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13/04/2005 - 10h24

Regra do silêncio durante conclave afeta não-religiosos

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da France Presse, no Vaticano
da Folha Online

Os motoristas de veículos oficiais, ascensoristas e outras dezenas de funcionários que atuam na organização do conclave [reunião de cardeais para a escolha do papa], que começa na próxima segunda-feira (18), deverão jurar guardar segredo sobre o conteúdo das reuniões que pode chegar até eles.

Segundo um comunicado divulgado pelo Vaticano nesta quarta-feira, todos os funcionários do próximo conclave, tanto religiosos como laicos, devem "prestar um juramento de palavra e por escrito".

O compromisso de guardar segredo será feito fisicamente nesta sexta-feira (15), às 12h (horário de Brasília), perante o camerlengo, máxima autoridade no Vaticano no período de transição, cargo exercido pelo cardeal espanhol Eduardo Martínez Somalo.

Desta forma, todos os motoristas dos microônibus que transportarão os cardeais da Casa Santa Marta, onde se hospedarão, até a capela Sistina, onde acontecerão as deliberações e votações, estão afetados por esta medida.

Juramento idêntico será prestado pelos ascensoristas, cozinheiros, funcionários da limpeza, médicos e enfermeiras que atendem os religiosos, além dos responsáveis pelos sistemas técnicos na capela Sistina.

Todos os funcionários do Vaticano que terão alguma função dentro do conclave são obrigados a fazer um juramento com a mão sobre um livro dos Evangelhos. Confira na íntegra o juramento:

"Eu, (nome do funcionário), prometo e juro guardar segredo absoluto com
qualquer pessoa que não faça parte do colégio dos cardeais eleitores, e isto em perpétuo, a menos que eu receba uma especial autorização dada
expressamente pelo novo pontífice eleito ou por seus sucessores acerca de tudo o que se refira direta ou indiretamente à votação para eleição do Sumo Pontífice.

Prometo igualmente e juro me abster de fazer uso de qualquer registro por escrito, por áudio ou vídeo de durante o período da eleição, que ocorre na Cidade do Vaticano; e, particularmente, tudo o que direta ou indiretamente, em qualquer outro modo, diga respeito à eleição.

Este juramento declaro tê-lo feito consciente de que uma infração do mesmo significará a mim todas as sanções espirituais e canônicas que o futuro Sumo Pontífice decidir.

Assim, Deus me ajude e este Santo Evangelho, que toco com minha mão."

Pela primeira vez na história, toda a Cidade do Vaticano é área de conclave e os cardeais, ao invés de permanecerem na capela Sistina, decidiram utilizar a residência Santa Marta.

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