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04/05/2005 - 10h32

Favorito, Blair deve manter seu cargo sem terminar o 3º mandato

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CLARICE SPITZ
da Folha Online

Se depender da tradição, o eleitor britânico, pouco acostumado a surpresas de última hora, deve confirmar resultados de pesquisas de opinião e dar a vitória ao Partido Trabalhista nas eleições desta sexta-feira (5), o que garante o terceiro mandato do premiê britânico, Tony Blair.

Stefan Rousseau/AP
O premiê Tony Blair
Mas Blair pode não cumprir todo seu mandato, segundo o professor de ciência política da Uerj (Universidade do Estado do Rio de Janeiro), Antônio Carlos Peixoto, 64.

O professor vê grandes possibilidades de Blair "sair de cena" para evitar um desgaste político. O próprio premiê já disse que este é seu último mandato. Neste caso, segundo o professor carioca, o nome mais forte para sucedê-lo é o do ministro das Finanças Gordon Brown.

"Ele tem uma popularidade, pelo menos dentro do Partido Trabalhista, maior que a de Blair", afirma.

A eventual saída de Blair não seria novidade na história recente do Reino Unido. Em 1990, John Major substituiu a ex-primeira-ministra Margareth Thatcher (1979-90) como líder do Partido Conservador durante o mandato dela e venceu as eleições para o cargo de primeiro-ministro em 1992.

AP
O ministro Gordon Brown
A vinda de Brown seria, segundo o professor, uma boa pedida para o Brasil.

"Ele teria uma percepção mais convergente com a do presidente brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva em um possível segundo mandato. Brown é um homem de mais sensibilidade social e internacional que Blair para a questão da pobreza e desigualdade entre países."

Questões domésticas

É possível que as questões domésticas tenham maior peso para os britânicos que pretendem participar das eleições desta sexta-feira que a recente polêmica sobre a Guerra do Iraque.

Na última semana, pressionado, Blair divulgou um relatório em que o promotor-geral Peter Goldsmith levanta dúvidas sobre a legalidade da guerra, e o conservador Michael Howard chamou Blair de mentiroso por ele não ter encontrado armas de destruição em massa no Iraque --uma das principais alegações do presidente George W. Bush, sustentada por Blair, para iniciar a ofensiva contra o Iraque. Nunca nenhuma arma desse gênero foi encontrada no Iraque e os EUA declaram oficialmente o fim das buscas.

Para o professor de política e administração pública da UNB (Universidade de Brasília) João Paulo Peixoto, as preocupações domésticas se sobrepõem a questões de política externa. "Hoje existe uma discussão muito grande em termos de educação. Pede-se mais organização, autoridades e disciplina em escolas públicas, por exemplo."

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