado tailandês em frente ao maior shopping center do país, o Central World, que foi alvo de incêndio

Vejjajiva afirmou nesta sexta-feira que a ordem foi restaurada após a crise dos camisas vermelhas, mas que o país enfrenta grandes desafios para superar as divisões.

"Restauramos a ordem em Bancoc e nas províncias da Tailândia", declarou Abhisit em um discurso exibido na televisão, dois dias após a invasão militar do bairro do centro da capital que era ocupado pelos manifestantes antigoverno desde o início de abril.

"Continuaremos garantindo o rápido retorno à normalidade, mas reconhecemos que devemos enfrentar grandes desafios, sobretudo o de superar as divisões de nosso país", completou.

Abhisit também anunciou uma investigação independente sobre os acontecimentos dos últimos dois meses, que deixaram ao menos 83 mortos e mais de 1.800 feridos.

Tailândia tem um histórico de crises políticas, dividida entre os camisas vermelhas, formados pela classe rural e as classes urbanas mais pobres, e os camisas amarelas, formados pelas classes aristocrata e monarquista, que derrubaram o governo em 2008, depois de duros protestos.

Com agências internacionais

 

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