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09/11/2004
-
15h57
da Folha Online
O líder palestino Iasser Arafat, 75, internado na França desde o último dia 29, sofreu uma hemorragia cerebral e é mantido vivo por meio de aparelhos.
Apesar da gravidade de seu estado de saúde, o ministro palestino das Relações Exteriores, Nabil Shaath, descartou nesta terça-feira possibilidade de realizar-se uma "eutanásia" [o procedimento não é legalizado na França] e disse que "só Deus sabe até quando [Arafat] sobreviverá".
Após encontro com o presidente francês, Jacques Chirac, e depois de ter visitado Arafat no hospital militar Percy, em Clamart, sudoeste de Paris, Shaath disse que o presidente da Autoridade Nacional Palestina (ANP) não tem câncer nem teve seu sangue envenenado.
Nenhum diagnóstico a respeito da doença de Arafat foi determinado.
"Nós não temos um entendimento completo sobre a razão do estado dele ter se deteriorado, o que significa que nós não temos um diagnóstico completo".
Shaath disse que o longo período em que Arafat esteve confinado na Mukata [seu quartel-general em Ramallah, na Cisjordânia] contribuiu para a deterioração da saúde dele.
"Dias difíceis"
Ontem, Shaath, o secretário-geral da OLP (Organização para a Libertação da Palestina), Mahmoud Abbas [mais conhecido por Abu Mazen], o primeiro-ministro palestino, Ahmed Korei, o presidente do Conselho Legislativo Palestino (Parlamento), Rauhi Fatuh chegaram à França depois de quase terem adiado a visita.
Suha, mulher da Arafat, chegou a afirmar que a visita da cúpula palestina era um ato de "conspiração" e que eles [os membros do governo palestino] queriam "enterrar Arafat para assumir mais rapidamente o controle da ANP".
Shaath disse, na entrevista, que Suha "tem passado por dias difíceis".
Mais cedo, um porta-voz do hospital disse que o estado de saúde de Arafat piorou muito e que ele se encontra em estado de coma profundo e em uma "situação difícil".
Enterro
O possível enterro de Arafat também causa polêmica. O primeiro-ministro israelense, Ariel Sharon, já disse que enquanto ele estiver no poder de Israel, o líder palestino não poderá ser enterrado em Jerusalém --como deseja Arafat.
Nesta terça-feira, o secretário da presidência da ANP, Tayeb Abdelrahim, disse que Arafat será enterrado na Mukata, onde o presidente da ANP ficou confinado por quase três anos, vigiado pelo Exército de Israel.
Com agências internacionais
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Hemorragia cerebral faz vida Arafat depender de aparelhos
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O líder palestino Iasser Arafat, 75, internado na França desde o último dia 29, sofreu uma hemorragia cerebral e é mantido vivo por meio de aparelhos.
Apesar da gravidade de seu estado de saúde, o ministro palestino das Relações Exteriores, Nabil Shaath, descartou nesta terça-feira possibilidade de realizar-se uma "eutanásia" [o procedimento não é legalizado na França] e disse que "só Deus sabe até quando [Arafat] sobreviverá".
Após encontro com o presidente francês, Jacques Chirac, e depois de ter visitado Arafat no hospital militar Percy, em Clamart, sudoeste de Paris, Shaath disse que o presidente da Autoridade Nacional Palestina (ANP) não tem câncer nem teve seu sangue envenenado.
Nenhum diagnóstico a respeito da doença de Arafat foi determinado.
"Nós não temos um entendimento completo sobre a razão do estado dele ter se deteriorado, o que significa que nós não temos um diagnóstico completo".
Shaath disse que o longo período em que Arafat esteve confinado na Mukata [seu quartel-general em Ramallah, na Cisjordânia] contribuiu para a deterioração da saúde dele.
"Dias difíceis"
Ontem, Shaath, o secretário-geral da OLP (Organização para a Libertação da Palestina), Mahmoud Abbas [mais conhecido por Abu Mazen], o primeiro-ministro palestino, Ahmed Korei, o presidente do Conselho Legislativo Palestino (Parlamento), Rauhi Fatuh chegaram à França depois de quase terem adiado a visita.
Suha, mulher da Arafat, chegou a afirmar que a visita da cúpula palestina era um ato de "conspiração" e que eles [os membros do governo palestino] queriam "enterrar Arafat para assumir mais rapidamente o controle da ANP".
Shaath disse, na entrevista, que Suha "tem passado por dias difíceis".
Mais cedo, um porta-voz do hospital disse que o estado de saúde de Arafat piorou muito e que ele se encontra em estado de coma profundo e em uma "situação difícil".
Enterro
O possível enterro de Arafat também causa polêmica. O primeiro-ministro israelense, Ariel Sharon, já disse que enquanto ele estiver no poder de Israel, o líder palestino não poderá ser enterrado em Jerusalém --como deseja Arafat.
Nesta terça-feira, o secretário da presidência da ANP, Tayeb Abdelrahim, disse que Arafat será enterrado na Mukata, onde o presidente da ANP ficou confinado por quase três anos, vigiado pelo Exército de Israel.
Com agências internacionais
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