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11/01/2005
-
12h38
da Folha Online
Militares israelenses planejam pedir permissão às autoridades de Israel para destruir cerca de 3.000 casas de palestinos no sul da faixa de Gaza. A idéia é construir um tipo de vala que impeça o contrabando de armas através da fronteira com o Egito, segundo informações de oficiais.
Em condição de anonimato, oficiais disseram que três planos foram apresentados para a construção de uma vala [que funcionaria como um trincheira] --apelidada de "rota da Filadélfia"-- na região perto de um campo de refugiados em Rafah, na fronteira entre Gaza e o Egito.
O projeto, que foi aprovado pelo procurador-geral israelense Meni Mazuz, destruiria entre 200 e 3.000 casas palestinas, dependendo do tamanho da largura da construção, disseram os militares.
A área, usada por palestinos contrabandistas de armas, é palco de freqüente confrontos entre forças israelenses e militantes de grupos extremistas palestinos. Seguranças israelenses consideram fundamental a construção de um tipo de barreira que limite o acesso de um lado para o outro para dificultar o trabalho dos contrabandistas.
"Catástrofe"
Mas o gabinete do ministro palestino Saeb Erekat condena a idéia, chamando a iniciativa de "catástrofe e desastre para o povo palestino".
Em junho, Israel abriu concorrência para construir uma vala de 25 metros de largura e cinco quilômetros de extensão. Oficiais israelenses disseram ter a pretensão de terminar o projeto antes que Israel comece, se aprovada pela nova coalizão do governo de Ariel Sharon, a retirada dos assentamentos judaicos de Gaza, previsto para a segunda quinzena deste ano.
Também em condição de anonimato, um membro do Ministério da Defesa disse que três opções de largura da vala estão sendo estudadas: 10 m, 20 m e 30 m. Segundo o mesmo oficial, respectivamente, os planos analisados destruiriam 200, 700 e 3.000 casas.
"Qualquer uma das três propostas constitui um desastre humano para os palestinos", disse Erekat.
O Exército de Israel já destruiu centenas de casas de palestinos em operações militares nos últimos quatro anos, desde o Início da Intifada [revolta palestina contra a ocupação israelense, iniciada em 28 de setembro de 2000].
"Muro de Proteção"
Em junho de 2002, os israelenses começaram a construir um "muro de proteção" entre Israel e a Cisjordânia, destinado a impedir ataques palestinos.
A construção do "muro de proteção" foi requisitada pela direita e esquerda israelenses, após a onda de atentados suicidas que atingiu Israel desde o início da segunda Intifada.
Com extensão prevista de 350 km, o "muro de proteção" deve cobrir do norte ao sul a "linha verde" e englobar também o setor oriental de Jerusalém, anexado por Israel desde 1967, e onde os palestinos pretendem construir um dia a capital do seu Estado.
O complexo defensivo deve ser alto em alguns pontos e ainda terá dispositivos eletrônicos capazes de detectar infiltrações, fossas antitanques e pontos de observação e patrulha.
Com Associated Press
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Militares israelenses planejam pedir permissão às autoridades de Israel para destruir cerca de 3.000 casas de palestinos no sul da faixa de Gaza. A idéia é construir um tipo de vala que impeça o contrabando de armas através da fronteira com o Egito, segundo informações de oficiais.
Em condição de anonimato, oficiais disseram que três planos foram apresentados para a construção de uma vala [que funcionaria como um trincheira] --apelidada de "rota da Filadélfia"-- na região perto de um campo de refugiados em Rafah, na fronteira entre Gaza e o Egito.
O projeto, que foi aprovado pelo procurador-geral israelense Meni Mazuz, destruiria entre 200 e 3.000 casas palestinas, dependendo do tamanho da largura da construção, disseram os militares.
A área, usada por palestinos contrabandistas de armas, é palco de freqüente confrontos entre forças israelenses e militantes de grupos extremistas palestinos. Seguranças israelenses consideram fundamental a construção de um tipo de barreira que limite o acesso de um lado para o outro para dificultar o trabalho dos contrabandistas.
"Catástrofe"
Mas o gabinete do ministro palestino Saeb Erekat condena a idéia, chamando a iniciativa de "catástrofe e desastre para o povo palestino".
Em junho, Israel abriu concorrência para construir uma vala de 25 metros de largura e cinco quilômetros de extensão. Oficiais israelenses disseram ter a pretensão de terminar o projeto antes que Israel comece, se aprovada pela nova coalizão do governo de Ariel Sharon, a retirada dos assentamentos judaicos de Gaza, previsto para a segunda quinzena deste ano.
Também em condição de anonimato, um membro do Ministério da Defesa disse que três opções de largura da vala estão sendo estudadas: 10 m, 20 m e 30 m. Segundo o mesmo oficial, respectivamente, os planos analisados destruiriam 200, 700 e 3.000 casas.
"Qualquer uma das três propostas constitui um desastre humano para os palestinos", disse Erekat.
O Exército de Israel já destruiu centenas de casas de palestinos em operações militares nos últimos quatro anos, desde o Início da Intifada [revolta palestina contra a ocupação israelense, iniciada em 28 de setembro de 2000].
"Muro de Proteção"
Em junho de 2002, os israelenses começaram a construir um "muro de proteção" entre Israel e a Cisjordânia, destinado a impedir ataques palestinos.
A construção do "muro de proteção" foi requisitada pela direita e esquerda israelenses, após a onda de atentados suicidas que atingiu Israel desde o início da segunda Intifada.
Com extensão prevista de 350 km, o "muro de proteção" deve cobrir do norte ao sul a "linha verde" e englobar também o setor oriental de Jerusalém, anexado por Israel desde 1967, e onde os palestinos pretendem construir um dia a capital do seu Estado.
O complexo defensivo deve ser alto em alguns pontos e ainda terá dispositivos eletrônicos capazes de detectar infiltrações, fossas antitanques e pontos de observação e patrulha.
Com Associated Press
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