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06/09/2004
-
13h16
da France Presse, em Moscou
Ruslan Auchev, ex-presidente inguche que serviu de mediador durante a tomada de reféns de Beslan, Ossétia do Norte, afirmou que foram os disparos de civis armados que provocaram o assalto à escola por parte das forças de ordem russas, num momento em que as negociações estavam em curso.
Em entrevista nesta segunda-feira ao jornal "Novaya Gazeta", Auchev também afirmou que um dia inteiro foi perdido enquanto a célula de crise decidia se devia negociar ou não com o comando pró-tchetcheno.
"Quando se ouviu a explosão e as crianças começaram a escapar, ligamos [para o comando] e pedimos que cessassem os disparos. Eles responderam: "Nós paramos de disparar, são vocês é que estão disparando", disse Auchev.
"Ordenamos que os disparos cessassem, mas havia uma terceira força, as 'milícias populares' que decidiram libertar os reféns", afirmou o general.
Confronto
Auchev referia-se a grupos informais de civis armados que atuam na região desde 1992, quando a Ossétia do Norte e a vizinha Inguchétia se enfrentaram numa guerra.
Segundo Auchev, foi nesse momento que os seqüestradores ativaram mais explosivos, achando que havia sido iniciado o assalto.
"Gritaram por telefone: 'É o assalto'. Nós respondemos: 'Não, a Alfa [as tropas de elite] não se mexeu. Então os ouvimos dizendo: 'Estão disparando contra nós, é o assalto, vamos explodir tudo'".
"Tudo fracassou por causa dos disparos de civis estúpidos", disse.
Libertação
Auchev foi o único dos negociadores a entrar na escola, e obteve no dia seguinte à tomada de mais de mil reféns a libertação de 26 mulheres e crianças.
Os seqüestradores pediram para falar com o presidente da Ossétia do Norte, Alexandre Dzassojov, e o presidente inguche, Murat Ziazikov.
Auchev não tinha qualquer explicação para o fato dessas duas personalidades não terem contatado os seqüestradores. "A única coisa que sei é que a célula de crise demorou um dia e meio decidindo o que fazer", disse.
O ex-presidente inguche também disse que os seqüestradores haviam reivindicado a retirada das tropas da Tchetchênia e o controle da situação por parte dos países da CEI [a Comunidade de Estados Independentes, formada por doze ex-repúblicas soviéticas].
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Ruslan Auchev, ex-presidente inguche que serviu de mediador durante a tomada de reféns de Beslan, Ossétia do Norte, afirmou que foram os disparos de civis armados que provocaram o assalto à escola por parte das forças de ordem russas, num momento em que as negociações estavam em curso.
Em entrevista nesta segunda-feira ao jornal "Novaya Gazeta", Auchev também afirmou que um dia inteiro foi perdido enquanto a célula de crise decidia se devia negociar ou não com o comando pró-tchetcheno.
"Quando se ouviu a explosão e as crianças começaram a escapar, ligamos [para o comando] e pedimos que cessassem os disparos. Eles responderam: "Nós paramos de disparar, são vocês é que estão disparando", disse Auchev.
"Ordenamos que os disparos cessassem, mas havia uma terceira força, as 'milícias populares' que decidiram libertar os reféns", afirmou o general.
Confronto
Auchev referia-se a grupos informais de civis armados que atuam na região desde 1992, quando a Ossétia do Norte e a vizinha Inguchétia se enfrentaram numa guerra.
Segundo Auchev, foi nesse momento que os seqüestradores ativaram mais explosivos, achando que havia sido iniciado o assalto.
"Gritaram por telefone: 'É o assalto'. Nós respondemos: 'Não, a Alfa [as tropas de elite] não se mexeu. Então os ouvimos dizendo: 'Estão disparando contra nós, é o assalto, vamos explodir tudo'".
"Tudo fracassou por causa dos disparos de civis estúpidos", disse.
Libertação
Auchev foi o único dos negociadores a entrar na escola, e obteve no dia seguinte à tomada de mais de mil reféns a libertação de 26 mulheres e crianças.
Os seqüestradores pediram para falar com o presidente da Ossétia do Norte, Alexandre Dzassojov, e o presidente inguche, Murat Ziazikov.
Auchev não tinha qualquer explicação para o fato dessas duas personalidades não terem contatado os seqüestradores. "A única coisa que sei é que a célula de crise demorou um dia e meio decidindo o que fazer", disse.
O ex-presidente inguche também disse que os seqüestradores haviam reivindicado a retirada das tropas da Tchetchênia e o controle da situação por parte dos países da CEI [a Comunidade de Estados Independentes, formada por doze ex-repúblicas soviéticas].
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