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17/07/2005 - 09h17

Imprensa britânica divulga foto dos terroristas de Londres

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da France Presse, em Londres

Os britânicos puderam ver neste domingo uma assustadora foto dos terroristas de Londres, feita quando seguiam juntos para o local dos atentados e publicada um dia depois da explosão de uma bomba em um balneário turco, o que renovou o medo de novos ataques.

Reproduzida na maioria das capas dos jornais de domingo, a imagem feita por uma câmera de segurança mostra os quatro homens, com grandes mochilas, na estação de Luton, norte da capital, no dia 7 de julho.

"Juntos, os quatro que explodiram as bombas", afirma a manchete do "Mail on Sunday", ao lado da imagem de baixa definição.

A Scotland Yard divulgou a imagem com a esperança de reavivar a memória de potenciais testemunhas que possam contribuir com a investigação, que já envolve quatro continentes.

A polícia já havia advertido para a possibilidade de novos ataques e no sábado uma britânica foi uma das cinco vítimas fatais da explosão de uma bomba a bordo de um microônibus no balneário turco de Kusadasi.

O primeiro-ministro da Turquia, Recep Tayyip Erdogan, qualificou a explosão na cidade do mar Egeu --muito popular entre turistas britânicos-- de "ataque terrorista", sem atribuí-lo a nenhum grupo em particular.

A polícia britânica já identificou os quatro suspeitos de execução dos ataques contra três trens do metrô e um ônibus de dois andares, que deixaram pelo menos 55 mortos --incluindo os quatro suicidas-- e mais de 700 feridos.

Segundo os investigadores, Mohamed Sidique Khan, 30, provocou a explosão perto da estação de Edgware Road, enquanto Germaine Lindsay, 19, foi o responsável pelo ataque entre as estações de King's Cross e Russell Square, o mais letal dos quatro. Os outros dois suspeitos são Hasib Hussain, 18, e Shahzad Tanweer, 22.

Khan, Hussain e Tanweer eram britânicos com famílias de origem paquistanesa, habitantes de Leeds (norte da Inglaterra), enquanto Lindsay, um imigrante jamaicano, moravam em Aylesbury (noroeste de Londres).

A esposa de Lindsay, Samantha Lewthwaite, divulgou um comunicado no qual se declara "horrorizada" e descreve o acusado como um "marido bom e carinhoso e um pai brilhante, que não dava absolutamente nenhum sinal de (pensar em) cometer este crime atroz".

A investigação, que já chegara ao Paquistão e ao Egito, se estendeu à Jamaica. Funcionários britânicos confirmaram que o pai de Lindsay, Nigel, foi interrogado a pedido da polícia londrina.

O jornal "Sunday Times" informou que a agência de inteligência interna britânica, o MI5, abriu uma investigação sobre Khan no ano passado, mas a encerrou ao concluir que ele não representava uma ameaça.

O nome de Khan surgiu durante a investigação de planos para um suposto atentado explosivo em 2004, mas os serviços de segurança decidiram não colocá-lo sob vigilância, acrescentou o jornal, que cita um alto funcionário do governo não identificado. O ministério do Interior (Home Office) britânico não comentou a afirmação.

Os investigadores vinculam os atentados de Londres à rede terrorista Al Qaeda, de Osama bin Laden, que cometeu os ataques de 11 de setembro de 2001 em Nova York e Washington, e os de 11 de março de 2004 em Madri.

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