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06/03/2005
-
11h13
da Folha Online
A jornalista Giuliana Sgrena, 56, disse neste domingo, em entrevista a uma emissora de televisão italiana, que não descarta a hipótese de ter sido alvo de disparos americanos. Após ficar um mês seqüestrada, Sgrena foi libertada na última sexta-feira e, pouco depois, baleada por soldados dos EUA. O carro em que ela estava foi alvejado a caminho do aeroporto de Bagdá, matando um agente do serviço secreto italiano.
"Todos sabem que os americanos não querem negociações para a libertação de reféns, por isso não vejo por que devo excluir a hipótese de ter sido o alvo", disse a jornalista.
Mais uma vez, Sgrena reafirmou o que disse às autoridades italianas: que o ataque da patrulha americana foi "injustificada", já que o veículo no qual viajava estava a uma velocidade moderada. "Recebemos uma chuva de balas, mas não estávamos em alta velocidade", afirmou na entrevista.
Sgrena também teria dito ao serviço secreto de seu país, segundo a agência France Presse, que ouviu de seus seqüestradores a informação de que o engenheiro brasileiro João José Vasconcellos, 50, estaria morto.
Relato
A declaração reforça o conteúdo publicado neste domingo no jornal para o qual ela trabalha, o "Il Manifesto", que traz um relato de como foi o seqüestro no Iraque. Sgrena escreveu que seus seqüestradores alertaram-na que os americanos não queriam que ela voltasse à Itália.
No artigo, a jornalista, que voltou ontem à Itália, assinala que sua mente a levou imediatamente às palavras que os seqüestradores tinham lhe dito quando ela viu o agente italiano morrer. "Declaravam estar firmemente empenhados em me libertar, mas devia estar atenta, pois os americanos não queriam que eu voltasse", afirma a repórter em texto intitulado "Minha Verdade".
O marido de Sgrena, Pier Scolari, havia dito ontem que não descarta a hipótese de sua mulher ter sido vítima de um atentado. "Giuliana tinha informações e os militares americanos não queriam que saísse viva", disse ele.
Hoje, porém, a imprensa local, citando fontes do serviço secreto italiano, publica que a Itália descarta completamente tal possibilidade.
Os EUA, por sua vez, se comprometeram a investigar "exaustivamente" o ocorrido. Na sexta, o próprio presidente George W. Bush telefonou para o primeiro-ministro italiano, Silvio Berlusconi.
Resgate
Os jornais italianos também trazem hoje reportagens dando conta de que os seqüestradores de Giuliana Sgrena seriam próximos ao deposto regime de Saddam Hussein, vinculados à nova criminalidade iraquiana.
De acordo com um dos entrevistados, o deputado cristão Yonadam Kanna, os criminosos teriam cobrado um resgate de US$ 1 milhão para libertar a jornalista.
Com agências internacionais
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Jornalista diz que pode ter sido alvo de disparos americanos
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A jornalista Giuliana Sgrena, 56, disse neste domingo, em entrevista a uma emissora de televisão italiana, que não descarta a hipótese de ter sido alvo de disparos americanos. Após ficar um mês seqüestrada, Sgrena foi libertada na última sexta-feira e, pouco depois, baleada por soldados dos EUA. O carro em que ela estava foi alvejado a caminho do aeroporto de Bagdá, matando um agente do serviço secreto italiano.
"Todos sabem que os americanos não querem negociações para a libertação de reféns, por isso não vejo por que devo excluir a hipótese de ter sido o alvo", disse a jornalista.
Mais uma vez, Sgrena reafirmou o que disse às autoridades italianas: que o ataque da patrulha americana foi "injustificada", já que o veículo no qual viajava estava a uma velocidade moderada. "Recebemos uma chuva de balas, mas não estávamos em alta velocidade", afirmou na entrevista.
Sgrena também teria dito ao serviço secreto de seu país, segundo a agência France Presse, que ouviu de seus seqüestradores a informação de que o engenheiro brasileiro João José Vasconcellos, 50, estaria morto.
Relato
A declaração reforça o conteúdo publicado neste domingo no jornal para o qual ela trabalha, o "Il Manifesto", que traz um relato de como foi o seqüestro no Iraque. Sgrena escreveu que seus seqüestradores alertaram-na que os americanos não queriam que ela voltasse à Itália.
No artigo, a jornalista, que voltou ontem à Itália, assinala que sua mente a levou imediatamente às palavras que os seqüestradores tinham lhe dito quando ela viu o agente italiano morrer. "Declaravam estar firmemente empenhados em me libertar, mas devia estar atenta, pois os americanos não queriam que eu voltasse", afirma a repórter em texto intitulado "Minha Verdade".
O marido de Sgrena, Pier Scolari, havia dito ontem que não descarta a hipótese de sua mulher ter sido vítima de um atentado. "Giuliana tinha informações e os militares americanos não queriam que saísse viva", disse ele.
Hoje, porém, a imprensa local, citando fontes do serviço secreto italiano, publica que a Itália descarta completamente tal possibilidade.
Os EUA, por sua vez, se comprometeram a investigar "exaustivamente" o ocorrido. Na sexta, o próprio presidente George W. Bush telefonou para o primeiro-ministro italiano, Silvio Berlusconi.
Resgate
Os jornais italianos também trazem hoje reportagens dando conta de que os seqüestradores de Giuliana Sgrena seriam próximos ao deposto regime de Saddam Hussein, vinculados à nova criminalidade iraquiana.
De acordo com um dos entrevistados, o deputado cristão Yonadam Kanna, os criminosos teriam cobrado um resgate de US$ 1 milhão para libertar a jornalista.
Com agências internacionais
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