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23/07/2005 - 20h44

Muçulmanos temem se tornar alvos após morte de brasileiro em Londres

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da Folha Online

A comunidade muçulmana no Reino Unido teme se transformar em alvo da polícia depois que um brasileiro foi morto por engano por policiais, nesta sexta-feira, em uma estação de metrô no sul de Londres

A polícia britânica lamentou o ocorrido e admitiu neste sábado que Jean Charles de Menezes, 27, foi confundido com um terrorista que teria ligação com os ataques da última quinta-feira (21) na capital.

"Este episódio está causando choque e horror entre a comunidade muçulmana", afirmou Inayat Bunglawala, porta-voz do Conselho Muçulmano no Reino Unido. "Há uma enorme ansiedade".

Segundo o porta-voz, os cerca de 1,6 milhão de muçulmanos que vivem no Reino Unido compreendem a pressão intensa a qual a polícia está sendo submetida para encontrar os quatro terroristas que atacaram o sistema de transportes de Londres na última quinta-feira (21), sem deixar vítimas.

No entanto, ele acrescentou: "Nós acreditamos que é absolutamente vital que se tome cuidado para que pessoas inocentes não sejam mortas por excesso de zelo".

Morte

Menezes foi morto por policiais britânicos com cinco tiros na cabeça na estação de Stockwell, no sul de Londres, após supostamente pular as barreiras da estação e entrar em um vagão de metrô, desobedecendo a ordens policiais.

Ele era natural de Gonzaga, no interior de Minas Gerais, e vivia há cerca de quatro anos em Londres trabalhando como eletricista.

Segundo a polícia britânica, o homem tinha saído de uma casa que era vigiada pelas forças de ordem por suspeitas de que pudesse ter vínculos com os atentados de quinta-feira (21) contra três estações do metrô e um ônibus.

Os ataques foram registrados às 12h30 (8h30 em Brasília) nos metrôs Warren Street (centro), Oval (sul) e Shepherd's Bush (oeste). Outro artefato explodiu em um ônibus que estava em Hackney Road, próximo à Columbia Road (leste). Ninguém ficou ferido.

Duas semanas antes, 52 pessoas morreram em ataques a bombas contra três estações de metrô e um ônibus em Londres.

Com agências internacionais

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