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09/06/2005
-
15h04
EMILIA BERTOLLI
da Folha Online
O Congresso da Bolívia deve iniciar a votação sobre a renúncia do presidente Carlos Mesa às 17h (18h de Brasília) desta quinta-feira, informou à Folha Online Evil Herrera, 35, da assessoria de imprensa da Câmara dos Deputados, em La Paz. As Forças Armadas criaram um cordão de isolamento do aeroporto à Casa de la Libertad, onde os deputados estão reunidos, em Sucre.
Depois de iniciada, é possível que a votação dure cerca de duas horas. O voto dos parlamentares será nominal, e eles terão três minutos para justificar sua decisão.
"Há uma série de reuniões nesse momento [entre os parlamentares]. Agora os chefes de bancadas, os presidentes da brigadas [comando administrativo] dos nove departamentos da Bolívia e o presidente do Congresso [Hormando Vaca Díez] para decidir se votam primeiro sobre os hidrocarbonetos, ou sobre a renúncia", afirmou o representante.
Os parlamentares devem decidir hoje se o tema da nacionalização dos hidrocarbonetos --exploração e produção de petróleo e gás realizada em grande parte pelas multinacionais no país, entre elas a Petrobras-- vai entrar na agenda do Congresso, atendendo à principal demanda social nas últimas três semanas.
De acordo com Herrera, 150 parlamentares estão em Sucre --capital constitucional da Bolívia, localizada a 740 km de La Paz--, para participar da votação. Sete deputados ficaram em La Paz, e resolveram se abster da discussão. É preciso 105 votos [dois terços] para que uma lei seja aprovada no Congresso boliviano.
Violência
Segundo Herrera, as manifestações continuam com força em Sucre, e as Forças Armadas criaram um cordão de isolamento do aeroporto à Casa de la Libertad, que fica a duas quadras do aeroporto.
Milhares de pessoas estão em volta da praça 25 de Maio, onde se localiza a casa parlamentar. Nesse local, que fica a duas quadras da Casa de la Libertad, manifestantes estão entrando em confronto direto com o Exército.
Cerca de 2.000 policiais e militares estão envolvidos na segurança em Sucre.
Em La Paz, o clima também é de violência e tensão. "Os manifestantes continuam usando dinamites e estão nas ruas protestando", afirmou Herrera.
Os manifestantes entraram na terceira semana de protestos no país, e além da exigência pela nacionalização da produção dos hidrocarbonetos, também pedem pela criação de uma Assembléia Constituinte para realizar reformas na Constituição.
Uma comissão de observadores brasileiros, argentinos e da ONU (Organização das Nações Unidas) vai acompanhar a sessão do Congresso, a pedido do próprio Mesa.
Campos de petróleo
No leste do país, agricultores ocuparam nesta quarta-feira três campos operados pela companhia hispano-argentina Repsol-YPF e um pequeno poço de petróleo, provocando a suspensão das operações no local e a produção de 2.600 a 3.000 barris de petróleo diários.
Na região, a 150 quilômetros ao norte da cidade de Santa Cruz, três campos do grupo British Petroleum também estão sob o controle dos sindicatos camponeses desde a última sexta-feira (3).
A companhia foi obrigada a deixar de produzir entre 1.500 e 1.700 barris diários.
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da Folha Online
O Congresso da Bolívia deve iniciar a votação sobre a renúncia do presidente Carlos Mesa às 17h (18h de Brasília) desta quinta-feira, informou à Folha Online Evil Herrera, 35, da assessoria de imprensa da Câmara dos Deputados, em La Paz. As Forças Armadas criaram um cordão de isolamento do aeroporto à Casa de la Libertad, onde os deputados estão reunidos, em Sucre.
Depois de iniciada, é possível que a votação dure cerca de duas horas. O voto dos parlamentares será nominal, e eles terão três minutos para justificar sua decisão.
"Há uma série de reuniões nesse momento [entre os parlamentares]. Agora os chefes de bancadas, os presidentes da brigadas [comando administrativo] dos nove departamentos da Bolívia e o presidente do Congresso [Hormando Vaca Díez] para decidir se votam primeiro sobre os hidrocarbonetos, ou sobre a renúncia", afirmou o representante.
Os parlamentares devem decidir hoje se o tema da nacionalização dos hidrocarbonetos --exploração e produção de petróleo e gás realizada em grande parte pelas multinacionais no país, entre elas a Petrobras-- vai entrar na agenda do Congresso, atendendo à principal demanda social nas últimas três semanas.
De acordo com Herrera, 150 parlamentares estão em Sucre --capital constitucional da Bolívia, localizada a 740 km de La Paz--, para participar da votação. Sete deputados ficaram em La Paz, e resolveram se abster da discussão. É preciso 105 votos [dois terços] para que uma lei seja aprovada no Congresso boliviano.
Violência
Segundo Herrera, as manifestações continuam com força em Sucre, e as Forças Armadas criaram um cordão de isolamento do aeroporto à Casa de la Libertad, que fica a duas quadras do aeroporto.
Milhares de pessoas estão em volta da praça 25 de Maio, onde se localiza a casa parlamentar. Nesse local, que fica a duas quadras da Casa de la Libertad, manifestantes estão entrando em confronto direto com o Exército.
Cerca de 2.000 policiais e militares estão envolvidos na segurança em Sucre.
Em La Paz, o clima também é de violência e tensão. "Os manifestantes continuam usando dinamites e estão nas ruas protestando", afirmou Herrera.
Os manifestantes entraram na terceira semana de protestos no país, e além da exigência pela nacionalização da produção dos hidrocarbonetos, também pedem pela criação de uma Assembléia Constituinte para realizar reformas na Constituição.
Uma comissão de observadores brasileiros, argentinos e da ONU (Organização das Nações Unidas) vai acompanhar a sessão do Congresso, a pedido do próprio Mesa.
Campos de petróleo
No leste do país, agricultores ocuparam nesta quarta-feira três campos operados pela companhia hispano-argentina Repsol-YPF e um pequeno poço de petróleo, provocando a suspensão das operações no local e a produção de 2.600 a 3.000 barris de petróleo diários.
Na região, a 150 quilômetros ao norte da cidade de Santa Cruz, três campos do grupo British Petroleum também estão sob o controle dos sindicatos camponeses desde a última sexta-feira (3).
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