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28/03/2005
-
13h07
da Folha Online
Manifestantes que lutam pela sobrevivência de Terri Schiavo, 41, paciente em estado vegetativo que não recebe alimentação há dez dias por ordem da Justiça americana, foram até Washington nesta segunda-feira para pedir por uma intervenção do presidente George W. Bush, já que todas as possibilidades nas cortes americanas foram esgotadas.
Segundo o padre Paul O'Donnell, um dos porta-vozes da família de Terri, sua morte "está cada vez mais próxima". Médicos afirmam que, sem alimentação, Terri poderá sobreviver até a próxima sexta-feira.
Durante sua declaração a repórteres nesta segunda-feira, O'Donnell novamente fez um pedido ao governador da Flórida, Jeb Bush, para que, por decreto, ordene a reinserção tubo de alimentação na paciente. Entretanto, o irmão do presidente Bush disse neste domingo que não há mais nada a fazer.
Em 2003, quando a Justiça havia decicido a retirada do tubo de Terri, Jeb ordenou que o tubo de alimentação fosse reinserido na paciente.
Há 15 anos, o cérebro de Terri sofreu graves danos porque seu coração parou de bater por alguns minutos --provavelmente devido a uma parada cardíaca causada por deficiência de potássio. Desde então, ela se encontra no que os médicos chamam de estado vegetativo persistente.
Versões conflitantes
Neste domingo, várias versões conflitantes sobre o estado de saúde de Terri surgiram na mídia americana. David Gibbs 3º, advogado de Bob e Mary Schindler, pais da americana, afirmou que a paciente "atravessou um estágio do qual não poderá mais voltar".
Ele foi desmentido logo depois por um outro porta-voz da família, o ativista antiaborto Randall Terry, que disse ter presenciado a "luta" da paciente pela vida.
De acordo com especialistas, qualquer movimentação ou emissão de sons por parte da paciente são involuntários.
George Felos, advogado de Michael Schiavo, marido e guardião legal de Terri, afirmou que restariam à paciente entre três e quatro dias de vida.
Morfina
Neste domingo, Gibbs afirmou que Terri estaria recebendo morfina para "aliviar as dores" decorrentes do processo de desidratação. Segundo a agência France Presse, a aplicação de morfina é um procedimento usual a pacientes terminais nos EUA.
Segundo colaboradores que estão próximos à família, Terri já tem muitas dificuldades para respirar. A medicação é dada à paciente pois a família diz acreditar na existência de um traço mínimo de consciência em Terri.
De acordo com a rede de TV americana CNN, a Academia Americana de Neurologia publicou um artigo em 1988 sobre o estado vegetativo persistente. Os especialistas declararam que tais pacientes não têm "capacidade de experimentar dor ou sofrimento."
Batalha judicial
Na noite deste sábado, os pais de Terri apelaram novamente à Suprema Corte da Flórida, que negou a intervir no caso pela terceira vez. Um pouco antes, A Corte Estadual do Circuito de Pinellas havia negado a reinserção do tubo de alimentação na paciente.
O caso foi julgado pelo juiz estadual George Greer, que tem acompanhado a batalha judicial entre os pais da paciente e seu marido e guardião legal, Michael Schiavo.
Michael, que defende a morte da mulher, afirma que Terri pediu reiteradas vezes, antes de entrar em estado vegetativo, que sua vida não fosse mantida artificialmente. Não há documentos que comprovem esse pedido. Além disso, ele afirma que foram realizados inúmeros diagnósticos médicos --e nenhum deles dá esperança de melhora à paciente.
As leis do Estado da Flórida dizem que uma pessoa com danos cerebrais graves, e que não tenha deixado instruções expressas sobre seu tratamento, não pode ser desconectada dos aparelhos que mantêm sua vida, a menos que esteja em estado vegetativo.
Com agências internacionais
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Segundo o padre Paul O'Donnell, um dos porta-vozes da família de Terri, sua morte "está cada vez mais próxima". Médicos afirmam que, sem alimentação, Terri poderá sobreviver até a próxima sexta-feira.
Durante sua declaração a repórteres nesta segunda-feira, O'Donnell novamente fez um pedido ao governador da Flórida, Jeb Bush, para que, por decreto, ordene a reinserção tubo de alimentação na paciente. Entretanto, o irmão do presidente Bush disse neste domingo que não há mais nada a fazer.
Em 2003, quando a Justiça havia decicido a retirada do tubo de Terri, Jeb ordenou que o tubo de alimentação fosse reinserido na paciente.
Há 15 anos, o cérebro de Terri sofreu graves danos porque seu coração parou de bater por alguns minutos --provavelmente devido a uma parada cardíaca causada por deficiência de potássio. Desde então, ela se encontra no que os médicos chamam de estado vegetativo persistente.
Versões conflitantes
Neste domingo, várias versões conflitantes sobre o estado de saúde de Terri surgiram na mídia americana. David Gibbs 3º, advogado de Bob e Mary Schindler, pais da americana, afirmou que a paciente "atravessou um estágio do qual não poderá mais voltar".
Ele foi desmentido logo depois por um outro porta-voz da família, o ativista antiaborto Randall Terry, que disse ter presenciado a "luta" da paciente pela vida.
De acordo com especialistas, qualquer movimentação ou emissão de sons por parte da paciente são involuntários.
George Felos, advogado de Michael Schiavo, marido e guardião legal de Terri, afirmou que restariam à paciente entre três e quatro dias de vida.
Morfina
Neste domingo, Gibbs afirmou que Terri estaria recebendo morfina para "aliviar as dores" decorrentes do processo de desidratação. Segundo a agência France Presse, a aplicação de morfina é um procedimento usual a pacientes terminais nos EUA.
Segundo colaboradores que estão próximos à família, Terri já tem muitas dificuldades para respirar. A medicação é dada à paciente pois a família diz acreditar na existência de um traço mínimo de consciência em Terri.
De acordo com a rede de TV americana CNN, a Academia Americana de Neurologia publicou um artigo em 1988 sobre o estado vegetativo persistente. Os especialistas declararam que tais pacientes não têm "capacidade de experimentar dor ou sofrimento."
Batalha judicial
Na noite deste sábado, os pais de Terri apelaram novamente à Suprema Corte da Flórida, que negou a intervir no caso pela terceira vez. Um pouco antes, A Corte Estadual do Circuito de Pinellas havia negado a reinserção do tubo de alimentação na paciente.
O caso foi julgado pelo juiz estadual George Greer, que tem acompanhado a batalha judicial entre os pais da paciente e seu marido e guardião legal, Michael Schiavo.
Michael, que defende a morte da mulher, afirma que Terri pediu reiteradas vezes, antes de entrar em estado vegetativo, que sua vida não fosse mantida artificialmente. Não há documentos que comprovem esse pedido. Além disso, ele afirma que foram realizados inúmeros diagnósticos médicos --e nenhum deles dá esperança de melhora à paciente.
As leis do Estado da Flórida dizem que uma pessoa com danos cerebrais graves, e que não tenha deixado instruções expressas sobre seu tratamento, não pode ser desconectada dos aparelhos que mantêm sua vida, a menos que esteja em estado vegetativo.
Com agências internacionais
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