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03/09/2004
-
12h16
da France Presse, em Paris
Os menores que foram reféns em uma escola de Beslan, na Ossétia do Norte, correm o risco de sofrer "graves problemas psicológicos", segundo Gilbert Vila, pediatra especializado em psicotraumatologia infantil do hospital Necker, em Paris.
O médico, que é autor de vários estudos realizados após seqüestros de menores na França, citou várias seqüelas previsíveis nas crianças mantidas como reféns na escola de Beslan: "ansiedade, distúrbios depressivos, dificuldades escolares, problemas familiares na vida cotidiana durante algum tempo antes da volta à vida normal".
"Temos de dizer que este é um acontecimento de uma gravidade de primeira ordem, implicando diretamente pais e filhos", destacou.
"Segundo estudos científicos disponíveis, podemos considerar que 90%, ou seja, praticamente a totalidade de menores submetidos a um acontecimento traumático dessa índole, terão problemas durante semanas; 50% distúrbios agudos durante seis meses e 15% os sofrerão durante vários anos, inclusive até a idade adulta", acrescentou Vila.
"É o que temos observado nos menores que sobreviveram a tremores de terra na Armênia, por exemplo", afirma, ou com pequenos refugiados cambojanos vítimas de cobranças durante o regime de Pol Pot. "Algumas crianças que tinham entre 8 e 12 anos na época ainda têm distúrbios aos 30 anos, e se pode dizer que para mais da metade deles estes distúrbios têm uma repercussão na vida de todos os dias".
"Em relação aos bebês, estamos mal documentados", explica o especialista. "Carecemos da perspectiva para saber no que se pode tornar um bebê submetido a um grave traumatismo", concluiu.
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Especialista prevê "problemas graves" com os menores reféns
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Os menores que foram reféns em uma escola de Beslan, na Ossétia do Norte, correm o risco de sofrer "graves problemas psicológicos", segundo Gilbert Vila, pediatra especializado em psicotraumatologia infantil do hospital Necker, em Paris.
Repr.TV/AP |
Menino ferido é levado a hospital depois da invasão |
O médico, que é autor de vários estudos realizados após seqüestros de menores na França, citou várias seqüelas previsíveis nas crianças mantidas como reféns na escola de Beslan: "ansiedade, distúrbios depressivos, dificuldades escolares, problemas familiares na vida cotidiana durante algum tempo antes da volta à vida normal".
"Temos de dizer que este é um acontecimento de uma gravidade de primeira ordem, implicando diretamente pais e filhos", destacou.
"Segundo estudos científicos disponíveis, podemos considerar que 90%, ou seja, praticamente a totalidade de menores submetidos a um acontecimento traumático dessa índole, terão problemas durante semanas; 50% distúrbios agudos durante seis meses e 15% os sofrerão durante vários anos, inclusive até a idade adulta", acrescentou Vila.
"É o que temos observado nos menores que sobreviveram a tremores de terra na Armênia, por exemplo", afirma, ou com pequenos refugiados cambojanos vítimas de cobranças durante o regime de Pol Pot. "Algumas crianças que tinham entre 8 e 12 anos na época ainda têm distúrbios aos 30 anos, e se pode dizer que para mais da metade deles estes distúrbios têm uma repercussão na vida de todos os dias".
"Em relação aos bebês, estamos mal documentados", explica o especialista. "Carecemos da perspectiva para saber no que se pode tornar um bebê submetido a um grave traumatismo", concluiu.
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