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23/07/2005
-
20h11
GABRIELA MANZINI
da Folha Online
Para a mineira Vivian Menezes, 21, o primo Jean Charles de Menezes, 27, morto ontem pela polícia britânica em um estação de metrô de Londres, não teria obedecido às ordens de parar porque estava com pressa para chegar ao trabalho.
O crime aconteceu no início da manhã. De acordo com a polícia, Jean pulou as barreiras da estação para entrar em um dos vagões. Após desobedecer as ordens para que parasse, foi morto com cinco tiros.
"Meu primo estava indo para o trabalho e eles disseram que ele teve uma atitude terrorista. Aqui é uma correria daquelas. Às vezes, você corre para pegar o metrô porque, se perder e estiver em cima da hora, só vai pegar outro dali três, quatro, dez minutos. Então ele foi baleado na cabeça, quando estava de costas. Foi uma estupidez muito grande, não tem como explicar", disse Vivian, que morava na mesma residência que o primo em Londres.
Jean atuava como eletricista e estava na capital britânica havia cerca de três anos. Fazia apenas três meses que voltara de sua última visita ao município de Gonzaga (MG), onde vivem seus pais e familiares, para morar com Vivian e mais uma prima. "O objetivo dele era se estabelecer aqui. Ele gostava muito do país, do idioma", conta Vivian.
No dia anterior ao crime, a capital britânica registrou quatro tentativas de explosões que tiveram trens de metrô e ônibus como alvo. Antes, no dia 7 deste mês, três explosões em trens e uma em um ônibus de dois andares deixaram 52 mortos. Outras 700 pessoas ficaram feridas.
Vivian disse estar "indignada" e afirma que as informações fornecidas pela polícia "deixam muito a desejar", apesar do apoio prestado. "Meu primo foi vítima da incompetência, da injustiça. Ele era completamente inocente."
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Brasileiro desobedeceu polícia porque estava com pressa, diz prima
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Para a mineira Vivian Menezes, 21, o primo Jean Charles de Menezes, 27, morto ontem pela polícia britânica em um estação de metrô de Londres, não teria obedecido às ordens de parar porque estava com pressa para chegar ao trabalho.
O crime aconteceu no início da manhã. De acordo com a polícia, Jean pulou as barreiras da estação para entrar em um dos vagões. Após desobedecer as ordens para que parasse, foi morto com cinco tiros.
"Meu primo estava indo para o trabalho e eles disseram que ele teve uma atitude terrorista. Aqui é uma correria daquelas. Às vezes, você corre para pegar o metrô porque, se perder e estiver em cima da hora, só vai pegar outro dali três, quatro, dez minutos. Então ele foi baleado na cabeça, quando estava de costas. Foi uma estupidez muito grande, não tem como explicar", disse Vivian, que morava na mesma residência que o primo em Londres.
Jean atuava como eletricista e estava na capital britânica havia cerca de três anos. Fazia apenas três meses que voltara de sua última visita ao município de Gonzaga (MG), onde vivem seus pais e familiares, para morar com Vivian e mais uma prima. "O objetivo dele era se estabelecer aqui. Ele gostava muito do país, do idioma", conta Vivian.
No dia anterior ao crime, a capital britânica registrou quatro tentativas de explosões que tiveram trens de metrô e ônibus como alvo. Antes, no dia 7 deste mês, três explosões em trens e uma em um ônibus de dois andares deixaram 52 mortos. Outras 700 pessoas ficaram feridas.
Vivian disse estar "indignada" e afirma que as informações fornecidas pela polícia "deixam muito a desejar", apesar do apoio prestado. "Meu primo foi vítima da incompetência, da injustiça. Ele era completamente inocente."
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