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09/11/2004 - 05h35

Ofensiva americana e iraquiana se aproxima do centro de Fallujah

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da Folha Online

Tropas americanas e forças de segurança iraquianas tomaram a estação de trem de Fallujah, [50 km a oeste de Bagdá], principal foco de resistência no Iraque, e estão a menos de um quilômetro do centro da cidade. Violentos combates foram travados nas imediações da estação, de acordo com testemunhas.

"Eles [os soldados americanos] estão vindo do norte e chegaram aos distritos de Hay Naib al Dubat e al Nazirap", afirmou uma testemunha.

Os moradores disseram que eram vistas colunas de fumaça por toda a cidade enquanto seguiam ininterruptamente as explosões. Os civis se refugiam em suas casas como podem. Não há ainda informações sobre vítimas.

Os ataques aéreos dos EUA destruíram uma clínica médica no centro de Fallujah, matando os médicos, pacientes e funcionários do local, segundo a agência Reuters.

Um helicóptero americano foi derrubado por um foguete durante a ofensiva. "Eu vi um foguete colidir em um helicóptero. Ele virou um bola de fogo e caiu ao solo", disse a repórter Fadel al Badrani, da agência Reuters.

Kirkuk

Ao menos dois iraquianos morreram e vários ficaram feridos vítimas de um carro-bomba que explodiu em frente à Guarda Nacional em Kirkuk, norte do Iraque, informou um membro da Guarda Nacional.

Início da ofensiva

Tropas de coalizão, lideradas pelos Estados Unidos, iniciaram nesta segunda-feira, às 18h30 (13h30 de Brasília) a megaofensiva contra a cidade de Fallujah [50 km a oeste de Bagdá], principal foco de resistência no Iraque.

Esta é a primeira grande operação militar americana após a reeleição do republicano George W. Bush, na semana passada.

A ação foi autorizada pelo primeiro-ministro interino iraquiano, Iyad Allawi, que, mais cedo, disse a jornalistas estar determinado "a limpar Fallujah dos terroristas".

O maior comandante americano no Iraque, general George Casey, fez uma previsão de que "os maiores confrontos" ocorrerão nas ruas da cidade nos próximos dias, à medida que as forças de coalizão, de cerca de 15 mil soldados, pressionem os rebeldes para a retomada do controle na cidade sunita.

Casey estimou em cerca de 3.000 o número de insurgentes na cidade e disse que eles devem se concentrar no centro da cidade para os confrontos contra tropas americanas e iraquianas.

Dois marines foram mortos perto de Fallujah, segundo o Exército dos EUA, que calcula que 42 insurgentes morreram nos bombardeios e combates antes do início da ofensiva.

Inimigo nº1

De acordo com Casey, cerca de 50% a 70% da população da cidade de aproximadamente 200 mil habitantes já haviam deixado a cidade.

No entanto, o general afirmou que "alguns insurgentes conseguiram deixar a cidade antes do início da operação e que outros entraram". Não ficou claro se entre eles estava o jordaniano Abu Musab al Zarqawi, o principal inimigo dos EUA no Iraque.

"O povo iraquiano está lutando para jogar fora o manto do terror e da intimidação para que possam eleger seu próprio governo e construir uma vida melhor para todos os iraquianos", disse ele. "A eliminação de Fallujah como um abrigo de terroristas está indo na direção desses objetivos", afirmou também ele.

Ataque maciço

Mais de 4.000 marines [fuzileiros navais] e soldados do Exército dos EUA entraram pela região nordeste de Fallujah, dando início a um ataque maciço para retomar a região, conhecida como o principal bastião rebelde anti-EUA e onde o comando americano acredita estar Al Zarqawi.

Os EUA oferecem US$ 25 milhões por informações que levem à captura ou à morte do jordaniano.

Fallujah está privada de água e eletricidade desde ontem e começa a sentir os efeitos do cerco do Exército americano. Segundo médicos de hospitais locais, a situação é difícil, com escassez de equipamentos médicos e cirúrgicos.

Na madrugada de segunda-feira, 12 moradores de Fallujah morreram em bombardeios contra o centro da cidade. Segundo Hazra Mohammadiya, autoridade local, dez pessoas morreram quando uma aeronave americana bombardeou uma casa localizada próxima à mesquita Faruk, no centro da cidade.

Com agências internacionais

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