Publicidade
Publicidade
16/11/2004
-
16h05
da Folha Online
O presidente dos Estados Unidos, George W. Bush, designou oficialmente a conselheira de Segurança Nacional da Casa Branca, Condoleezza Rice, 50, para substituir o secretário de Estado Colin Powell, que apresentou oficialmente sua renúncia ontem.
O anúncio foi feito às 12h30 (15h30 de Brasília). Apesar da escolha de Bush, Rice terá de passar por uma sabatina no Senado [ainda sem data determinada]. Ela só toma posse depois de sabatinada e confirmada.
"A Secretaria de Estado é a cara dos Estados Unidos para o mundo e, com a dra. Rice, o mundo vai ver a força, a graça e a decência do nosso país", disse Bush a respeito à sua nova secretária.
Rice é a primeira mulher negra escolhida para o cargo diplomático máximo do país, segundo a CNN.
Bush também nomeou vice de Rice, Stephen Hadley, para o cargo de conselheiro de Segurança Nacional.
Powell havia mandado uma carta de demissão ao presidente Bush na sexta-feira (12). "Eu acredito que, agora que a eleição acabou, chegou o momento em que posso me afastar [do cargo], e retornar à vida privada", disse, no documento. Sua renúncia só foi anunciada oficialmente ontem.
Além do secretário, também deixaram o governo Bush a secretária de Agricultura, Ann Veneman, o secretário de Educação, Rod Paige, e o secretário de Energia, Spencer Abraham.
"Linha-dura"
Rice foi a primeira mulher a dirigir o conselho de Segurança Nacional dos Estados Unidos, do qual havia sido membro sob a presidência de Bush pai.
É considerada uma das faces "linha dura" do governo Bush. Destacou-se no comando da crise instalada após os atentados de 11 de setembro de 2001.
Neste ano, foi eleita a mulher mais poderosa do mundo, segundo o ranking da revista Forbes.
Antes de ir para o governo americano, Rice trabalhou na petrolífera Chevron e foi reitora da Universidade de Stanford, instituição com orçamento anual de US$ 1,5 bilhão, com 1.400 professores e funcionários e 14 mil estudantes.
Rice ministrava aulas de ciência política em Stanford desde 1981.
Tarefas
A sucessora de Powell vai encontrar uma lista bem longa de problemas guardados na gaveta. Para começar, é preciso pacificar o Iraque antes das eleições presidenciais, previstas para janeiro de 2005.
No Oriente Médio, a morte do líder palestino Iasser Arafat é vista como uma possível saída para o avanço dos acordos de paz entre Israel e os palestinos.
O presidente também confirmou um significativo suporte para Israel e sua segurança, mas evitou fornecer detalhes sobre como pretende avançar ou promover acordos entre Israel e seus vizinhos árabes.
Na Coréia do Norte, Bush está utilizando de diplomacia para tentar suspender o programa de armas nucleares, e está pronto para oferecer garantias de que não vai usar a força.
Na Europa, Bush expandiu a aliança da Otan (Organização do Tratado do Atlântico Norte) e viu o caminho para aplainar as diferenças com Alemanha e França sobre a guerra com o Iraque. Ele planeja retirar 70 mil soldados da Europa e da Coréia do Sul enquanto reconfigura a presença militar dos EUA na Alemanha.
Com agências internacionais
Leia mais
Saiba mais sobre o secretário de Estado americano
Lista de problemas aguarda sucessor de secretário de Estado
Especial
Leia o que já foi publicado sobre Condoleezza Rice
Leia o que já foi publicado sobre Colin Powell
Sites relacionados
Lillian Witte Fibe conversa Igor Gielow, da Folha, em Ramallah (só assinantes do UOL)
Bush confirma escolha e nomeia Condoleezza Rice para substituir Powell
Publicidade
O presidente dos Estados Unidos, George W. Bush, designou oficialmente a conselheira de Segurança Nacional da Casa Branca, Condoleezza Rice, 50, para substituir o secretário de Estado Colin Powell, que apresentou oficialmente sua renúncia ontem.
O anúncio foi feito às 12h30 (15h30 de Brasília). Apesar da escolha de Bush, Rice terá de passar por uma sabatina no Senado [ainda sem data determinada]. Ela só toma posse depois de sabatinada e confirmada.
Luis Alvarez/AP |
Condoleezza Rice |
Rice é a primeira mulher negra escolhida para o cargo diplomático máximo do país, segundo a CNN.
Bush também nomeou vice de Rice, Stephen Hadley, para o cargo de conselheiro de Segurança Nacional.
Powell havia mandado uma carta de demissão ao presidente Bush na sexta-feira (12). "Eu acredito que, agora que a eleição acabou, chegou o momento em que posso me afastar [do cargo], e retornar à vida privada", disse, no documento. Sua renúncia só foi anunciada oficialmente ontem.
Além do secretário, também deixaram o governo Bush a secretária de Agricultura, Ann Veneman, o secretário de Educação, Rod Paige, e o secretário de Energia, Spencer Abraham.
"Linha-dura"
Rice foi a primeira mulher a dirigir o conselho de Segurança Nacional dos Estados Unidos, do qual havia sido membro sob a presidência de Bush pai.
É considerada uma das faces "linha dura" do governo Bush. Destacou-se no comando da crise instalada após os atentados de 11 de setembro de 2001.
Neste ano, foi eleita a mulher mais poderosa do mundo, segundo o ranking da revista Forbes.
Antes de ir para o governo americano, Rice trabalhou na petrolífera Chevron e foi reitora da Universidade de Stanford, instituição com orçamento anual de US$ 1,5 bilhão, com 1.400 professores e funcionários e 14 mil estudantes.
Rice ministrava aulas de ciência política em Stanford desde 1981.
Tarefas
A sucessora de Powell vai encontrar uma lista bem longa de problemas guardados na gaveta. Para começar, é preciso pacificar o Iraque antes das eleições presidenciais, previstas para janeiro de 2005.
No Oriente Médio, a morte do líder palestino Iasser Arafat é vista como uma possível saída para o avanço dos acordos de paz entre Israel e os palestinos.
O presidente também confirmou um significativo suporte para Israel e sua segurança, mas evitou fornecer detalhes sobre como pretende avançar ou promover acordos entre Israel e seus vizinhos árabes.
Na Coréia do Norte, Bush está utilizando de diplomacia para tentar suspender o programa de armas nucleares, e está pronto para oferecer garantias de que não vai usar a força.
Na Europa, Bush expandiu a aliança da Otan (Organização do Tratado do Atlântico Norte) e viu o caminho para aplainar as diferenças com Alemanha e França sobre a guerra com o Iraque. Ele planeja retirar 70 mil soldados da Europa e da Coréia do Sul enquanto reconfigura a presença militar dos EUA na Alemanha.
Com agências internacionais
Leia mais
Especial
Sites relacionados
Publicidade
As Últimas que Você não Leu
Publicidade
+ LidasÍndice
- Alvo de piadas, Barron Trump se adapta à vida de filho do presidente
- Facções terroristas recrutam jovens em campos de refugiados
- Trabalhadores impulsionam oposição do setor de tecnologia a Donald Trump
- Atentado contra Suprema Corte do Afeganistão mata 19 e fere 41
- Regime sírio enforcou até 13 mil oponentes em prisão, diz ONG
+ Comentadas
- Parlamento de Israel regulariza assentamentos ilegais na Cisjordânia
- Após difamação por foto com Merkel, refugiado sírio processa Facebook
+ EnviadasÍndice