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10/11/2004
-
15h21
da Folha Online
O estado de saúde do presidente da Autoridade Nacional Palestina (ANP), Iasser Arafat, 75, se agravou ainda mais nesta quarta-feira. O ministro palestino das Relações Exteriores, Nabil Shaath, afirmou que o fígado e os rins de Arafat pararam de funcionar, mas o sistema cardiorrespiratório ainda mantém atividade.
Shaath afirmou que é muito difícil fazer "qualquer previsão" sobre a saúde do líder palestino neste momento.
Hoje, também, a representante da ANP na França, Leila Shahid, disse à imprensa que o líder palestino continua vivo, mas reafirmou que seu estado é "muito crítico."
Enterro
O governo palestino decidiu enterrar Arafat em seu quartel-general [a Mukata], em Ramallah, na Cisjordânia. Na verdade, de acordo com lideranças palestinas, a Mukata seria uma "sepultura provisória" --até que os restos mortais do líder palestino possam ser removidos para a Esplanada das Mesquitas, em Jerusalém [como deseja Arafat].
Escavadeiras e caminhões trabalham na retirada dos escombros da Mukata por conta do possível enterro.
O líder palestino ficou confinado por quase três anos na Mukata, sem poder sair do local inclusive durante comemorações religiosas. O prédio, vigiado por soldados israelenses 24 horas por dia, está bastante danificado, em grande parte por bombardeios de Israel.
Há 13 dias, Arafat foi retirado da Mukata por helicópteros e levado à Jordânia, de onde embarcou a Paris em um avião da Força Aérea da França. Desde então, o líder palestino encontra-se internado em um hospital militar, o Percy, em Clamart [a sudoeste da capital francesa]. Atualmente seu estado de saúde é bastante grave.
Apesar de os laudos médicos descartarem câncer ou envenenamento [do sangue], o líder palestino sofreu uma hemorragia cerebral que agravou muito seu quadro. Até o momento, nenhum diagnóstico aponta a doença de Arafat.
Sucessão
Apesar do líder palestino ainda permanecer vivo, está em coma profundo e suas funções vitais são mantidas por aparelhos. Seus colaboradores abandonaram o otimismo público que têm demonstrado até agora, e começaram a apressar os preparativos para sua morte.
Na reunião feita nesta quarta-feira pela manhã, líderes palestinos concordaram, pelo menos temporariamente, em seguir a legislação e promover o presidente do Conselho Legislativo palestino, Rawhi Fatuh, em presidente da ANP depois da morte de Arafat.
Muitos palestinos não vêem com bons olhos a permanência de Fatouh no comando da ANP, mesmo que seja só por 60 dias, como determina a legislação.
Israel
Oficiais palestinos também decidiram os detalhes do funeral de Arafat, que vai acontecer no Cairo, Egito, um lugar mais seguro para líderes árabes que participarão da cerimônia.
O governo israelense afirmou nesta quarta-feira que não vai interferir na organização do funeral. Árabes israelenses e palestinos da Cisjordânia poderão comparecer à cerimônia. Entretanto, apenas a saída de mil palestinos que vivem na faixa de Gaza será permitida por Israel.
"Não queremos provocar palestinos ou árabes, nem o resto do mundo", afirmou o ministro do Interior israelense, Avraham Poraz. "Então, quando o homem [Arafat] morrer, temos que permitir que eles [palestinos e árabes] chorem por sua morte. Ao seus olhos, ele é um herói."
Com agências internacionais
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Saúde de Arafat piora; fígado e rins param de funcionar
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O estado de saúde do presidente da Autoridade Nacional Palestina (ANP), Iasser Arafat, 75, se agravou ainda mais nesta quarta-feira. O ministro palestino das Relações Exteriores, Nabil Shaath, afirmou que o fígado e os rins de Arafat pararam de funcionar, mas o sistema cardiorrespiratório ainda mantém atividade.
Shaath afirmou que é muito difícil fazer "qualquer previsão" sobre a saúde do líder palestino neste momento.
Hoje, também, a representante da ANP na França, Leila Shahid, disse à imprensa que o líder palestino continua vivo, mas reafirmou que seu estado é "muito crítico."
Enterro
O governo palestino decidiu enterrar Arafat em seu quartel-general [a Mukata], em Ramallah, na Cisjordânia. Na verdade, de acordo com lideranças palestinas, a Mukata seria uma "sepultura provisória" --até que os restos mortais do líder palestino possam ser removidos para a Esplanada das Mesquitas, em Jerusalém [como deseja Arafat].
Escavadeiras e caminhões trabalham na retirada dos escombros da Mukata por conta do possível enterro.
O líder palestino ficou confinado por quase três anos na Mukata, sem poder sair do local inclusive durante comemorações religiosas. O prédio, vigiado por soldados israelenses 24 horas por dia, está bastante danificado, em grande parte por bombardeios de Israel.
Há 13 dias, Arafat foi retirado da Mukata por helicópteros e levado à Jordânia, de onde embarcou a Paris em um avião da Força Aérea da França. Desde então, o líder palestino encontra-se internado em um hospital militar, o Percy, em Clamart [a sudoeste da capital francesa]. Atualmente seu estado de saúde é bastante grave.
Apesar de os laudos médicos descartarem câncer ou envenenamento [do sangue], o líder palestino sofreu uma hemorragia cerebral que agravou muito seu quadro. Até o momento, nenhum diagnóstico aponta a doença de Arafat.
Sucessão
Apesar do líder palestino ainda permanecer vivo, está em coma profundo e suas funções vitais são mantidas por aparelhos. Seus colaboradores abandonaram o otimismo público que têm demonstrado até agora, e começaram a apressar os preparativos para sua morte.
Na reunião feita nesta quarta-feira pela manhã, líderes palestinos concordaram, pelo menos temporariamente, em seguir a legislação e promover o presidente do Conselho Legislativo palestino, Rawhi Fatuh, em presidente da ANP depois da morte de Arafat.
Muitos palestinos não vêem com bons olhos a permanência de Fatouh no comando da ANP, mesmo que seja só por 60 dias, como determina a legislação.
Israel
Oficiais palestinos também decidiram os detalhes do funeral de Arafat, que vai acontecer no Cairo, Egito, um lugar mais seguro para líderes árabes que participarão da cerimônia.
O governo israelense afirmou nesta quarta-feira que não vai interferir na organização do funeral. Árabes israelenses e palestinos da Cisjordânia poderão comparecer à cerimônia. Entretanto, apenas a saída de mil palestinos que vivem na faixa de Gaza será permitida por Israel.
"Não queremos provocar palestinos ou árabes, nem o resto do mundo", afirmou o ministro do Interior israelense, Avraham Poraz. "Então, quando o homem [Arafat] morrer, temos que permitir que eles [palestinos e árabes] chorem por sua morte. Ao seus olhos, ele é um herói."
Com agências internacionais
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