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07/07/2005 - 14h24

Série de explosões deixa 37 mortos e 700 feridos em Londres

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da Folha Online

Uma série de quatro ataques terroristas causou a morte de ao menos 37 pessoas e deixou 700 feridos --45 deles em estado grave-- em Londres (Reino Unido), segundo informações da polícia.

O premiê Tony Blair, que participava do G8 [grupo dos sete países mais ricos do mundo e a Rússia] na Escócia, classificou a ação como um ato "bárbaro e cruel". Já em Londres, Blair fez um pronunciamento à nação e disse que os responsáveis pelo ataque agiram em nome do islã.

As explosões atingiram ônibus e trens no momento em que as pessoas se dirigiam ao trabalho, entre 8h51 e 9h47 (entre 4h51 e 5h47, no horário de Brasília), e foram reivindicadas por um grupo supostamente ligado à rede terrorista Al Qaeda.

Entre as vítimas, 21 morreram em um metrô perto da estação de Liverpool Street, sete em outro trem que estava próximo da estação Moorgate e cinco na estação Edgware Road. Duas pessoas morreram na explosão que atingiu um ônibus de dois andares.

Al Qaeda

A polícia de Londres disse que, até o momento, as autoridades britânicas não receberam nenhuma reivindicação dos ataques, mas um grupo auto-intitulado Organização Secreta Al Qaeda na Europa divulgou um comunicado em uma página na internet reivindicando a autoria da ação, segundo o site da revista alemã "Der Spiegel".

De acordo com informações de testemunhas, logo após as explosões era possível ver pessoas correndo entre pedaços de corpos que foram lançados a grandes distâncias.

Reuters
Imagem mostra destruição em ônibus de dois andares atingido por explosão em Londres
Os feridos graves foram atingidos por queimaduras e amputações, de acordo com o relato oficial da polícia metropolitana de Londres.

Toda a rede ferroviária [metrôs e trens] foi interrompida, e os ônibus estão proibidos de circular no centro de Londres. Centenas de ambulâncias e equipes de socorros foram para os locais das explosões para dar atendimento às pessoas.

Horário de pico

A primeira explosão ocorreu às 8h51 (4h51 de Brasília), a cem metros da estação de metrô de Liverpool Street, que deixou sete mortos.

Cinco minutos depois [às 8h56 em Londres], houve outra explosão na linha do metrô entre a estação King's Cross e a praça Russell, matando 21 pessoas.

Às 9h17 (5h17 de Brasília), uma explosão foi registrada no trem que tinha como destino a estação de metrô de Edgware Road. O impacto abriu um buraco na parede lateral, atingindo um outro trem, e possivelmente um terceiro. Ao menos cinco pessoas morreram.

A última explosão foi ouvida às 9h47 (5h47 de Brasília), e atingiu um ônibus de dois andares em Tavistock. Ainda não há informações claras sobre quantas pessoas morreram no último atentado.

O grupo terrorista IRA (Exército Republicano Irlandês, guerrilha católica) negou qualquer vínculo com os atentados da manhã desta quinta-feira.

Repercussão

Logo após a notícia da explosão, vários líderes europeus fizeram declarações de apoio e solidariedade à população da Inglaterra. A Embaixada de Israel em londres decretou alerta máximo.

O ministro israelense das Finanças, Binyamin Netanyahu, que iria apresentar nesta quinta-feira uma palestra em uma conferência sobre investimentos corporativos, estava a caminho de um hotel em Londres no momento em que houve as explosões.

Tragédia no ônibus

Além dos trens, um ônibus de dois andares [típico da cidade de Londres] também foi atingido por uma explosão, perto da praça Russell e do terminal de trem em King's Cross. A explosão foi tão violenta que arrancou o teto do veículo.

Até o momento, a polícia britânica informou apenas duas mortes na explosão do ônibus, mas testemunhas disseram ter visto corpos pendurados através das janelas da parte inferior do veículo, além de partes de corpo espalhadas nas proximidades do ataque.

Um médico na estação de Aldgate, a leste do centro financeiro da cidade, afirmou que apenas naquele local 90 pessoas foram feridas.

Leia mais
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