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23/01/2005
-
09h46
da Folha Online
Em uma ação conjunta, os grupos rebeldes Brigadas Mujahidin e o Exército de Ansar al Sunna (ligado à rede Al Qaeda, de Osama bin Laden), seriam os responsáveis pelo seqüestro do brasileiro João José Vasconcelos Jr., 49, no Iraque. Ele é engenheiro da construtora Norberto Odebrecht e está desaparecido no país desde a última quarta-feira (19).
Vasconcelos foi atacado quando estava em um carro com dois funcionários --um britânico e um iraquiano-- da empresa de segurança britânica Janusian, que morreram.
A informação foi divulgada pela rede TV Al Jazira [Qatar], que mostrou um vídeo onde rebeldes exibiam documento que identificava Vasconcelos, além de notas de real. A suposta vítima não aparece nas imagens, que foram primeiramente postadas na internet.
As imagens também mostravam dinheiro de várias nacionalidades, incluindo o real brasileiro, e quatro homens encapuzados. Um deles apareceu lendo um texto, mas, por causa da má qualidade do áudio, não foi possível ouvir o que o militante dizia. No trecho audível do vídeo, os rebeldes não fazem qualquer exigência e tampouco pedem resgate.
Ações
Segundo a BBC, o grupo Brigadas Mujahidin, que seqüestrou o brasileiro, é o mesmo que teria raptado três japoneses em abril de 2004.
Apesar das ameaças do grupo em matar os reféns, caso o Japão não retirasse suas tropas do Iraque, os insurgentes acabaram por libertar os estrangeiros, uma semana depois do seqüestro.
Depois, o grupo teria seqüestrado o jornalista francês Alexandre Jordanov, que também foi solto após três dias de seqüestro. Em nota divulgada na época da ação, o grupo disse que o seu alvo eram americanos ou cidadãos de países estrangeiros que colaboravam com as forças dos Estados Unidos no Iraque.
O outro grupo que teria participado do ataque, o Ansar al Sunna, é um dos mais atuantes no Iraque, e foi responsável por uma série de mortes no país.
Ontem o grupo reivindicou a responsabilidade pelo assassinato de 15 membros das forças de segurança iraquianas, que foram raptados na semana passada.
Os insurgentes do Ansar al Sunna também foram os primeiros a reivindicar a autoria pelo ataque ao comboio de Beiji, onde estava o brasileiro na quarta-feira.
Morte de outro brasileiro negada
Segundo a Al Jazira, os rebeldes também teriam matado um britânico e outro brasileiro durante o confronto que aconteceu nas proximidades da cidade de Beiji. Em entrevista à Folha Online, o embaixadador brasileiro em Amã, Jordânia, Antônio Carlos Coelho da Rocha, desmentiu a morte do brasileiro.
A Odebrecht participa da reconstrução de uma usina termelétrica no Iraque.
A construtora confirmou pela primeira vez a identidade do engenheiro, mas negou que outro funcionário brasileiro tenha morrido na emboscada.
Apesar de ser o mesmo nome divulgado pela Al Jazira, a Odebrecht citou no comunicado apenas o sumiço de Vasconcelos, não fazendo qualquer menção sobre o possível seqüestro.
Com as novas informações, o ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim, convocou seus assessores para discutir ações para encontrar o engenheiro. Segundo o Itamaraty, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva está acompanhando o desenrolar do caso.
O ministro pediu que as embaixadas e representações brasileiras na região fossem mobilizadas, para que pudessem analisar informações relevantes para a resolução do caso. Além disso, o Itamaraty disse estar em "estreito contato" com a construtora, discutindo possíveis ações.
"Como é natural em situações desse tipo, eventuais iniciativas serão tomadas com a necessária discrição", afirma um comunicado divulgado pelo Itamaraty.
No Itamaraty, o caso é acompanhado pela Embaixada de Amã, na Jordânia. O Brasil não possui mais representação diplomática no Iraque.
Com agências internacionais
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Em uma ação conjunta, os grupos rebeldes Brigadas Mujahidin e o Exército de Ansar al Sunna (ligado à rede Al Qaeda, de Osama bin Laden), seriam os responsáveis pelo seqüestro do brasileiro João José Vasconcelos Jr., 49, no Iraque. Ele é engenheiro da construtora Norberto Odebrecht e está desaparecido no país desde a última quarta-feira (19).
Reprodução/TV AL Jazira |
Carteira de mergulhador de Vasconcelos é mostrada em vídeo exibido pela Al Jazira |
A informação foi divulgada pela rede TV Al Jazira [Qatar], que mostrou um vídeo onde rebeldes exibiam documento que identificava Vasconcelos, além de notas de real. A suposta vítima não aparece nas imagens, que foram primeiramente postadas na internet.
As imagens também mostravam dinheiro de várias nacionalidades, incluindo o real brasileiro, e quatro homens encapuzados. Um deles apareceu lendo um texto, mas, por causa da má qualidade do áudio, não foi possível ouvir o que o militante dizia. No trecho audível do vídeo, os rebeldes não fazem qualquer exigência e tampouco pedem resgate.
Ações
Segundo a BBC, o grupo Brigadas Mujahidin, que seqüestrou o brasileiro, é o mesmo que teria raptado três japoneses em abril de 2004.
Apesar das ameaças do grupo em matar os reféns, caso o Japão não retirasse suas tropas do Iraque, os insurgentes acabaram por libertar os estrangeiros, uma semana depois do seqüestro.
Depois, o grupo teria seqüestrado o jornalista francês Alexandre Jordanov, que também foi solto após três dias de seqüestro. Em nota divulgada na época da ação, o grupo disse que o seu alvo eram americanos ou cidadãos de países estrangeiros que colaboravam com as forças dos Estados Unidos no Iraque.
O outro grupo que teria participado do ataque, o Ansar al Sunna, é um dos mais atuantes no Iraque, e foi responsável por uma série de mortes no país.
Ontem o grupo reivindicou a responsabilidade pelo assassinato de 15 membros das forças de segurança iraquianas, que foram raptados na semana passada.
Os insurgentes do Ansar al Sunna também foram os primeiros a reivindicar a autoria pelo ataque ao comboio de Beiji, onde estava o brasileiro na quarta-feira.
Morte de outro brasileiro negada
Segundo a Al Jazira, os rebeldes também teriam matado um britânico e outro brasileiro durante o confronto que aconteceu nas proximidades da cidade de Beiji. Em entrevista à Folha Online, o embaixadador brasileiro em Amã, Jordânia, Antônio Carlos Coelho da Rocha, desmentiu a morte do brasileiro.
A Odebrecht participa da reconstrução de uma usina termelétrica no Iraque.
A construtora confirmou pela primeira vez a identidade do engenheiro, mas negou que outro funcionário brasileiro tenha morrido na emboscada.
Apesar de ser o mesmo nome divulgado pela Al Jazira, a Odebrecht citou no comunicado apenas o sumiço de Vasconcelos, não fazendo qualquer menção sobre o possível seqüestro.
Com as novas informações, o ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim, convocou seus assessores para discutir ações para encontrar o engenheiro. Segundo o Itamaraty, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva está acompanhando o desenrolar do caso.
O ministro pediu que as embaixadas e representações brasileiras na região fossem mobilizadas, para que pudessem analisar informações relevantes para a resolução do caso. Além disso, o Itamaraty disse estar em "estreito contato" com a construtora, discutindo possíveis ações.
"Como é natural em situações desse tipo, eventuais iniciativas serão tomadas com a necessária discrição", afirma um comunicado divulgado pelo Itamaraty.
No Itamaraty, o caso é acompanhado pela Embaixada de Amã, na Jordânia. O Brasil não possui mais representação diplomática no Iraque.
Com agências internacionais
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