Publicidade
Publicidade
06/01/2005
-
17h09
da Folha Online
Mahmoud Abbas [conhecido também por Abu Mazen], candidato favorito da eleição para a presidência da Autoridade Nacional Palestina (ANP), mudou o discurso na reta final da campanha e fez nesta quinta-feira um apelo por negociações de paz com Israel depois das eleições presidenciais palestinas de 9 de janeiro.
Nesta semana, Abu Mazen chamou Israel de "inimigo sionista" ao criticar um ataque do Exército israelense a uma fazenda no norte da faixa de Gaza que deixou sete jovens palestinos mortos.
Em campanha, ele disse que daria as boas-vindas a negociações de paz com o premiê israelense, Ariel Sharon. "Depois das eleições, nós vamos iniciar negociações. Ariel Sharon é o líder eleito e nós negociaremos com ele. Nós vamos discutir o Mapa da Paz [plano de paz elaborado pelo chamado "Quarteto" --EUA, Rússia, União Européia e ONU, que prevê, sobretudo, a criação de um Estado Palestino até 2005] e dizer que nós estamos prontos a implementá-lo", afirmou.
Intifada
Ele condenou também a Segunda Intifada [revolta palestina contra a ocupação israelense, iniciada em setembro de 2000], durante um discurso na Cisjordânia.
"Apoiamos a Intifada e precisamos dela, mas nos opomos ao uso das armas", afirmou Abu Mazen, em um comício para mais de 5.000 pessoas na Universidade Al Najah de Nablus, norte da Cisjordânia.
No entanto, lembrou que defenderá os direitos essenciais do povo palestino como a segurança, o fim da ocupação israelense, a recuperação de Jerusalém e a libertação dos presos políticos detidos em penitenciárias de Israel, que chegam a 8.000.
Oposição
No penúltimo dia de campanha e em meio a um forte esquema de segurança, Abu Mazen também visitou Balata, o maior campo de refugiados da Cisjordânia, nas proximidades de Nablus, onde foi recebido pelas Brigadas dos Mártires de Al Aqsa, braço armado de seu partido, o Fatah.
"Hamas, Jihad Islâmica e as Brigadas Al Aqsa [grupos extremistas palestinos] são parte de nosso povo", disse o líder palestino.
O Fatah tem acusado o grupo de resistência Hamas, que boicota a eleição, de fazer campanha contra Abu Mazen.
"Minhas palavras são condenadas por alguns palestinos. Estou acostumado e só tenho medo de Alah", afirmou Abu Mazen, em uma entrevista ao jornal israelense "Maariv".
Com agências internacionais
Leia mais
Ministro brasileiro será observador em eleição palestina
Mais de 1 milhão devem escolher sucessor de Arafat no domingo
Especial
Leia o que já foi publicado sobre as eleições palestinas
Leia o que já foi publicado sobre Iasser Arafat
Enquete: Após eleição, novo governo palestino receberá apoio?
Abu Mazen muda discurso e chama Sharon para negociação
Publicidade
Mahmoud Abbas [conhecido também por Abu Mazen], candidato favorito da eleição para a presidência da Autoridade Nacional Palestina (ANP), mudou o discurso na reta final da campanha e fez nesta quinta-feira um apelo por negociações de paz com Israel depois das eleições presidenciais palestinas de 9 de janeiro.
Nesta semana, Abu Mazen chamou Israel de "inimigo sionista" ao criticar um ataque do Exército israelense a uma fazenda no norte da faixa de Gaza que deixou sete jovens palestinos mortos.
Em campanha, ele disse que daria as boas-vindas a negociações de paz com o premiê israelense, Ariel Sharon. "Depois das eleições, nós vamos iniciar negociações. Ariel Sharon é o líder eleito e nós negociaremos com ele. Nós vamos discutir o Mapa da Paz [plano de paz elaborado pelo chamado "Quarteto" --EUA, Rússia, União Européia e ONU, que prevê, sobretudo, a criação de um Estado Palestino até 2005] e dizer que nós estamos prontos a implementá-lo", afirmou.
Intifada
Ele condenou também a Segunda Intifada [revolta palestina contra a ocupação israelense, iniciada em setembro de 2000], durante um discurso na Cisjordânia.
"Apoiamos a Intifada e precisamos dela, mas nos opomos ao uso das armas", afirmou Abu Mazen, em um comício para mais de 5.000 pessoas na Universidade Al Najah de Nablus, norte da Cisjordânia.
No entanto, lembrou que defenderá os direitos essenciais do povo palestino como a segurança, o fim da ocupação israelense, a recuperação de Jerusalém e a libertação dos presos políticos detidos em penitenciárias de Israel, que chegam a 8.000.
Oposição
No penúltimo dia de campanha e em meio a um forte esquema de segurança, Abu Mazen também visitou Balata, o maior campo de refugiados da Cisjordânia, nas proximidades de Nablus, onde foi recebido pelas Brigadas dos Mártires de Al Aqsa, braço armado de seu partido, o Fatah.
"Hamas, Jihad Islâmica e as Brigadas Al Aqsa [grupos extremistas palestinos] são parte de nosso povo", disse o líder palestino.
O Fatah tem acusado o grupo de resistência Hamas, que boicota a eleição, de fazer campanha contra Abu Mazen.
"Minhas palavras são condenadas por alguns palestinos. Estou acostumado e só tenho medo de Alah", afirmou Abu Mazen, em uma entrevista ao jornal israelense "Maariv".
Com agências internacionais
Leia mais
Especial
Publicidade
As Últimas que Você não Leu
Publicidade
+ LidasÍndice
- Alvo de piadas, Barron Trump se adapta à vida de filho do presidente
- Facções terroristas recrutam jovens em campos de refugiados
- Trabalhadores impulsionam oposição do setor de tecnologia a Donald Trump
- Atentado contra Suprema Corte do Afeganistão mata 19 e fere 41
- Regime sírio enforcou até 13 mil oponentes em prisão, diz ONG
+ Comentadas
- Parlamento de Israel regulariza assentamentos ilegais na Cisjordânia
- Após difamação por foto com Merkel, refugiado sírio processa Facebook
+ EnviadasÍndice