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09/11/2004
-
14h04
da Folha Online
Um porta-voz do hospital militar Percy, em Clamart [sudoeste de Paris], disse nesta terça-feira que o estado de saúde do líder palestino Iasser Arafat, 75, piorou muito e que ele se encontra em estado de coma profundo e em uma "situação difícil".
Nesta manhã, em mais um dia de especulações e boatos sobre o real estado do presidente da Autoridade Nacional Palestina (ANP) --que até agora não teve um diagnóstico de sua doença determinado--, agências de notícias chegaram a informar sua morte, desmentida momentos depois por oficiais do hospital francês.
"Às 15h30 (12h30 de Brasília), Iasser Arafat permanecia vivo, mas em estado crítico", disse Christian Estripeau, porta-voz do hospital.
Arafat foi levado para a França no último dia 29, depois de passar mal e desmaiar em um jantar na Cisjordânia, dois dias antes.
Cúpula
Nesta terça-feira, quatro membros do governo palestino --o secretário-geral da Organização para a Libertação da Palestina (OLP), Mahmoud Abbas [mais conhecido por Abu Mazen], o primeiro-ministro palestino, Ahmed Korei, o ministro das Relações Exteriores, Nabil Shaath, e o presidente do Conselho Legislativo Palestino (Parlamento), Rauhi Fatuh-- estiveram com Arafat durante quase duas horas.
Após a visita, Shaath, em entrevista à rede de TV CNN, confirmou que a situação do líder palestino era grave, mas que ele estava vivo e seus órgãos vitais ainda funcionavam. "Só Deus sabe se [Arafat] vai sobreviver", disse.
Antes de visitarem Arafat, as autoridades palestinas estiveram com o ministro francês das Relações Exteriores, Michel Barnier. Nesta terça-feira, a França demostrou apoio à cúpula palestina em sua investida de visitar Arafat em seu leito no hospital. Até então, o governo francês tinha pedido ao grupo que respeitasse o desejo de Suha, mulher de Arafat, que tentara impedir contato de lideranças palestinas com seu marido.
Suha chegou a afirmar que a visita da cúpula palestina era um ato de "conspiração" e que eles [os membros do governo palestino] queriam "enterrar Arafat para assumir mais rapidamente o controle da ANP".
Nesta tarde, o grupo de políticos palestinos será recebido ainda pelo presidente francês, Jacques Chirac. Mais tarde, eles devem participar de uma entrevista coletiva.
Enterro
O possível enterro de Arafat também causa polêmica. O primeiro-ministro israelense, Ariel Sharon, já disse que enquanto ele estiver no poder de Israel, o líder palestino não poderá ser enterrado em Jerusalém --como deseja Arafat.
Nesta terça-feira, o secretário da presidência da ANP, Tayeb Abdelrahim, disse que Arafat será enterrado na Mukata [sede do governo palestino], em Ramallah, na Cisjordânia, onde o presidente da ANP ficou confinado por quase três anos, vigiado pelo Exército de Israel.
Com agências internacionais
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Em coma profundo, Arafat recebe visita de lideranças palestinas
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Um porta-voz do hospital militar Percy, em Clamart [sudoeste de Paris], disse nesta terça-feira que o estado de saúde do líder palestino Iasser Arafat, 75, piorou muito e que ele se encontra em estado de coma profundo e em uma "situação difícil".
Nesta manhã, em mais um dia de especulações e boatos sobre o real estado do presidente da Autoridade Nacional Palestina (ANP) --que até agora não teve um diagnóstico de sua doença determinado--, agências de notícias chegaram a informar sua morte, desmentida momentos depois por oficiais do hospital francês.
"Às 15h30 (12h30 de Brasília), Iasser Arafat permanecia vivo, mas em estado crítico", disse Christian Estripeau, porta-voz do hospital.
Arafat foi levado para a França no último dia 29, depois de passar mal e desmaiar em um jantar na Cisjordânia, dois dias antes.
Cúpula
Nesta terça-feira, quatro membros do governo palestino --o secretário-geral da Organização para a Libertação da Palestina (OLP), Mahmoud Abbas [mais conhecido por Abu Mazen], o primeiro-ministro palestino, Ahmed Korei, o ministro das Relações Exteriores, Nabil Shaath, e o presidente do Conselho Legislativo Palestino (Parlamento), Rauhi Fatuh-- estiveram com Arafat durante quase duas horas.
Após a visita, Shaath, em entrevista à rede de TV CNN, confirmou que a situação do líder palestino era grave, mas que ele estava vivo e seus órgãos vitais ainda funcionavam. "Só Deus sabe se [Arafat] vai sobreviver", disse.
Antes de visitarem Arafat, as autoridades palestinas estiveram com o ministro francês das Relações Exteriores, Michel Barnier. Nesta terça-feira, a França demostrou apoio à cúpula palestina em sua investida de visitar Arafat em seu leito no hospital. Até então, o governo francês tinha pedido ao grupo que respeitasse o desejo de Suha, mulher de Arafat, que tentara impedir contato de lideranças palestinas com seu marido.
Suha chegou a afirmar que a visita da cúpula palestina era um ato de "conspiração" e que eles [os membros do governo palestino] queriam "enterrar Arafat para assumir mais rapidamente o controle da ANP".
Nesta tarde, o grupo de políticos palestinos será recebido ainda pelo presidente francês, Jacques Chirac. Mais tarde, eles devem participar de uma entrevista coletiva.
Enterro
O possível enterro de Arafat também causa polêmica. O primeiro-ministro israelense, Ariel Sharon, já disse que enquanto ele estiver no poder de Israel, o líder palestino não poderá ser enterrado em Jerusalém --como deseja Arafat.
Nesta terça-feira, o secretário da presidência da ANP, Tayeb Abdelrahim, disse que Arafat será enterrado na Mukata [sede do governo palestino], em Ramallah, na Cisjordânia, onde o presidente da ANP ficou confinado por quase três anos, vigiado pelo Exército de Israel.
Com agências internacionais
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