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11/08/2004
-
15h51
Folha Online
Após gastar todo o dia preparando o "maior ataque" contra insurgentes leais ao líder radical xiita Moqtada al Sadr, as forças americanas recuaram e adiaram a "grande ofensiva" que haviam anunciado nesta quarta-feira em Najaf [cidade santa aos xiitas e reduto do Al Sadr].
"As preparações para a ofensiva demorarão ainda mais tempo do que o anunciado", disse o major David Holahan, segundo no comando do Batalhão de Marines em Najaf. "Nós nunca dissemos quando faríamos a ofensiva."
Militares disseram que o ataque poderia ocorrer a qualquer momento, mas se recusaram a dizer o motivo que levou ao adiamento do ataque.
"Ataque final"
O adiamento ocorre em um dia de intensa preparação para o ataque, com comboio de tanques e veículos armados deixando a base.
"Forças americanas e iraquianas estão fazendo as preparações finais para acabar com essa briga que o grupo de Moqtada al Sadr [líder radical xiita] começou", havia dito o coronel Anthony Haslam, comandante da 11º Unidade Expedicionária de Marines em Najaf em um comunicado.
O comunicado americano dizia que marines [fuzileiros navais americanos], soldados do Exército e a Guarda Nacional iraquiana estão conduzindo exercícios em conjunto como preparação a grandes ações contra os rebeldes em Najaf.
Apelo
Mais cedo, Al Sadr renovou o apelo a seus seguidores para que continuem a lutar "mesmo que ele tombe como um mártir".
O ultimato americano contra Al Sadr ocorre um dia após forças multinacionais --lideradas pelos EUA-- usarem alto-falantes e pedirem em árabe que civis deixassem a cidade e que os rebeldes se rendessem.
Os EUA afirmam que os combates na cidade deixaram mais de 360 mortos entre os rebeldes desde quinta-feira (5), quando a trégua entre americanos e seguidores de Al Sadr foi rompida. Al Sadr nega o número de mortos. Ambos os lados se acusam pelo fim do cessar-fogo.
Protestos
Com faixas e cartazes e gritando "Fora, Allawi" e "Allawi covarde e agente dos EUA", milhares de iraquianos foram para as ruas hoje protestar contra o premiê Iyad Allawi na cidade de Nassiriah (sul).
Os manifestantes chegaram a incendiar o escritório do partido político do premiê.
A crise em Najaf também foi responsável por aparente racha dentro da administração de Allawi. O vice-presidente iraquiano Ibrahim al Jaafari pediu às tropas americanas para deixar a cidade e pôr fim aos combates.
"Eu chamo as forças multinacionais a deixar Najaf e para que somente forças iraquianas fiquem lá", disse, segundo a TV árabe Al Jazira (Qatar) nesta quarta-feira.
"Forças iraquianas podem administrar Najaf e terminar com esse fenômeno de violência nesta cidade que é santa para todos os muçulmanos", disse ele.
O premiê e o Exército americano não se pronunciaram a respeito da declaração do vice-presidente.
O Ministério da Saúde disse nesta quarta-feira que ao menos 30 iraquianos morreram e 219 ficaram feridos nas últimas 24 horas em cinco cidades, incluindo Bagdá. Os números não englobam, no entanto, a cidade de Najaf.
Combates
A maior parte dos homens de Al Sadr e ele próprio estariam escondidos perto do cemitério xiita nos arredores da mesquita do imã Ali.
Teme-se que a destruição do templo --um dos principais símbolos sagrados para os xiitas-- possa detonar uma reação violenta dos xiitas.
Ao menos seis iraquianos morreram e dez ficaram feridos quando uma bomba explodiu nesta quarta-feira em um mercado ao norte de Bagdá (capital), informaram fontes de um hospital.
Segundo elas, a explosão atingiu o vilarejo de Khan Bani, cerca de 40 km ao norte da capital.
"O local estava lotado, mas não havia nem policiais nem patrulhas americanas", disse o coronel Adnan Hussein, da polícia de Baquba.
Anti-rebeldes
Tropas britânicas apoiaram um ataque aéreo contra combatentes xiitas no sul do Iraque durante a noite de ontem. Segundo os rebeldes, dez insurgentes foram mortos nos combates.
O porta-voz britânico Ian Clooney disse nesta quarta-feira que dois soldados britânicos ficaram feridos durante a operação em Amara.
Segundo o porta-voz do Exército de Mehdi, três civis também foram mortos e 30 combatentes da milícia ficaram feridos.
Com agências internacionais
Especial
Leia mais sobre o Iraque sob tutela
Arquivo: veja o que já foi publicado sobre Moqtada al Sadr
EUA recuam e adiam "grande ofensiva" no sul do Iraque
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Após gastar todo o dia preparando o "maior ataque" contra insurgentes leais ao líder radical xiita Moqtada al Sadr, as forças americanas recuaram e adiaram a "grande ofensiva" que haviam anunciado nesta quarta-feira em Najaf [cidade santa aos xiitas e reduto do Al Sadr].
"As preparações para a ofensiva demorarão ainda mais tempo do que o anunciado", disse o major David Holahan, segundo no comando do Batalhão de Marines em Najaf. "Nós nunca dissemos quando faríamos a ofensiva."
Militares disseram que o ataque poderia ocorrer a qualquer momento, mas se recusaram a dizer o motivo que levou ao adiamento do ataque.
"Ataque final"
O adiamento ocorre em um dia de intensa preparação para o ataque, com comboio de tanques e veículos armados deixando a base.
"Forças americanas e iraquianas estão fazendo as preparações finais para acabar com essa briga que o grupo de Moqtada al Sadr [líder radical xiita] começou", havia dito o coronel Anthony Haslam, comandante da 11º Unidade Expedicionária de Marines em Najaf em um comunicado.
O comunicado americano dizia que marines [fuzileiros navais americanos], soldados do Exército e a Guarda Nacional iraquiana estão conduzindo exercícios em conjunto como preparação a grandes ações contra os rebeldes em Najaf.
Apelo
Mais cedo, Al Sadr renovou o apelo a seus seguidores para que continuem a lutar "mesmo que ele tombe como um mártir".
O ultimato americano contra Al Sadr ocorre um dia após forças multinacionais --lideradas pelos EUA-- usarem alto-falantes e pedirem em árabe que civis deixassem a cidade e que os rebeldes se rendessem.
Os EUA afirmam que os combates na cidade deixaram mais de 360 mortos entre os rebeldes desde quinta-feira (5), quando a trégua entre americanos e seguidores de Al Sadr foi rompida. Al Sadr nega o número de mortos. Ambos os lados se acusam pelo fim do cessar-fogo.
Protestos
Com faixas e cartazes e gritando "Fora, Allawi" e "Allawi covarde e agente dos EUA", milhares de iraquianos foram para as ruas hoje protestar contra o premiê Iyad Allawi na cidade de Nassiriah (sul).
Os manifestantes chegaram a incendiar o escritório do partido político do premiê.
A crise em Najaf também foi responsável por aparente racha dentro da administração de Allawi. O vice-presidente iraquiano Ibrahim al Jaafari pediu às tropas americanas para deixar a cidade e pôr fim aos combates.
"Eu chamo as forças multinacionais a deixar Najaf e para que somente forças iraquianas fiquem lá", disse, segundo a TV árabe Al Jazira (Qatar) nesta quarta-feira.
"Forças iraquianas podem administrar Najaf e terminar com esse fenômeno de violência nesta cidade que é santa para todos os muçulmanos", disse ele.
O premiê e o Exército americano não se pronunciaram a respeito da declaração do vice-presidente.
O Ministério da Saúde disse nesta quarta-feira que ao menos 30 iraquianos morreram e 219 ficaram feridos nas últimas 24 horas em cinco cidades, incluindo Bagdá. Os números não englobam, no entanto, a cidade de Najaf.
Combates
A maior parte dos homens de Al Sadr e ele próprio estariam escondidos perto do cemitério xiita nos arredores da mesquita do imã Ali.
Teme-se que a destruição do templo --um dos principais símbolos sagrados para os xiitas-- possa detonar uma reação violenta dos xiitas.
Ao menos seis iraquianos morreram e dez ficaram feridos quando uma bomba explodiu nesta quarta-feira em um mercado ao norte de Bagdá (capital), informaram fontes de um hospital.
Segundo elas, a explosão atingiu o vilarejo de Khan Bani, cerca de 40 km ao norte da capital.
"O local estava lotado, mas não havia nem policiais nem patrulhas americanas", disse o coronel Adnan Hussein, da polícia de Baquba.
Anti-rebeldes
Tropas britânicas apoiaram um ataque aéreo contra combatentes xiitas no sul do Iraque durante a noite de ontem. Segundo os rebeldes, dez insurgentes foram mortos nos combates.
O porta-voz britânico Ian Clooney disse nesta quarta-feira que dois soldados britânicos ficaram feridos durante a operação em Amara.
Segundo o porta-voz do Exército de Mehdi, três civis também foram mortos e 30 combatentes da milícia ficaram feridos.
Com agências internacionais
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