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27/07/2005
-
19h37
da Folha Online
A polícia britânica confirmou na tarde desta quarta-feira a prisão de um dos suspeitos dos ataques frustrados ao sistema de transportes de Londres no último dia 21. É a primeira vez que a polícia prende um suposto terrorista desde os ataques suicidas do último dia 7, que mataram 52 pessoas
A prisão já havia sido anunciada pela manhã pelo site do jornal britânico "The Times", que informava que a polícia havia detido quatro homens em Birmingham (região central da Inglaterra) nesta quarta-feira.
Testemunhas citadas pelo "Times" diziam que um dos homens presos parecia ser Yasin Hassan Omar, 24, suspeito de ter tentado explodir uma bomba na estação de Warren Street (centro). Omar teria vindo da Somália para o Reino Unido quando criança.
O chefe do esquadrão antiterrorismo da polícia britânica, Peter Clarke, afirmou que a prisão de Omar durante uma operação em Birmingham representa um importante progresso nas investigações dos ataques em Londres.
No entanto, Clarke pediu à população que permaneça alerta e passe à polícia qualquer informação sobre os outros três suspeitos de terem plantado as bombas ao lado de Omar.
"Eu devo enfatizar que, até que todos estejam presos, eles continuam a representar uma ameaça", afirmou o chefe de polícia, durante conferência de imprensa.
"Foi um importante progresso (...) Obviamente, estamos satisfeitos com as operações de hoje", afirmou o premiê britânico, Tony Blair.
Armas
Durante as prisões em Birmingham --a segunda maior cidade da Inglaterra depois de Londres-- a polícia usou armas de efeito moral para deter um homens que ameaçou fugir, e não houve disparos de armas de fogo.
A prática da polícia britânica de "atirar para matar" contra qualquer suspeito de ser um terrorista tem sido muito criticada, por causa da morte do brasileiro Jean Charles de Menezes na estação de Stockwell (sul de Londres), na última sexta-feira (22). Ele foi confundido com um terrorista pela polícia e levou oito tiros --sete na cabeça e um no ombro.
Três outros homens foram detidos em outro local de Birmingham e levados para a delegacia local. Policiais armados vasculharam uma casa em Stockwell, no sul de Londres.
Na semana passada, a polícia publicou fotos dos quatro principais suspeitos dos ataques de 21 de julho, por meio de imagens captadas pelo circuito interno de segurança do metrô.
"Capaz de matar"
Nesta terça-feira o comissário da polícia britânica, Ian Blair, disse em entrevista à rede de TV Channel 4 que os suspeitos das tentativas de ataques contra Londres na última quinta-feira "são capazes de matar novamente".
Jornais britânicos publicaram nesta quarta-feira que um dos suspeitos das explosões do dia 21 chegou a ser preso por roubo. Muktar Said Ibrahim, 27, quem a polícia diz ter colocado uma bomba em um ônibus de dois andares, foi preso em 1996 e cumpriu sentença de cinco anos por roubar quando fazia parte de uma gangue adolescente, informou o jornal "Daily Telegraph".
O tablóide "The Sun" afirmou que Ibrahim chegou da Eritréia (África) em 1992, e recebeu assistência do governo britânico, já que era uma "criança refugiada".
Com agências internacionais
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A polícia britânica confirmou na tarde desta quarta-feira a prisão de um dos suspeitos dos ataques frustrados ao sistema de transportes de Londres no último dia 21. É a primeira vez que a polícia prende um suposto terrorista desde os ataques suicidas do último dia 7, que mataram 52 pessoas
A prisão já havia sido anunciada pela manhã pelo site do jornal britânico "The Times", que informava que a polícia havia detido quatro homens em Birmingham (região central da Inglaterra) nesta quarta-feira.
Testemunhas citadas pelo "Times" diziam que um dos homens presos parecia ser Yasin Hassan Omar, 24, suspeito de ter tentado explodir uma bomba na estação de Warren Street (centro). Omar teria vindo da Somália para o Reino Unido quando criança.
Reuters |
Suspeito de ataques em imagem captada pelo circuito de segurança do metrô de Londres |
No entanto, Clarke pediu à população que permaneça alerta e passe à polícia qualquer informação sobre os outros três suspeitos de terem plantado as bombas ao lado de Omar.
"Eu devo enfatizar que, até que todos estejam presos, eles continuam a representar uma ameaça", afirmou o chefe de polícia, durante conferência de imprensa.
"Foi um importante progresso (...) Obviamente, estamos satisfeitos com as operações de hoje", afirmou o premiê britânico, Tony Blair.
Armas
Durante as prisões em Birmingham --a segunda maior cidade da Inglaterra depois de Londres-- a polícia usou armas de efeito moral para deter um homens que ameaçou fugir, e não houve disparos de armas de fogo.
A prática da polícia britânica de "atirar para matar" contra qualquer suspeito de ser um terrorista tem sido muito criticada, por causa da morte do brasileiro Jean Charles de Menezes na estação de Stockwell (sul de Londres), na última sexta-feira (22). Ele foi confundido com um terrorista pela polícia e levou oito tiros --sete na cabeça e um no ombro.
Três outros homens foram detidos em outro local de Birmingham e levados para a delegacia local. Policiais armados vasculharam uma casa em Stockwell, no sul de Londres.
Na semana passada, a polícia publicou fotos dos quatro principais suspeitos dos ataques de 21 de julho, por meio de imagens captadas pelo circuito interno de segurança do metrô.
"Capaz de matar"
Nesta terça-feira o comissário da polícia britânica, Ian Blair, disse em entrevista à rede de TV Channel 4 que os suspeitos das tentativas de ataques contra Londres na última quinta-feira "são capazes de matar novamente".
Jornais britânicos publicaram nesta quarta-feira que um dos suspeitos das explosões do dia 21 chegou a ser preso por roubo. Muktar Said Ibrahim, 27, quem a polícia diz ter colocado uma bomba em um ônibus de dois andares, foi preso em 1996 e cumpriu sentença de cinco anos por roubar quando fazia parte de uma gangue adolescente, informou o jornal "Daily Telegraph".
O tablóide "The Sun" afirmou que Ibrahim chegou da Eritréia (África) em 1992, e recebeu assistência do governo britânico, já que era uma "criança refugiada".
Com agências internacionais
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