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01/01/2005
-
17h45
da France Presse, nos Estados Unidos
Para o presidente dos Estados Unidos, George W. Bush, o maremoto que devastou o sudeste asiático colocou em primeiro plano o tema da ajuda humanitária e do desenvolvimento dos Estados Unidos, que continua sendo um dos mais vulneráveis entre os países ricos.
As críticas de um funcionário das Nações Unidas, que acusou alguns países de "mesquinharia", atingiram diretamente o governo republicano, que afirma fazer da assistência ao desenvolvimento econômico dos países pobres uma ferramenta essencial na luta contra o terrorismo.
A afirmação foi rechaçada com veemência por Bush. "Penso que a pessoa que deu essa declaração está errada e muito mal informada", disse Bush, referindo-se a Jan Egeland, coordenador da ajuda humanitária da ONU.
A opinião de Egeland, no entanto, é compartilhada por outros especialistas. "É certo que os Estados Unidos doam muito dinheiro em cifras absolutas, mas isso não reflete nada além do nosso poder econômico", afirmou David Roodman, especialista do Centro para o Desenvolvimento Mundial, em Washington. "Em termos de ajuda pessoal doada, os Estados Unidos são um dos países menos generosos", acrescentou.
Depois que Alemanha e França se mostraram a favor da anulação da dívida dos países atingidos, Bush anunciou na sexta-feira que Washington irá doar US$ 350 milhões às vítimas da catástrofe, multiplicando por 10 a ajuda inicialmente prometida, que era de US$ 35 milhões.
Bush esperou três dias, após a catástrofe, para deixar sua fazenda em Crawford (Texas) e anunciar a criação de uma "coalizão" internacional de socorro, integrada por Estados Unidos, Austrália, Japão, Índia e Canadá. O presidente anunciou também que o secretário de Estado, Colin Powell, viajará neste domingo para a região da catástrofe.
Os Estados Unidos destinam 0,14% de seu Produto Interno Bruto (PIB) à ajuda humanitária e ao desenvolvimento, de acordo com estatísticas da OCDE para 2003, quantia bem inferior a países como Noruega e Dinamarca, que dedicam 0,92% e 0,84% do PIB, respectivamente.
Até a França, criticada pelo diretor da agência americana para o desenvolvimento (USAID), Andrew Natsios, aportou 0,4% de seu PIB para ajuda humanitária e o desenvolvimento em 2003, quase três vezes mais que os Estados Unidos.
O Centro para o Desenvolvimento Mundial calculou um índice, levando em conta todas as formas de ajuda pública e privada, no qual os Estados Unidos estão em sétimo lugar.
Ao lançar a "guerra contra o terrorismo", depois dos atentados cometidos em 2001 nos Estados Unidos, Bush afirmou estar disposto a usar a ajuda ao desenvolvimento como ferramenta e decidiu aumentá-la em 50% até 2006, atingindo US$ 15 bilhões.
Com esse propósito, criou em 2002 a "conta de desafios do milênio", para ajudar os países com boa gestão política e econômica, e aumentou a parte das doações em relação aos empréstimos.
Mas Abdulaye Wade, presidente do Senegal, um dos 16 países que estariam de acordo com as condições estabelecidas, disse que há "muita demora, muita burocracia". "Nós ainda não vimos um dólar", afirmou.
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Para o presidente dos Estados Unidos, George W. Bush, o maremoto que devastou o sudeste asiático colocou em primeiro plano o tema da ajuda humanitária e do desenvolvimento dos Estados Unidos, que continua sendo um dos mais vulneráveis entre os países ricos.
As críticas de um funcionário das Nações Unidas, que acusou alguns países de "mesquinharia", atingiram diretamente o governo republicano, que afirma fazer da assistência ao desenvolvimento econômico dos países pobres uma ferramenta essencial na luta contra o terrorismo.
A afirmação foi rechaçada com veemência por Bush. "Penso que a pessoa que deu essa declaração está errada e muito mal informada", disse Bush, referindo-se a Jan Egeland, coordenador da ajuda humanitária da ONU.
A opinião de Egeland, no entanto, é compartilhada por outros especialistas. "É certo que os Estados Unidos doam muito dinheiro em cifras absolutas, mas isso não reflete nada além do nosso poder econômico", afirmou David Roodman, especialista do Centro para o Desenvolvimento Mundial, em Washington. "Em termos de ajuda pessoal doada, os Estados Unidos são um dos países menos generosos", acrescentou.
Depois que Alemanha e França se mostraram a favor da anulação da dívida dos países atingidos, Bush anunciou na sexta-feira que Washington irá doar US$ 350 milhões às vítimas da catástrofe, multiplicando por 10 a ajuda inicialmente prometida, que era de US$ 35 milhões.
Bush esperou três dias, após a catástrofe, para deixar sua fazenda em Crawford (Texas) e anunciar a criação de uma "coalizão" internacional de socorro, integrada por Estados Unidos, Austrália, Japão, Índia e Canadá. O presidente anunciou também que o secretário de Estado, Colin Powell, viajará neste domingo para a região da catástrofe.
Os Estados Unidos destinam 0,14% de seu Produto Interno Bruto (PIB) à ajuda humanitária e ao desenvolvimento, de acordo com estatísticas da OCDE para 2003, quantia bem inferior a países como Noruega e Dinamarca, que dedicam 0,92% e 0,84% do PIB, respectivamente.
Até a França, criticada pelo diretor da agência americana para o desenvolvimento (USAID), Andrew Natsios, aportou 0,4% de seu PIB para ajuda humanitária e o desenvolvimento em 2003, quase três vezes mais que os Estados Unidos.
O Centro para o Desenvolvimento Mundial calculou um índice, levando em conta todas as formas de ajuda pública e privada, no qual os Estados Unidos estão em sétimo lugar.
Ao lançar a "guerra contra o terrorismo", depois dos atentados cometidos em 2001 nos Estados Unidos, Bush afirmou estar disposto a usar a ajuda ao desenvolvimento como ferramenta e decidiu aumentá-la em 50% até 2006, atingindo US$ 15 bilhões.
Com esse propósito, criou em 2002 a "conta de desafios do milênio", para ajudar os países com boa gestão política e econômica, e aumentou a parte das doações em relação aos empréstimos.
Mas Abdulaye Wade, presidente do Senegal, um dos 16 países que estariam de acordo com as condições estabelecidas, disse que há "muita demora, muita burocracia". "Nós ainda não vimos um dólar", afirmou.
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