Publicidade
Publicidade
03/01/2005
-
12h11
da France Presse, em Phuket
A identificação dos milhares de turistas estrangeiros mortos no maremoto na Tailândia é o maior desafio enfrentado pelos legistas, bem pior que o trabalho encontrado pelos profissionais que trabalharam com as vítimas dos atentados de 11 de setembro de 2001, segundo especialistas.
O reconhecimento dos corpos inchados e deformados através de exames genéticos vai durar vários meses, avaliou o especialista australiano Phil Burfurd, diretor de comunicação da Kenyon Worldwide Disaster Management, empresa enviada pela Austrália para ajudar na identificação das vítimas.
Cerca de 100 mil turistas, a maioria ocidentais, estavam nas praias do sul da Tailândia quando o maremoto de 26 de dezembro arrasou a região.
Mais de 5.000 pessoas foram declaradas oficialmente mortas e o primeiro-ministro tailandês, Thaksin Shinawatra, trabalha com a hipótese de um balanço final entre 7.000 e 8.000 mortos, sendo a metade estrangeiros.
Os especialistas afirmam que a amplitude da tarefa de reconhecimento dos corpos é muito maior do que a defrontada em todas as recentes catástrofes, superando o duplo atentado que deixou 202 mortos em 2002 na ilha indonésia de Bali, a maioria turistas estrangeiros, e inclusive os ataques suicidas de 11 de setembro de 2001, que mataram cerca de 3.000 pessoas nos Estados Unidos.
DNA
O trabalho iniciado na Tailândia consiste na coleta de informação genética, em particular de DNA, e sua comparação com a de parentes dos desaparecidos.
São retirados os dentes dos cadáveres, que são comparados com os arquivos odontológicos fornecidos pelos familiares, além de uma pequena mostra do fêmur para o exame de DNA.
Caso o processo de decomposição esteja muito avançado, são registradas as impressões digitais do cadáver, que recebe em seguida um chip eletrônico para facilitar a localização.
As autoridades tailandesas instalaram centros onde os parentes dos desaparecidos podem dar um pouco de sangue, cabelos ou saliva para obter a identificação genética.
Aeroporto
Um centro, aberto dia e noite, foi instalado no aeroporto internacional de Bancoc para a coleta de DNA dos parentes dos desaparecidos que chegam a todo momento.
Mais de 300 especialistas de 19 países estão no sul da Tailândia para ajudar na tarefa de identificação, em particular no templo Tanyao, próximo a Khao Lak, balneário que foi arrasado pelas ondas gigantes.
Nesse local de culto que virou um imenso necrotério, onde mais de 1.500 corpos foram amontoados, o clima tropical e a falta de material complica o trabalho dos legistas.
A especialista tailandesa Pornthip Rojansunan está neste local há vários dias, impressionada pelo tamanho do trabalho a fazer.
"Comparar as impressões genéticas já é difícil, e há mais de 10 mil amostras para examinar", disse Rojansunan ao jornal "The Nation".
Leia mais
Tsunami pode ocorrer no Atlântico em até 10 mil anos
Só áreas turísticas recebem ajuda, dizem tailandeses
Criança tailandesa sobrevive a maremoto e é seqüestrada
Especial
Confira o especial sobre a tragédia na Ásia
Leia o que já foi publicado sobre maremotos
Identificação dos corpos é o maior desafio para os legistas na Ásia
Publicidade
A identificação dos milhares de turistas estrangeiros mortos no maremoto na Tailândia é o maior desafio enfrentado pelos legistas, bem pior que o trabalho encontrado pelos profissionais que trabalharam com as vítimas dos atentados de 11 de setembro de 2001, segundo especialistas.
O reconhecimento dos corpos inchados e deformados através de exames genéticos vai durar vários meses, avaliou o especialista australiano Phil Burfurd, diretor de comunicação da Kenyon Worldwide Disaster Management, empresa enviada pela Austrália para ajudar na identificação das vítimas.
Cerca de 100 mil turistas, a maioria ocidentais, estavam nas praias do sul da Tailândia quando o maremoto de 26 de dezembro arrasou a região.
Mais de 5.000 pessoas foram declaradas oficialmente mortas e o primeiro-ministro tailandês, Thaksin Shinawatra, trabalha com a hipótese de um balanço final entre 7.000 e 8.000 mortos, sendo a metade estrangeiros.
Os especialistas afirmam que a amplitude da tarefa de reconhecimento dos corpos é muito maior do que a defrontada em todas as recentes catástrofes, superando o duplo atentado que deixou 202 mortos em 2002 na ilha indonésia de Bali, a maioria turistas estrangeiros, e inclusive os ataques suicidas de 11 de setembro de 2001, que mataram cerca de 3.000 pessoas nos Estados Unidos.
DNA
O trabalho iniciado na Tailândia consiste na coleta de informação genética, em particular de DNA, e sua comparação com a de parentes dos desaparecidos.
São retirados os dentes dos cadáveres, que são comparados com os arquivos odontológicos fornecidos pelos familiares, além de uma pequena mostra do fêmur para o exame de DNA.
Caso o processo de decomposição esteja muito avançado, são registradas as impressões digitais do cadáver, que recebe em seguida um chip eletrônico para facilitar a localização.
As autoridades tailandesas instalaram centros onde os parentes dos desaparecidos podem dar um pouco de sangue, cabelos ou saliva para obter a identificação genética.
Aeroporto
Um centro, aberto dia e noite, foi instalado no aeroporto internacional de Bancoc para a coleta de DNA dos parentes dos desaparecidos que chegam a todo momento.
Mais de 300 especialistas de 19 países estão no sul da Tailândia para ajudar na tarefa de identificação, em particular no templo Tanyao, próximo a Khao Lak, balneário que foi arrasado pelas ondas gigantes.
Nesse local de culto que virou um imenso necrotério, onde mais de 1.500 corpos foram amontoados, o clima tropical e a falta de material complica o trabalho dos legistas.
A especialista tailandesa Pornthip Rojansunan está neste local há vários dias, impressionada pelo tamanho do trabalho a fazer.
"Comparar as impressões genéticas já é difícil, e há mais de 10 mil amostras para examinar", disse Rojansunan ao jornal "The Nation".
Leia mais
Especial
Publicidade
As Últimas que Você não Leu
Publicidade
+ LidasÍndice
- Alvo de piadas, Barron Trump se adapta à vida de filho do presidente
- Facções terroristas recrutam jovens em campos de refugiados
- Trabalhadores impulsionam oposição do setor de tecnologia a Donald Trump
- Atentado contra Suprema Corte do Afeganistão mata 19 e fere 41
- Regime sírio enforcou até 13 mil oponentes em prisão, diz ONG
+ Comentadas
- Parlamento de Israel regulariza assentamentos ilegais na Cisjordânia
- Após difamação por foto com Merkel, refugiado sírio processa Facebook
+ EnviadasÍndice